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Nordestinas
  • 14/10/2021 09h30

    DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em positivo e no Brasil atenção a decisão do PL dos combustíveis e os números de serviços, hoje

    Veja os números
    Foto: Arquivo da Política Real

    Mercados em alta no mundo

    (Brasília-DF, 14/10/2021) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da  XP Investimentos  apontando os mercados globais em positivo e no Brasil atenção a decisão da Câmara de aprovar PL que cria um ICMS fixo e a divulgação dos números de serviços, hoje.

    Veja mais:

    Bolsas internacionais amanhecem positivas (EUA +0,3% e Europa +1,0%) enquanto investidores digerem dados de inflação e aguardam novas divulgações de resultados.

    Nos EUA, a inflação (CPI) veio levemente acima do esperado (+5,4% vs. +5,3% das projeções a.a.), impulsionada pelos altos custos de energia. Na China (-0,5%), dados da inflação para os produtores (PPI) também foram reportados acima do consenso (+10,7% vs. +10,5%), refletindo os altos preços de matéria prima que, somados aos problemas da cadeia de produção e custos de energia, acabam pressionando as margens das empresas locais. O petróleo amanhece em alta (+1,1%) após pronunciamento do U.S. Energy Information Administration, afirmando que a produção nos EUA será mais baixa que a projetada em 2021 e deverá se recuperar somente em 2022. Também publicada ontem, a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve reforçou que o processo de redução gradual das suas compras de ativos deve começar em breve. Mantemos a expectativa de que o banco central anunciará o cronograma do tapering em seu próximo encontro, no início de novembro, com o início efetivo do processo em dezembro. Em relação à taxa básica de juros, por sua vez, acreditamos que o primeiro movimento de alta ocorrerá somente em 2023.

    Enquanto isso, a diferença entre os índices de preços ao produtor e ao consumidor na China atingiu 10 pontos percentuais em setembro (de 8,7 p.p. em agosto), a mais ampla desde 1993. O aumento expressivo da inflação ao produtor no país asiático (líder em exportações no mundo), explicada sobretudo pela disparada dos preços do carvão e de produtos intensivos em energia, adiciona riscos relevantes ao cenário de inflação global nos próximos meses. No dia de hoje, destaque para a publicação do índice de preços ao produtor de setembro e dos pedidos semanais de seguro-desemprego nos Estados Unidos.

    Os ministros das finanças das maiores economias do mundo endossaram um acordo global que visa reforçar a tributação de multinacionais, abrindo o caminho para aprovação do projeto pelos chefes de estado em cúpula no final do mês. A declaração de apoio do Grupo dos 20 ministros e governadores do banco central se baseia no acordo alcançado na semana passada por 136 governos para um imposto mínimo global e o fim dos novos impostos digitais.  No Congresso americano, democratas continuam tentando resolver divergências sobre o Plano das Famílias Americanas. Moderados procuram diluir o valor do projeto de USD 3,5 trilhões para cerca de USD 2 trilhões, mas enfrentam resistência da ala mais à esquerda do partido. A principal dificuldade é negociar quais artigos serão retirados do projeto.

    IBOVESPA +1,1% | 113.456 Pontos.     CÂMBIO -0,4% | 5,52/USD

    O Ibovespa oscilou durante o pregão desta quarta-feira (13/10) e acabou em alta de 1,10%, aos 113.456 pontos. O dólar comercial encerrou cotado a R$ 5,52, com variação de -0,43%. O preço da moeda americana operou em alta durante quase toda a sessão e a tendência só se inverteu quando o Banco Central fez um leilão surpresa de contratos de swap cambial. As taxas futuras de juros fecharam o dia de ontem em estabilidade na ponta curta e queda no restante dos vencimentos, levando a uma perda de inclinação na curva. O principal motivador do movimento na visão dos agentes do mercado foi uma fala do diretor de política econômica do Banco Central, Fabio Kanczuk, que o plano de voo do BC deveria ser de convergência da inflação à meta ainda em 2022, interpretada como hawkish. Nos vencimentos longos, a queda nas taxas das Treasuries americanas e dos preços do petróleo também contribuíram para o recuo. DI jan/22 fechou em 7,58%; DI jan/24 foi para 9,7%; DI jan/26 encerrou em 10,25%; e DI jan/28 fechou em 10,58%.

    A Câmara aprovou na noite de ontem projeto de lei complementar que altera a forma de cobrança do ICMS sobre combustíveis. Pelo texto, passa a ser cobrada uma alíquota fixa por 12 meses, determinada por cada estado, sobre o preço médio do combustível praticado nos últimos dois anos. Há previsão de um teto para esse valor, correspondente à alíquota cobrada em 31 de dezembro de 2020, aplicada o preço médio cobrado em 2019 e 2020. Segundo o parecer do deputado Dr. Jaziel, poderá haver redução média de 8% na gasolina comum, 7% no etanol hidratado e 3,7% no diesel tipo “B”.

    A aprovação significa vitória do discurso de Jair Bolsonaro, que vem responsabilizando governadores pela alta do preço dos combustíveis, e demonstra força de Arthur Lira, que promoveu a votação mesmo com resistência de governadores e de algumas bancadas de centro. O texto agora segue para o Senado, que tem demonstrado menor alinhamento com a agenda do governo e onde a pressão de governadores costuma ter efeito maior. Na agenda econômica de hoje, os mercados estarão atentos à divulgação dos resultados do setor de serviços do mês de agosto.

    ( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)

     


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