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Nordestinas
  • 05/03/2021 13h00

    CORONAVIRUS: Fiocruz divulga estudo que revela “variantes de preocupação” disseminadas em três regiões brasileiras

    Segundo o Observatório, a alta circulação de pessoas e o aumento da propagação do vírus Sars-CoV-2 tem favorecido o surgimento de ‘variantes de preocupação’ no Brasil, como é o caso da variante P1, identificada no Amazonas
    Foto: Imagem do site da Fiocruz

    Mapa dos variantes no Brasil

    ( reeditada) 

    (Brasília-DF, 05/03/2021)  A Fundação Osvaldo Cruz(Fiocruz) divulgou nessa quinta-feira, 4, comunicado técnico de seu Observatório Covid-19 Fiocruz revelando que pesquisadores alertam para a dispersão geográfica no território de ‘variantes de preocupação’, assim como sua alta prevalência nas três regiões do Brasil avaliadas (Sul, Sudeste e Nordeste).

    O novo protocolo de RT-PCR, desenvolvido pela Fiocruz Amazônia, foi utilizado nas unidades de apoio ao diagnóstico e centrais analíticas da Fiocruz para avaliação de cerca de mil amostras dos estados de Alagoas, Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O protocolo indentificou a mutação comum em três das ‘variantes de preocupação’ (P1, identificada inicialmente no Amazonas, B.1.1.7, no Reino Unido e B.1.351, na África do Sul), que são potencialmente mais transmissíveis. A avaliação contou com o apoio do Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde e da Coordenação Geral de laboratórios de Saúde Pública.

    Segundo o Observatório, a alta circulação de pessoas e o aumento da propagação do vírus Sars-CoV-2 tem favorecido o surgimento de ‘variantes de preocupação’ no Brasil, como é o caso da variante P1, identificada no Amazonas. O comunicado alerta para um cenário preocupante que alia o perfil potencialmente mais transmissível dessas variantes à ausência de medidas que possam ajudar a conter a propagação e circulação do vírus.

    Dos oito estados avaliados neste recorte apenas dois não tiveram prevalência da mutação associada às variantes de preocupação superior a 50 %: caso de Minas Gerais, com 30,3% das amostras testadas como positivo para a mutação e, Alagoas, com 42,6%. Nos demais estados, mais de 50% das amostras foram identificadas com a mutação associada às ‘variantes de preocupação’, conforme o mapa abaixo.

    Alertas

    O Observatório, informa a Fiocruz,  reforça as diretrizes apontadas pelo Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass), bem como a necessidade de aceleração da disponibilização de vacinas para ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), visando contribuir para a redução de casos e a probabilidade de aparecimento de novas variantes.

    O Comunicado destaca ainda como fundamental a adoção das medidas já apontadas em Boletim extraordinário publicado, na quarta-feira ,3, com foco para as medidas não-farmacológicas que possam reduzir a velocidade da propagação e o crescimento do número de casos, a exemplo de medidas mais rigorosas de restrição da circulação e das atividades não essenciais e a implementação imediata de planos e campanhas de comunicação, o fortalecimento do sistema de saúde, e a necessidade de constituição de um pacto nacional para o enfrentamento da pandemia no país.

    Monitoramento

    Para o vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde da Fiocruz, Marco Krieger, a vigilância genômica e o monitoramento dessas variantes será fundamental para o enfrentamento da pandemia.

    “O novo protocolo de RT-PCR oferece um retrato rápido da circulação das variantes para tomada de decisão no enfrentamento à pandemia”, destaca Krieger.

    A avaliação com esse protocolo será ampliada e repetida de forma sistemática para um monitoramento massivo das variantes e a vigilância genômica será complementada com o sequenciamento de amostras na Rede Genômica Fiocruz.

    Não têm sido observada , até o momento, uma clara associação dessas variantes com uma evolução clínica mais grave, mas estudos adicionais estão em andamento para esclarecer aspectos relacionados com o sequenciamento genético dessas variantes, bem com sua transmissibilidade e o real impacto dessas variantes na dinâmica de ocorrência da Covid-19.

    ( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)


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