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Nordestinas
  • 18/12/2020 23h30

    PENSANDO O BRASIL: Em evento de final de ano, Fundação Ulysses Guimaraes faz debate em que é dito que o MDB tem papel decisivo na despolarização do país, assim como no fortalecimento das instituições

    Jornalista Luiz Carlos Azedo diz que MDB sempre se renova com as eleições municipais
    Foto: Arquivo da Política Real

    Moreira Franco é presidente da Fundação Ulysses Guimarães

    (Brasília-DF, 18/12/2020)  A Fundação Ulysses Guimarães(FUG), órgão que que pensa estratégias e oferta formação política ao Movimento Democrático Brasileiro(MDB) realizou nesta sexta-feira,18, um evento de avaliação interna e uma discussão sobre os rumos políticos  a partir dos resultados eleitorais do pleito municipal deste ano, o primeiro sem coligações proporcionais em tempo de pandemia do covid-19. O evento realizado com a presença dos presidente da FUG nos Estados e membros de direção do MDB dos 27 estados ouviu a palestra do jornalista e cientista social Luiz Carlos Azedo ,que destacou que o MDB  tem uma grande capacidade de acabar com os radicalismo nacionais pela sua capacidade de resiliência.

    O ex-ministro Moreira Franco, presidente da FUG, logo no início do evento disse que o MDB tem que se fazer uma pergunta, se “seremos cúmplices ou vamos ajudar a mudar?  Temos que dar uma resposta simples, com coragem e clareza.”, afirmou.

    O evento, realizado em videoconferência pela ferramenta Zoom, foi coordenado por Chico Donato, secretário executivo adjunto e contou com a participação do presidente da instituição o ex-ministro Wellington Moreira Franco, o Vice- Presidente,  ex-ministro Eliseu Padilha, o secretário-executivo, ex-ministro João Henrique Sousa, assim como o presidente do Conselho Curador, deputado federal Alceu Moreira(RS) e o vice-presidente, ex-deputado federal Lelo Coimbra(ES), entre tantos outros.

     Antes

    João Henrique Sousa, que cumpria agenda em São Paulo, informou que tinha estado com o ex-presidente da República, Michel Temer, qual ao tomar conhecimento do evento da noite desta sexta-feira, mandou cumprimentos à equipe da FUG neste final de ano em que o MDB se manteve como o maior partido em número de prefeitos e vereadores, além de ter sido o que elegeu mais prefeitos de capitais brasileiras.

    Padilha fez questão paragenizar todo o comando da FUG e dirigentes da entidade em todas as regionais.

    Fala de Azedo

    Luiz Carlos Azedo que tem publicada uma coluna de análises, habitualmente,  no “Correio Braziliente” e em outros veículos do Diários Associados, conhecido por analises jornalística de fundo, ele que também tem formação em ciências sociais, disse que não “queria chover no molhado” numa avaliação sobre o que foi o resultado eleitoral e a presença do MDB neste cenário.

    Azedo destacou a história do MDB e fez um comparativo com o momento atual e as eleições de 1974.

    “Linhas de Força tendem a permanecer no processo político brasileiro de plano imediato. Já destaquei, noutro momento, que o tsunami eleitoral de 2018 iria colocar o MDB num papel importante como aconteceu com o partido no passado. Em 1970 , o partido teve uma grande derrota, quase desapareceu, porém em 1974 o partido renasceu com uma vitória espetacular. Disse que isso poderia se repetir”, afirmou.

    Azedo entende que o partido tem uma força municipalista muito singificativa e que isso é uma força bem própria que o ajuda depois de maus momentos, face sua capacidade de se renovar.

    “A tradição política brasileira é a da política municipal, da política local.  Tem um força tão grande que nem no Estado Novo da Era Vargas ou na Ditadura Militar conseguiram limitar.  Conseque funcionar como uma despolarização.   Isso acaba ajudar a destencionar e mudar a sociedade brasileira.”, disse.

