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  • 18/09/2020 08h06

    SEGURANÇA ALIMENTAR: Menos da metada da população do Norte/Nordeste tem segurança alimentar, aponta IBGE

    Veja informações
    Foto: Folha-Uol

    Pessoas do Norte e Nordeste tem menos segurança alimentar

    ( Publicada originalmente às 12 h 30 do dia 17/09/2020) 

    (Brasília-DF, 18/09/2020) Nesta quinta-feira, 17, o IBGE(Instituto Brasileiro de Geogafia e Estatística) divulgou sua Pesquisa da Orçamento Familiares(POF) referente a 2017/2018, que faz parte de sua conhecida PNAD contínua, agora modificada, que traz informações importantes, pois hoje vivemos um tempo de pandemia neste 2020. Nas regiões Norte (43,0%) e Nordeste (49,7%), menos da metade dos domicílios informaram ter uma condição de acesso pleno e regular aos alimentos.

    Os resultados das demais regiões foram melhores: Centro-Oeste (64,8%), Sudeste (68,8%) e Sul (79,3%). Já a IA( Inseguança Alimentar) leve foi observada em cerca de 1/3 dos domicílios das regiões Norte (31,8%) e Nordeste (29,8%).

    Norte (10,2%), Nordeste (7,1%) e Centro-Oeste (4,7%) tinham os maiores percentuais de domicílios onde a fome esteve presente em pelos menos alguns momentos do período de referência de 3 meses. A prevalência de IA grave do Norte era cerca de cinco vezes maior que a do Sul (2,2%). As desigualdades regionais de acesso aos alimentos, verificadas nas PNADs de 2004, 2009 e 2013, continuaram presentes na POF 2017-2018. Vale ressaltar que, em 2004, a segurança alimentar abrangia 53,4% dos domicílios da Região Norte, chegando a 63,9% em 2013 e caindo para 43,0% em 2017-2018.

    Domicílios com insegurança alimentar têm menos acesso a água e esgoto

    As residências em situação de SA têm resultados acima da média do país para abastecimento de água (87,4% com rede geral de distribuição), esgotamento sanitário (69,3% rede geral, pluvial ou fossa ligada a rede) e destino do lixo (86,3% coletado).

    Já as residências com IA moderada (76,8%) ou IA grave (76,3%) apresentaram percentual com rede geral de distribuição de água bem menor que o percentual para o Brasil (84,9%).

    A presença de rede de esgotos está em menos da metade dos domicílios em IA moderada (47,8%) e IA grave (43,4%). Em ambos os casos, a existência de fossa não ligada a rede é bastante relevante (43%).

    O uso de gás de botijão ou encanado na preparação de alimentos não apresentou diferenças significativas nas prevalências de segurança ou insegurança alimentar. Porém, o uso de lenha ou carvão foi mais frequente nos domicílios com IA moderada (30%) e IA grave (33,4%). Já o uso de energia elétrica na preparação de alimentos cai conforme aumenta o grau de insegurança, sendo 60,9% nos domicílios em SA e 33,5% os domicílios com IA grave.

    Gênero e raça

    Nas residências em condição de segurança alimentar, predominam os homens como pessoa de referência (61,4%). Essa prevalência vai se invertendo conforme aumenta o nível de insegurança alimentar, até chegar a 51,9% de mulheres como pessoa de referência nos domicílios com IA grave.

    Na análise por cor ou raça, os domicílios com pessoa de referência autodeclarada parda representavam 36,9% dos domicílios com segurança alimentar, mas ficaram acima de 50% para todos os níveis de insegurança alimentar (50,7% para IA leve, 56,6% para IA moderada e 58,1% para IA grave).

    Ao que se refere ao número de moradores, 72,5% dos domicílios em condição de SA apresentavam até três moradores, percentual que caiu conforme a magnitude de IA, até chegar a 61,2% nos domicílios com IA grave. Notadamente, domicílios com um maior número de moradores se apresentaram com maior associação à condição de IA no domicílio.

    Observou-se também maior vulnerabilidade a restrições alimentares nos domicílios com crianças e/ou adolescentes: naqueles em situação de IA grave, residiam 5,1% da população de 0 a 4 anos de idade e 7,3% da população de 5 a 17 anos de idade, frente a 2,7% da população de 65 anos ou mais de idade. Com o aumento da idade, aumentavam, também, as proporções de daqueles que viviam em domicílios em SA.

    Observa-se, ainda, uma diferença entre os domicílios com pelo menos uma pessoa residente com menos de cinco anos de idade e aqueles com pelo menos uma pessoa de 60 anos ou mais de idade. A presença de menores de 5 anos de idade esteve associada às menores prevalências de SA e à maiores de IA, independentemente do nível que se queira comparar, enquanto a presença de moradores com 60 anos ou mais de idade esteve associada às prevalências maiores de SA.

    ( da redação com informações de assessoria. Edição Genésio Araújo Jr)


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