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Nordestinas
  • 09/07/2021 11h20

    SEM QUARTELADA: Renan Calheiros disse que CPI da Pandemia vai seguir adiante e que não tem medo “de arreganhos, de ameaças, de intimidações, de quarteladas”

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    Foto: Edilson Rodrigues/ Ag. Senado

    Renan Calheiros fala na abertura dos trabalhos da CPI da Pandemia

    (Brasília-DF, 09/07/2021). Na abertura dos trabalhos da CPI da Pandemia no Senado nesta sexta-feira, 09, o senador Renan Calheiros(MDB-AL), fez um breve pronunciamento.  Ele destacou as intimidações que o colegiado vem recebendo tanto do Presidente Bolsonaro como o vindo da nota do Ministério da Defesa, divulgado ainda ontem, 8. Ele salientou que a CPI bem tendo amplo apoio da população brasileira, e destacou pesquisa de opinião neste sentido.   Ele disse que a CPI vai seguir adiante e que não tem medo de quarteladas.

    “Nós vamos em frente, sem medo e investigando quem precisar ser investigado. Nós não podemos ter medo de arreganhos, de ameaças, de intimidações, de quarteladas. Nós vamos investigar haja o que houver, nada vai nos impedir.

    Nós estamos apenas aqui cumprindo um mandamento do povo brasileiro, que quer verdadeiramente saber o que aconteceu e o que poderia ter sido feito para evitar, pelo menos, uma quantidade muito grande... Já vimos, aqui na própria Comissão Parlamentar de Inquérito, que mais de 300 mil vidas poderiam ter sido salvas se o Governo tivesse feito a sua parte.”, disse, em um momento.

    Veja a íntegra da fala inicial de Renan Calheiros na abertuda dos trabalhos da CPI da Pandemia nesta sexta-feira:

    “Sras. e Srs. Senadores, antes de qualquer coisa, Sr. Presidente, e apesar das bravatas, das comichões autoritárias, das inúteis tentativas de intimidação, a Comissão Parlamentar de Inquérito segue seus objetivos fiel aos seus propósitos, aos propósitos de sua criação: investigar os responsáveis por ação ou omissão pelo morticínio de mais de meio milhão de brasileiros, mais de 530.344 mil vidas perdidas pela Covid-19.

    Legislar, Sr. Presidente, fiscalizar, Sr. Presidente e Srs. Senadores, são atribuições constitucionais inarredáveis do Parlamento. Sabemos que milhares de vidas poderiam ter sido salvas com decisões acertadas, embasadas cientificamente e responsáveis, contra o obscurantismo medieval. A CPI, como todos sabem – e queria chamar atenção de todos –, vem cumprindo seu papel e iluminando os porões do Governo. Isso facilmente pode ser aferido pelo resultado das pesquisas recentes que apresentam diagnósticos convergentes.

    A pesquisa de ontem, publicada em veículos de comunicação nacional, da XP, registra números superlativos de credibilidade inéditos na história das comissões parlamentares de inquérito. A sondagem mostra que 78% da sociedade conhecem os trabalhos desta Comissão Parlamentar de Inquérito, oito em cada dez brasileiros. Isso é um índice jamais alcançado na história do Parlamento nacional, repito aqui. Senador Girão, 63% aprovam os resultados obtidos até aqui, pela Comissão Parlamentar de Inquérito. E, observem, 69% da população atribuem a corrupção das vacinas ao Governo Federal, diz a XP.

    A aceitação social, a audiência e a aprovação apenas renovam a certeza de punir os culpados. E eles existem. Isso, sim, nos diz respeito, embora não tenhamos o apoio explícito nem do Presidente do Senado nem do Presidente da Câmara dos Deputados. Nós temos tido algumas dificuldades no encaminhamento das demandas, não da CPI, mas da própria investigação.

    Ontem nós mandamos uma carta para o Presidente da República, e o País ficou estupefato com a maneira com que ele respondeu a esta Comissão Parlamentar de Inquérito. A escatologia proverbial do Presidente da República recende o que ocorreu no seu Governo durante a pandemia. Todo nós sentimos esses odores irrespiráveis que empestearam o Brasil e mataram tantos inocentes.

    Nós vamos em frente, sem medo e investigando quem precisar ser investigado. Nós não podemos ter medo de arreganhos, de ameaças, de intimidações, de quarteladas. Nós vamos investigar haja o que houver, nada vai nos impedir.

    Nós estamos apenas aqui cumprindo um mandamento do povo brasileiro, que quer verdadeiramente saber o que aconteceu e o que poderia ter sido feito para evitar, pelo menos, uma quantidade muito grande... Já vimos, aqui na própria Comissão Parlamentar de Inquérito, que mais de 300 mil vidas poderiam ter sido salvas se o Governo tivesse feito a sua parte.

    Eu digo isso e falo dos números superlativos de aprovação da Comissão Parlamentar de Inquérito para mostrar, Sr. Presidente, que lamentavelmente isso ocorre no momento em que a percepção negativa do Congresso Nacional cresce e vai a 49%. E cito esse número não para desdenhar dele, mas para novamente fazer daqui um apelo ao Presidente da Câmara dos Deputados, que não tem perdido oportunidade para falar mal da Comissão Parlamentar de Inquérito, a exemplo do Presidente da República, e fazer um apelo ao Presidente do Senado Federal para que definitivamente apoie os trabalhos, o aprofundamento da investigação, que nós vamos adiante.

    Nós não vamos investigar instituição militar, longe de nós; nós temos responsabilidade institucional. Agora, nós vamos, sim, investigar o que aconteceu nos porões do Ministério da Saúde. E, na medida em que esses fatos forem sendo conhecidos e essas provas foram sendo apresentadas, nós vamos cobrar a punição dos seus responsáveis, sejam eles civis, sejam eles militares – não importa. O que importa é que o povo brasileiro terá a resposta que esta Comissão de Inquérito dará.”, disse.

    ( da redação com informações de assessoris. Edição: Genésio Araújo Jr)


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