• Cadastre-se
  • Equipe
  • Contato Brasil, 20 de abril de 2024 11:16:16
Nordestinas
  • 11/06/2021 11h28

    CPI DA PANDEMIA: Natália Pasternak, em fala aos senadores, disse que negacionismo não é desinformação, é mentira e “mentira mata”

    Veja mais
    Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

    Natália Pasternak

    (Brasília-DF, 11/06/2021) A CPI da Pandemia no Senado ouviu na manhã desta sexta-feira, 11, a  microbiologista Natália Pasternak e o médico sanitarista da Fiocruz Cláudio Maierovitch.  Eles vieram falar como convidados sobre a pandemia do covid-19.   A microbiologista Parternack fez duras críticas ao que ele reconhece como o negacionismo do Governo Bolsonaro e disse que não é desinformação, é mentira que mata.

    “Isso é negacionismo, senhores. Isso não é falta de informação. Negar a ciência e usar esse negacionismo em políticas públicas não é falta de informação, é uma mentira e, no caso triste do Brasil, é uma mentira orquestrada, orquestrada pelo Governo Federal e pelo Ministério da Saúde. E essa mentira mata, porque ela leva pessoas a comportamentos irracionais, que não são baseados em ciência.”, disse.

    Veja a íntegra da fala da microbiologista:

     

    Sr. Presidente, Sr. Relator, Sras. e Srs. Senadores, muito obrigada pela oportunidade de falar nesta Casa e falar principalmente sobre evidências científicas em políticas públicas, que é justamente o mote do Instituto Questão de Ciência, que eu presido.

    Pode passar.

    Para explicar um pouco...

    Passa para mim, por favor?

    Para explicar um pouco sobre o meu trabalho e o que significam, então, evidências científicas em políticas públicas, eu preciso explicar um pouco para os senhores qual é o meu trabalho e de onde eu venho, não para dizer que eu sou qualquer coisa de especial, certamente eu não sou, mas porque os senhores não têm a menor obrigação de saber qual é a minha trajetória e quais as minhas qualificações.

    No centro do eslaide, os senhores estão vendo o Instituto Questão de Ciência, que é a minha atividade principal. O Questão de Ciência é uma ONG e é uma organização que se dedica a promover pensamento crítico e racional e políticas públicas baseadas em evidências científicas. Para isso eu tenho, no instituto, uma equipe multidisciplinar que produz conteúdo e assessoria para a população em geral e também para Parlamentares e gestores, para garantir que tenham embasamento para formular políticas públicas e decisões do dia a dia baseados em evidência científica e não em achismo, ideologia. Para isso, eu divido o meu trabalho em dois lados, como os senhores podem ver: um lado, que é a minha atividade acadêmica, e o outro lado, que é minha atividade de produção de conteúdo de divulgação científica.

    Na minha atividade acadêmica, eu sou formada em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo e eu fiz meu doutorado também na Universidade de São Paulo, no Instituto de Ciências Biomédicas, em microbiologia, onde eu também conduzi diversos trabalhos de pesquisa de pós-doutorado, que são os projetos que a gente faz depois de se doutorar.

    Eu também tenho o prazer de ser a única brasileira membro do Comitê para Investigação Cética, fundado nos Estados Unidos por ninguém menos do que Carl Sagan, na década de 70. Esse comitê também tem o papel de promover pensamento crítico e racional e combater pseudociências. Eu também atuo na Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo, como professora visitante, dando aulas para jovens gestores, justamente sobre o uso de evidências científicas em processos decisórios na vida pública. E, recentemente, tive a grande honra de ser convidada, como professora visitante, pela Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos. Estarei deixando o Brasil no mês que vem, para cumprir o meu papel em Colúmbia, onde vou ficar por dois anos desenvolvendo projetos de diplomacia científica e cursos nessa área, para garantir que as evidências científicas sejam encaradas de maneira global e sincronizadas entre os países, principalmente quando tivermos outras crises sanitárias como esta.

