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  • 05/03/2021 15h00

    POBREZA NA PANDEMIA: Cepal diz que a extrema pobreza aumentou como há 20 anos não se via com a pandemia do covid-19

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    Foto: Imagem do site da Cepal

    Imagem do estudo da Cepal sobre aumento da pobreza e extrema pobreza na AL e Caribe

    (Brasília-DF, 05/03/2021) A Comissão Econômica para Amércia Laina e Caribe(Cepal) divulgou nessa quinta-feira, 4, em comunicado a imprensa um novo relatório anuncia que ao final de 2020 aumentou para 209 milhões o total de pessoas pobres. A pandemia, segundo o estado, colocou mais 22 milhões nesta condição nessa região do Planeta.

    Segundo o estudo, a pobreza e a extrema pobreza alcançaram em 2020 na América Latina níveis que não foram observados nos últimos 12 e 20 anos, respectivamente, bem como uma piora dos índices de desigualdade na região e nas taxas de ocupação e participação no mercado de trabalho, sobretudo das mulheres.   Eles entendem que é frtuo da pandemia do covid-19, apesar das medidas de proteção social emergenciais que os países adotaram para enfrentá-la.

    A Secretária-Executiva da Comissão Regional das Nações Unidas, Alicia Bárcena, apresentou uma nova edição do relatório anual Panorama Social da América Latina 2020, no qual indica que a pandemia desencadeia um cenário econômico, social e político complexo: baixo crescimento, aumento da pobreza e crescentes tensões sociais.

    O estudo, além disso, expõe as desigualdades estruturais que caracterizam as sociedades latino-americanas e os altos níveis de informalidade e desproteção social, bem como a injusta divisão sexual do trabalho e a organização social do cuidado, que comprometem o pleno exercício dos direitos e a autonomia das mulheres.

    Segundo as novas projeções da Cepal, como consequência da forte recessão econômica na região, que registrará uma queda do PIB de -7,7%, estima-se que em 2020 a taxa da extrema pobreza se situou em 12,5% e a taxa da pobreza atingiu 33,7% da população. Isso significa que o total de pessoas pobres chegou a 209 milhões no final de 2020, 22 milhões de pessoas a mais do que no ano anterior. Desse total, 78 milhões de pessoas estavam em situação de extrema pobreza, 8 milhões a mais do que em 2019.

    O estudo mostra que a pobreza é maior nas áreas rurais, entre crianças e adolescentes; indígenas e afrodescendentes; e na população com menores níveis educativos. Destacaque o aumento dos níveis de pobreza e de pobreza extrema seria ainda maior sem as medidas implementadas pelos governos para transferir renda emergencial para os domicílios. Os governos da região implementaram 263 medidas de proteção social de emergência em 2020. Essas atingiram 49,4% da população, aproximadamente 84 milhões de domicílios ou 326 milhões de pessoas. Sem essas medidas, a incidência da extrema pobreza teria atingido 15,8% e a pobreza 37,2% da população.

    “A pandemia evidenciou e exacerbou as grandes lacunas estruturais da região e, atualmente, vive-se um momento de elevada incerteza em que ainda não estão delineadas nem a forma nem a velocidade da saída da crise. Não há dúvida de que os custos da desigualdade se tornaram insustentáveis ​​e que é necessário reconstruir com igualdade e sustentabilidade, apontando para a criação de um verdadeiro Estado de bem-estar, tarefa há muito adiada na região”, afirmou Alicia Bárcena.

    Por isso, a Cepal insta a garantir a proteção social universal como pilar central do Estado de bem-estar.

    “O apelo da Cepal para um novo pacto social está mais atual do que nunca: a pandemia é um momento crítico que redefine o que é possível e abre uma janela de oportunidade para deixar para trás a cultura do privilégio”, afirmou a Secretária-Executiva da Cepal.

    O relatório indica que o efeito adverso da pandemia sobre a renda das pessoas afeta principalmente os estratos de renda baixa e média-baixa. Estima-se que em 2020 cerca de 491 milhões de latino-americanos viviam com rendas até três vezes a linha de pobreza. Cerca de 59 milhões de pessoas que em 2019 pertenciam aos estratos médios passaram por um processo de mobilidade econômica descendente.

    Segundo com o documento, estima-se que a desigualdade da renda total por pessoa aumente em 2020, dando lugar a um índice de Gini médio de 2,9% superior ao registrado em 2019. Sem as transferências realizadas pelos governos para atenuar a perda de renda do trabalho, cuja distribuição tende a se concentrar nos grupos de baixa e média renda, o aumento esperado do índice de Gini médio para a região teria sido de 5,6%.

    ( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)

     

     


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