    “O MDB ficou grande a partir das disputa locais, pisando no barro, jutando graveto. Isso é importante no Brasil. Desde 1534 temos a tradição da votação municipal, pois a cada cidade se criava uma câmara municipal.  Essa coisa é tão forte, que durante o regime militar se criou a sublegenda para evitar a derrota do governo.  Com o fim das coligações proporcionais, Assis Brasil que montou a estratégia para fortalecer os partidos, isso volta a se afirmar.  Uma aparente maior dispersão foi destacada nessas eleições municipais, mas nessa aparência veio o fortalecimento dos maiores partidos.”, disse.

    Distenção

    Azedo avalia que as eleições municipais são marcantes para aliviar os tensionamentos nacionais e o MDB ganha com isso.

    “Nas eleições municipais há uma conjunção de forças centrípetas que geram menos desconcentração.  Por outro lado, a formação de grandes partidos permite a formação de uma concentração para o governo,  A forma mais concentrada de poder é o governo, já dizia (Norberto)Bobbio. Numa país desigual, o controle do governo central tem uma força mutito grande sobre as pessoas.”, disse.

    Azedo entende que é equivocado que o Presidente Bolsonaro foi o grande derrotado nas eleições municipais, pois a concentração de poder em alguns partidos facilita, na prática, o governo.

    “As eleições municipais são sempre um momento de reverter essa concentração de poder no país.”, disse.

    Azedo vê que o Presidente Bolsonaro não tem compromisso com o poder compartilhado e que o seu ciclo é curto, mas poderá ser longo.

    “Nós temos um presidente da República que não tem a dimensão do poder compartilhado. Ele se insurge contra isso. Ele só convive com isso pois ele não pode ir contra isso. O que ele disse contra o Supremo é algo impressionante. Ele acha que pode tudo pelo voto direto.  Desde Stuart Mill, em 1800, existe o discenso e o espaço das minorias deve ser respeitado.  O ciclo é curto, mas ele quer um ciclo longo.  Como evitar que isso aconteça?”, afirmou.

    Azedo disse que o MDB tem um papel especial na definição do atual ciclo de poder por conta do fortalecimento das instituições.

    “Se as instituições funcionarem isso não vai acontecer, mas elas são formadas por forças políticas. As instituições não funcionam só. O MDB é fundamental nisso tudo.

    O resultado eleitoral do MDB nas eleições municipais com o MDB entrando na sucessão na Câmara e no Senado é uma missão típica do partido. A tendência à despolarização que a sociedade sinalizou é boa para o MDB.  Isso é parte de um processo político.”, afirmou.

    O jornalista, especialista em análises de fundo, destacou a que conta da pandemia ainda não chegou.

    “Boa parte das atividades do governo poderia ocorrer mesmo durante a pandemia. Isso tudo não foi feito por um erro de conceito. Militarizar o Ministério(da Saúde) foi um erro de conceito. Quando você erra no conceito você erra em tudo.

    No ano que vem nós vamos ter 21% da população desempregada no Brasil. Só com a vacina vamos poder enfrentar isso. Temos um presidente da República que faz uma sabotagem a todo o esforço que está sendo feito para enfrentar a pandemia.

    Temos um estados ampliado, o SUS é institucionalizado, o Ministério da Saúde tem responsabilidades institucionais e sanitárias.

    As crianças fora da escola, um deficit está se aprofundandando.  Certo erros em um país continental, como nosso, tem perspectivas de tragédia.”, disse.

    Azedo avalia que o MDB tem três missões pela frente que envolvem os processos de desconcentração de poder, minimizar os erros que estão são cometidos na pandemia, terceiro, o MDB tem compromisso com questões sociais e direitos humanos, compromisso com a Constituição de 1988, um papel na sociedade.

    ( da redação com edição de Genésio Araújo Jr)

     

     

     

     

     

     


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