(Brasília-DF, 11/12/2020) O governador de São Paulo. João Dória Junior(PSDB) reagiu a declaração do governador do Goiás, Ronaldo Caiado(DEM), aliado do presidente Jair Bolsonaro, que afirmou mais cedo que o Governo Federal iria editar uma Medida Provisória que poderia “requisitar” vacinas produzidas no Brasil.  Ele ve uma insanidade do governo federal além de um “ataque” ao federalismo.  Ele fala em confisco no lugar de requisição.

“Os brasileiros esperam pelas doses da vacina, mas a União demonstra dose de insanidade ao propor uma MP que prevê o confisco de vacinas. Esta proposta é um ataque ao federalismo. Vamos cuidar de salvar vidas e não interesses políticos.”, disse.

Mais cedo, no Twitter, Dória postou um foto dele com o prefeito de Hidrolândia(GO), que comanda os prefeitos de Goiás e tem uma postura de independência com Caiado afirmando da negociação para compra da coronaVac para ser distribuída aos prefeitos daquele estado.   Estava na foto o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas.

“Recebemos o prefeito Paulo Sérgio, do município de Hidrolândia, em Goiás, que também é presidente da Associação Goiana dos Municípios (AGM). Ele veio representar as 246 cidades do Estado de Goiás para formalizar a intenção da aquisição da Coronavac, produzida pelo Butantan.”, disse.

Caiado contra Dória

Na terça-feira, 8, quando o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, recebeu governadores, presidente da Confederação Nacional dos Municípios(CNM), tanto presencialmente assim como em reunião por videoconferência, Caiado criticou João Doria (PSDB) por anunciar o início da vacinação contra covid-19 em São Paulo a partir de 25 de janeiro com a coronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan e a Sinovac.

“Nos preocupa o governador de São Paulo dizer que vai iniciar vacinação em 25 de janeiro. Isso coloca em jogo a credibilidade dos demais governadores”, afirmou Caiado após reunião de governadores com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, aqui em Brasília (DF).

Caiado destacou que o plano de imunização contra covid-19 é responsabilidade do governo federal e citou um “desconforto enorme” após o anúncio de Doria, na segunda-feira,7. “Nunca vi na vida um Estado querer sair na frente de outro”, completou. Mesmo sem qualquer vacina contra covid-19 aprovada no País, o governador goiano, que é médico e cujo Estado sofre com novo crescimento de casos de covid-19, disse esperar que a “vacina chegue antes de segunda onda” da doença no País.

( da redação com informações de assessoria e Twtter.Edição: Genésio Araújo Jr)