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  • 25/10/2021 09h43

    DESTAQUES DO DIA: Mercados globais sem caráter expressivo e no mercado nacional impressão pior do cenário fiscal aponta revisão de metas para o final do ano

    Veja os números
    Foto: Arquivo Política Real

    Mercados globais sem expressividade

    (Brasília-DF, 25/10/2021) A Política Real teve acessso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão sem expressividade e no Brasil mercados inciam a semana com piores expectativas sobre a economia e projetam números para o final do ano.

    Veja mais:

    Hoje, os Mercados Globais amanhecem sem movimentos expressivos (EUA +0,1% e Europa 0%) enquanto investidores aguardam as divulgações de resultados desta semana, com destaque para as grandes empresas de tecnologia (FAAMGs). Até o momento, 117 componentes S&P 500 reportaram seus resultados e 84% superaram as estimativas de lucro do consenso, de acordo com o Refinitiv. Na China (+0,4%), o mercado encerra em campo positivo após a Evergrande (-0,7%) declarar que retomou a construção de 10 projetos em 6 diferentes cidades no país. Os juros de 10 anos nos EUA amanhecem em 1,66% após entrevista da Jenet Yellen ao CNN pontuar que a inflação deverá baixar para 2% no 2º semestre de 2022.

    Além disso, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, na sexta-feira, afirmou que está na hora de começar o processo de tapering, mas que ainda não está na hora de subir a taxa de juros enquanto os EUA possuírem 5 milhões de empregos a menos do que o período pré-pandemia. Powell também reiterou sua posição sobre a inflação, afirmando que o nível deve baixar ao passo que as pressões inflacionárias causadas pela pandemia se arrefecem. Nesse sentido, os mercados devem monitorar de perto nesta semana o PIB do terceiro trimestre dos EUA e o núcleo do deflator do consumo de setembro, para avaliar se o Fed vai mudar sua comunicação para sinalizar um aumento antecipado das taxas de juros.

    IBOVESPA -1,3% | 106.296 Pontos.   CÂMBIO -0,2% | 5,65/USD

    O Ibovespa fechou a semana com uma forte correção de -7,3%, maior queda semanal do ano, atingindo os 106.296 pontos, o menor nível até agora em 2021. A queda teria ocorrido devido a um conjunto de notícias no Brasil: a fala de Paulo Guedes de aplicar um “waiver” (uma licença) para ampliar o teto de gastos e viabilizar o Auxílio Brasil, programa social que o governo pretende criar com o valor de R$400 mensais; o anúncio do presidente Jair Bolsonaro da possível criação do auxílio diesel, também no valor de R$400 para os caminhoneiros; a aprovação da PEC dos precatórios pela comissão especial que adia pagamento de parte das dívidas judiciais e altera a regra de correção do teto de gastos; e, por fim, a saída de membros da equipe econômica.

    Com essas notícias, o sentimento de preocupação com a situação fiscal do país, que já era alto, piorou ainda mais. A percepção de perda da âncora fiscal deve levar ao aumento de riscos de inflação e, como consequência, as taxas de juros dispararam, indicando que o mercado espera uma resposta mais forte do Banco Central. Nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidirá sobra a taxa Selic na quarta, e a expectativa é de aumento no ritmo de aperto monetário, com alta de juros mais acentuada (de 1,5p.p., o que resultará em Selic de 7,75%). Na seara de indicadores desta semana, destaque para a divulgação do IPCA-15 e IGP-M de outubro, taxa de desemprego (PNAD) de agosto e geração de empregos formais (Caged) de setembro, além dos resultados primários do Governo Central e Setor Público Consolidado de setembro.

    Ainda no Brasil, vale lembrar que a mudança no arcabouço fiscal deve impulsionar uma nova rodada de revisões de projeções econômicas. Nesse cenário, revisamos nossa projeção para a taxa de câmbio para 5,7 reais por dólar no final de 2021 e 2022 (anteriormente em 5,2 e 5,1, respectivamente). Além disso, a deterioração fiscal pressiona a inflação: elevamos nossa projeção para o IPCA de 9,0% para 9,1% em 2021 e de 3,9% para 5,2% em 2022. Por fim, a piora das condições financeiras pesa adicionalmente sobre a atividade econômica: reduzimos nossa projeção de PIB para 2021 de 5,3% para 5,0%; e de 1,3% a 0,8% para 2022. Para conferir o relatório completo de revisão do Cenário Macro, clique aqui.

    ( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)

     


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