    Do outro lado, eu atuo produzindo conteúdo para grandes veículos de imprensa e trazendo a ciência para a população. Para isso, eu tenho coluna no jornal O Globo, no Genetic Literacy, que é um portal internacional, na revista The Skeptic, do Reino Unido. Eu sou também a única brasileira colunista no Medscape internacional e eu tenho dois programas de rádio na rádio CBN, onde eu tenho o prazer, então, de levar para a população conceitos sobre como a ciência funciona e como a ciência interfere no nosso dia a dia.

    A comunicação da ciência, senhores, provou ser essencial durante a pandemia. Se a pandemia nos trouxe algum benefício, foi o de mostrar que a ciência precisa e pode ser levada e compreendida por toda a população, porque ela já está presente nas decisões que nós tomamos no dia a dia, seja como cidadãos, seja como gestores e Parlamentares.

    Pode passar, por favor.

    Para isso, a gente precisa entender um pouco o que, afinal, a gente quer dizer com ciência quando a gente fala de defender a ciência. A ciência, então, é vista por nós, cientistas, como um processo, um método. É um processo de investigação da realidade que pressupõe a nossa capacidade de mudar de ideia diante de novas evidências, desde que essas evidências sejam robustas, e da crítica dos nossos pares quando apontam alguma falha metodológica, algum erro no nosso trabalho. Com isso, a gente consegue produzir a melhor descrição possível da realidade em um determinado momento histórico, com as melhores ferramentas que a gente tem na mão naquele momento. O momento histórico, político, social, econômico pode mudar; as ferramentas podem mudar, elas podem ser melhoras. E, com isso, a gente pode mudar de ideia, diante de novas evidências, se essas evidências forem robustas o suficiente.

     

    Pode passar.

    O que a gente não quer dizer com ciência? Ciência não é uma verdade absoluta, um dogma; ciência não é qualquer coisa que seja publicada num artigo científico, como a gente tem visto muito durante esta pandemia: “Ah, mas saiu num paper”. Não é porque saiu num periódico científico que automaticamente se torna ciência ou ciência de qualidade. Também não é qualquer coisa dita por um cara de jaleco que tem vírgula Ph.D. depois do nome e, definitivamente, não é qualquer coisa que seja ensinada numa universidade, porque infelizmente, nas nossas universidades, a gente também ensina bastante besteira.

    Pode passar.

    Portanto, a ciência não é uma questão de opinião, não é uma questão do que eu enxergo versus o que você enxerga, não é uma visão do mundo. Alguém desenhou um número no chão ali: ou é um seis ou é um nove. E não é como eu vejo, é o que desenharam no chão. E, pra descobrir o que desenharam no chão, a gente usa um método, esse método se chama método científico. É um processo investigativo que vai investigar pra descobrir que número, afinal, está no chão – é um seis ou é um nove. Não é uma questão de desrespeitar a opinião alheia, é questão que a ciência funciona buscando os fatos. E o fato é que ou é um seis ou é um nove, não dá pra ser os dois.

    Pode passar.

    Como que a gente faz, então, pra buscar os fatos – esse seis ou nove –, quando a gente está falando, por exemplo, de uma intervenção de saúde pública, do teste de um medicamento, como, por exemplo, a cloroquina? Vou usar a cloroquina como exemplo, porque, infelizmente, ela causa muita confusão no nosso País até hoje. Então, vamos avaliar. Como que a gente faz o seis ou o nove da cloroquina? Como que a gente investiga se um medicamento funciona pra uma doença ou não?

