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  • 22/10/2020 08h00

    TOLERÂNCIA ZERO: General Girão diz que é “inaceitável” parlamento continuar convivendo com acusados de homicídio e flagrados em corrupção

    Parlamentar do PSL potiguar reclamou da morosidade da Câmara em cassar o mandato da deputado fluminense Flordelis, acusada de matar o marido; ele lamentou ainda a “a grande vergonha” que o ex-líder do governo, Chico Rodrigues protagonizou nos últimos dias
    Foto: Arquivo da Política Real

    General Girão

    ( Publicada originalmente às 09h 23 do dia 21/10/2020) 

    (Brasília-DF, 22/10/2.020) O deputado General Girão (PSL-RN) afirmou nessa terça-feira, 20, que é “inaceitável” o parlamento brasileiro continuar convivendo com parlamentares acusados de homicídio e flagrados em situação de corrupção. A fala do parlamentar potiguar aconteceu logo após reclamar que mais uma vez o plenário da Câmara não consegue deliberar nada por conta da obstrução que os 131 dos 513 deputados da oposição (PT, PDT, PSB, PSOL, PCdoB e Rede Sustentabilidade) estão fazendo para que a primeira matéria a ser votada seja a Medida Provisória (MP) 1.000/20 que estabeleceu em R$ 300,00 o valor das parcelas finais do auxílio emergencial. Os oposicionistas querem que o valor benefício volte a ser R$ 600,00.

    Mesmo não citando diretamente o caso da deputado Flordelis (PSD-RJ), o parlamentar do PSL potiguar reclamou da morosidade da Câmara em cassar o mandato da deputada fluminense, acusada de mandar matar o marido, o então pastor Anderson do Carmo, num crime que chocou o país. Girão lamentou ainda a “a grande vergonha” que o ex-líder do governo do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), de quem é aliado, Chico Rodrigues (DEM-RR) protagonizou nos últimos dias ao ser flagrado com dinheiro entre as nádegas, quando recebeu a visita da Polícia Federal em sua residência que cumpria um mandado de busca e apreensão, em Boa Vista (RR), numa operação que investiga possíveis desvio de recursos do Ministério da Saúde.

    “Sobre o nosso segundo posicionamento, sr. presidente e demais colegas, quando da eleição, a população gritou e clamou abertamente que era contra isso que nós chamamos de impunidade em função de imunidade parlamentar. Outro motivo de grande vergonha nossa foi o ato de um político, um senador da República ter sido encontrado na sua casa com dinheiro na cueca e em outra partes do corpo. Isso realmente é inaceitável! Isso nos envergonha! Se alguém não tem vergonha disso, eu acredito que essa pessoa deve agir do mesmo jeito. A imunidade parlamentar, a nossa inviolabilidade não pode nunca ser utilizada para acobertar um ato dessa natureza. E o pior de tudo é que o regimento interno ainda permite que haja instrumentos de defesa da imoralidade que foi esse ato de esconder dinheiro na cueca”, vociferou durante a sessão da Câmara desta terça-feira, 20.

    “Se o dinheiro fosse legal, não haveria nenhum motivo de ter sido escondido na cueca ou em qualquer outra parte. Isso é um ato de corrupção. Eu não estou pre-julgando aqui, não! É o que a sociedade brasileira está gritando. E nós estamos acobertando isso. Será, meus colegas Deputados, que nós teremos coragem de sair às ruas, de entrar nos aeroportos e nos aviões, de entrar nos restaurantes e olharmos na cara das pessoas que votaram em nós e acreditaram que queríamos mudar essa maneira de pensar e fazer política no Brasil? Isso é lamentável! E ainda tem mais uma: nós temos também outros casos de deputados que se utilizam dessa imunidade parlamentar para acobertarem o seu envolvimento em algum crime de natureza penal, inclusive. Crime civil! Crime de homicídio!”, complementou o parlamentar potiguar.

    “Meus amigos, nós precisamos mudar essa maneira de pensar, se não nós seremos cada vez mais chamados de uma adjetivo depreciativo: fulano é político, fulano é deputado ou é senador, isto é, fulano é alguém que não presta. Desculpem-me pela sinceridade, mas não podemos concordar com isso”, emendou.

    (por Humberto Azevedo, especial para a Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)

     

     


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