    A primeira coisa que a gente tem que ver é se existe plausibilidade biológica. Existe um mecanismo celular? Existe um mecanismo biológico que esse fármaco pode agir nessa doença? Ele pode impedir a entrada do vírus na célula? Ele pode impedir a replicação do vírus? O que ele pode fazer? No caso da cloroquina, infelizmente, ela nunca teve plausibilidade biológica pra funcionar. O caminho pelo qual ela bloqueia a entrada do vírus na célula só funciona in vitro, em tubo de ensaio, porque, nas células do trato respiratório, o caminho é outro. Então, ela já nunca poderia ter funcionado.

    Aí a gente examina também a probabilidade de ela funcionar. Ela já funcionou pra outras doenças, pra outras viroses? Não, ela nunca funcionou. A cloroquina já foi testada e falhou pra várias doenças provocadas por vírus, como zika, dengue, chikungunya, o próprio Sars, aids, ebola – nunca funcionou. Então, também não tem grande probabilidade de funcionar, nunca teve.

    Evidências anedóticas: "Ah, mas o meu vizinho, o meu cunhado, o meu tio tomou e se curou". Evidências anedóticas não são evidências científicas, elas não servem pra ciência, elas são apenas causos, histórias. E o plural de evidências anedóticas não é evidência científica, é só um monte de evidências anedóticas. Não interessa quantas pessoas a gente conhece que usaram cloroquina e se curaram, isso não se transforma em evidência científica, isso precisa ser investigado.

    Por quê? Correlação não é a mesma coisa que causa e efeito. Correlação são coisas que acontecem ao mesmo tempo e que, de repente, até suscitam uma pergunta pra ser investigada, mas não uma resposta. Resposta a gente investiga... Pra ter uma resposta, a gente precisa saber uma relação de causa e efeito. Pra isso, a gente usa estudos randomizados, controlados, duplos-cegos e com grupo placebo, de que os senhores tanto já ouviram falar. Esse é o tipo de estudo que consegue estabelecer uma relação de causa e efeito.

    Correlação a gente vê nos estudos observacionais. Estudos observacionais são aqueles que olham pra trás, eles vão observar o que já aconteceu: "Olhe, parece que tem um monte de gente que tomou cloroquina e melhorou". Isso é uma observação, isso é uma correlação. Isso dá pra gente uma pergunta – será que a cloroquina funciona pra Covid-19? –, mas não nos dá uma resposta.

    Os estudos observacionais produzem perguntas. Os estudos randomizados, clínicos, duplos-cegos e com grupo placebo produzem respostas. E eles fazem uma comparação justa. Como que a gente desenha esses estudos? Os estudos randomizados olham pra frente e não pra trás, eles são prospectivos, eles vão ser desenhados exatamente pra responder àquela pergunta. E a pergunta é: será que a cloroquina funciona pra Covid-19? Esses estudos vão comparar grupos diferentes, grupos de pessoas onde uma toma cloroquina, que é o nosso exemplo, e a outra toma um placebo, uma pílula de mentira, de farinha. Esses grupos precisam ser similares em termos da sua composição – por isso, randomizados. Precisa ser duplo-cego, ninguém pode saber o que está acontecendo, pra gente reduzir os nossos vieses, porque nós somos humanos e nós temos vieses. Assim, a gente consegue dar uma resposta para aquela pergunta da cloroquina.

    Pode passar.

    Se a gente não fizer isso, senhores, a gente vai ter uma correlação parecida com essa, onde a gente vê um gráfico perfeito, plotado com dados absolutamente reais – os dados desse gráfico são reais –, e a gente vê uma correlação perfeita entre o consumo de queijo muçarela nos Estados Unidos e o número de bolsas de estudo concedidas pra Engenharia Civil. A correlação é perfeita. Se a gente for olhar a correlação da cloroquina assim, a gente pode concluir que, aqui no Brasil, o problema das bolsas de estudo de pós-graduação é muito fácil de resolver: é só as pessoas comprarem mais queijo.

    Pode passar.

    Ou a gente pode observar uma curva assim, uma curva epidemiológica. Isto é uma curva de doença epidemiológica, a gente vê que ela tem aí alguns picos. E, muitas vezes, esse tipo de correlação também é feito, essa correlação temporal. Aquela flechinha que os senhores estão vendo lá em cima muitas vezes é colocada como: "Olhe, eu introduzi tratamento precoce aqui, nessa cidade, Estado, País, e logo em seguida a curva caiu". Mas isso não é causa e efeito, senhores, isso é correlação. Qualquer coisa poderia estar naquela flechinha. Primeiro, eu tenho que ver se o tratamento precoce também não estava presente no resto do gráfico, onde não teve efeito nenhum. Segundo, eu tenho que ver o que mais aconteceu naquela flechinha.

    Pode passar.

    Será que teve uma queda da bolsa de valores nessa flechinha? E, se teve, os senhores será que me diriam que foi a queda da bolsa que provocou a queda da epidemia? Ou, então – pode passar –, teve uma seca muito grande e alguém fez uma dança da chuva. Foi a dança da chuva, então, que provocou – mais um – ou foi a cloroquina? Ou foi porque as pessoas pararam de se movimentar pela cidade, porque ficaram assustadas com o pico da doença e naturalmente se protegeram mais, andaram menos, usaram menos transporte público? Ou foi porque teve uma exaustão do número de pessoas suscetíveis, e esse é o caminho natural da curva de uma epidemia?

    Como os senhores podem ver, tem vários fatores que podem influenciar a queda de uma curva, e colocar um único fator dizendo que foi ele a causa não é correto, porque é apenas uma correlação temporal.

    Pode passar.

    Pra saber, então, a gente precisa fazer aqueles testes clínicos. Eles começam com um teste pré-clínico, que é quando eu vou avaliar aquela plausibilidade biológica. Começa com estudos in vitro, seguidos de estudos em animais, que precisam ser roedores e não roedores. Então, geralmente, a gente usa camundongos e macacos. Daí, a gente vai – pode passar os três – àquelas três fases de teste clínico em humanos – pode ir mais um, obrigada –, que vocês já conhecem, porque todo mundo acompanhou aqui os testes clínicos de vacina. Nessas fases, a gente vai ver toxicidade, se o remédio realmente tem efeito, qual é a dose segura... E, na Fase III, a comparação justa... Estou terminando, Senador. Na Fase III, então, a gente vai ter aquela comparação justa entre os grupos.

    Pode passar.

    Como é que a gente fez, nesse caso, pra cloroquina? A gente não fez nessa ordem, por causa da pandemia e porque a gente teve uma pressão popular e política muito grande pra testar esse medicamento. Se tivesse feito na ordem, já teria parado ali nos pré-clínicos, porque a cloroquina não tinha plausibilidade biológica e nunca funcionou nos testes em animais, mas, como existia uma pressão popular muito grande, acabaram sendo feitos vários estudos.

    O primeiro foi aquele... Opa! Volte um pouquinho, por favor. Aí!

    O primeiro foi este, em março do ano passado, feito em células de rins de macaco, que são células genéricas, fáceis de trabalhar no laboratório. Esse estudo mostrou que a cloroquina conseguia bloquear a entrada do vírus nessas células genéricas, que são células onde existe um caminho biológico pra cloroquina atuar. E esse caminho não se concretiza em células do sistema respiratório. A cloroquina só funciona em tubo de ensaio, em células genéricas. Por isso é que ela nunca funcionou em modelo animal, nem em humanos.

    Pode passar.

    Em seguida, a gente teve aqui, no Brasil, o famoso estudo de Manaus, que foi um estudo de segurança e de definição de dose, onde eles testaram uma dose baixa e uma dose alta pra cloroquina. E o que eles perceberam? Que a dose alta era perigosa e que a dose baixa não funcionava. Só esse estudo já foi suficiente pra que vários países acendessem um alerta de: "Opa! Parece que esse negócio não funciona".

    Em seguida, a gente teve um estudo muito bom, feito por um grupo alemão bastante experiente com o coronavírus, que estudou justamente as células específicas, não mais as células genéricas de macaco, mas as células do trato respiratório humano, e viu que realmente, nessas células, a cloroquina não funciona, porque a entrada do vírus que ela bloqueia não é a mesma entrada que o vírus usa nas células respiratórias humanas. O vírus, nas nossas células, usa outro caminho, um caminho para o qual a cloroquina não faz nem "cosquinha". Daí a gente vê que a cloroquina nunca poderia ter funcionado em humanos.

    Pode passar.

    Aí a gente teve um outro estudo. E eu tenho todos esses aqui, eu posso deixar depois com o Presidente. Eu tenho todos esses estudos aqui, catalogados. Esse foi um estudo muito completo, publicado também no meio do ano passado, onde foi avaliada a ação da cloroquina nas células genéricas, nas células do trato respiratório, em animais, em combinação ou não com azitromicina, de todas as maneiras que os senhores podem imaginar: foi uso profilático, foi uso profilático pós-exposição, que é o tratamento precoce – é logo que a pessoa ou o animal é exposto –, foi para casos leves, foi para casos graves... Cobriu tudo! Não funciona em células do trato respiratório, não funciona em camundongos, não funciona em macacos, e também já sabemos que não funciona em humanos.

    Senhores, a cloroquina já foi testada em tudo! A gente testou em animais, a gente testou em humanos. A gente só não testou em emas, porque as emas fugiram, mas, no resto, a gente testou em tudo, e não funcionou.

    Pode passar, por favor.

    Não contentes com isso, mesmo com todos esses estudos em animais, que já teriam sido suficientes em qualquer outro medicamento para descartar e nem continuar com os estudos em humanos, a gente fez estudos em humanos, inclusive de tratamento precoce, que são os estudos de PEP e PrEP. PEP é a exposição profilática pós-exposição, ou seja, a pessoa foi exposta ao vírus e já começa o tratamento – não dá para ser mais precoce do que isso. Não funcionou. Aí a gente teve os de PrEP, que é profilático. Vamos dar para profissionais de saúde, porque eles são muito expostos: também não funcionou. Ou seja, a gente testou... E isso tudo é no ano passado. Tudo o que está nesse gráfico já era mais do que suficiente para enterrar a cloroquina de vez e a gente poder mover a discussão para coisas mais relevantes. Isso foi no ano passado. Nós estamos pelo menos seis meses atrasados em relação ao resto do mundo, que já descartou a cloroquina. E, aqui no Brasil, a gente continua discutindo isso.

    O próximo, por favor.

    Isso é negacionismo, senhores. Isso não é falta de informação. Negar a ciência e usar esse negacionismo em políticas públicas não é falta de informação, é uma mentira e, no caso triste do Brasil, é uma mentira orquestrada, orquestrada pelo Governo Federal e pelo Ministério da Saúde. E essa mentira mata, porque ela leva pessoas a comportamentos irracionais, que não são baseados em ciência. Isso não é só para a cloroquina. A cloroquina aqui é apenas um exemplo. Isso serve para o uso de máscaras, isso serve para o distanciamento social, isso serve para a compra de vacinas que não foi feita em tempo para proteger a nossa população. Esse negacionismo da ciência perpetuado pelo próprio Governo mata.

    Deixo os senhores com um trecho de um texto que eu publiquei no jornal O Globo:

    Não se trata de ignorância inocente. É mentir em nome de uma agenda política ou ideológica. Ou de encontrar desculpas para não fazer nada. Quando Jair Bolsonaro nega a pandemia, nega a ciência, e nega o direito à vida dos brasileiros, nega consensos científicos e nega direitos humanos. Mente. Negacionismo é propagação intencional da mentira. E nós não devemos, nunca, permitir que negacionistas ocupem posições de poder.

    Muito obrigada.

     

    ( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)

     


Vídeos
publicidade