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Nordestinas
  • 13/11/2020 13h04

    MILITARES X POLÍTICA: General Pujol disse que não quer a política entrando nos quartéis, enquanto General Azevedo e Silva falou hoje de modernação das Forças Armadas

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    Foto: Montagem Política Real

    Fernando Azevedo e Silva e Edson Leal Pujol

    (Brasília-DF, 13/11/2020)  Numa semana em que as Forçar Armadas e o Exército, em especial, ficou muito pressionado e exposto com a declaração do Presidente Jair Bolsonaro falou de trocar a diplomacia pela “pólvora” numa indireta aos Estados Unidos da América, tudo o que vem das FFAA chama atenção.

    Nesta sexta-feira, 13, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, participou de um seminário realizado pela Escola Superior de Guerra, sobre a política e as estratégias nacionais de defesa.  Ele falou sobre a necessidade de modernização dos equipamentos usados pela Aeronáutica, Exército e Marinha. No entanto, o que chamou atenção em falas vindas das Forças Armadas foi a de ontem,12,  do comandante do Exército, Edson Leal Pujol, ao participar de um evento digital realizado pelo Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa chamou mais atenção pois ele tratou da questão dos militares e a política. Tanto Pujol como Azevedo e Silva falaram de modernização das FFAA.

     “Não queremos fazer parte da política governamental ou do Congresso Nacional. Muito menos queremos que a política entre em nossos quartéis”, afirmou o comandante do Exército. “A respeito da política e dos militares, o que tenho a dizer é que, nestes dois anos, o Ministério da Defesa e as três Forças se preocuparam, exclusivamente e exaustivamente, com assuntos militares.”, disse Pujol ao responde um questionamento do ex-ministro da Defesa, Raul Jungmann.

    “A quantidade de embarcações da nossa Marinha para patrulhar, preservar e defender todo o nosso litoral e nosso extenso mar territorial. A nossa Força Aérea? Pequenos países europeus têm um número de aeronaves maior que todo o Brasil”, comentou o comandante.

    Hoje

    No evento de hoje,13, na ESG, o Azevedo e Silva falou sobre política e as estratégias nacionais de defesa

    “Nossos aparelhos, nossas principais máquinas e equipamentos, são de 50 anos de duração. Então, eles necessitam de uma modernização, uma atualização, de novos equipamentos. A capacidade operacional das Forças têm que ser revistas”, acrescentou Silva, lamentando que, por questões orçamentárias, alguns projetos considerados prioritários precisam ser repensados ao longo de sua execução.

    “Não tem mágica. Ou a gente muda o escopo do projeto, muda a quantidade, ou o estica na linha do tempo. O projeto Guarani, por exemplo, as últimas unidades só serão entregues em 2041”, disse Silva, se referindo ao projeto iniciado em 2007, e que, entre outras coisas, visa a reequipar o Exército com novas viaturas blindadas.

    Ao destacar que o atual cenário mundial “apresenta novas apreensões”, o ministro citou, como exemplos, a existência de ameaças cibernéticas, tráfico de drogas e crises humanitárias. Além disso, mencionou o risco de crimes ambientais, citando o misterioso surgimento de óleo no litoral brasileiro, em 2019, e ainda não esclarecido. “Há ameaças ambientais. Que tivemos. O derramamento de óleo pegou o [litoral do] Nordeste todo e chegou até o Sudeste.”

    O Ministério, em julho, encaminhou ao Congresso Nacional sua proposta de revisão da Política e da Estratégia Nacional de Defesa, além do chamado Livro Branco de Defesa Nacional (documento que torna público algumas das principais atividades e estrutura das Forças Armadas), Silva afirmou que, ao longo dos últimos dois anos, cumpriu dois de seus principais objetivos à frente da pasta. Um deles, a reestruturação da carreira militar.

    “Muitos confundem com aumento [salarial]. Não é nada disso. Isto visa exatamente dar um incentivo à carreira militar, seja para os praças, seja para os oficiais”, comentou o ministro, citando também a proposta de atualização dos documentos que norteiam as atividades de defesa nacional. “São documentos ostensivos que mostram a transparência em relação aos assuntos de Defesa”, explicou Silva, referindo-se à Política Nacional; à Estratégia Nacional e ao Livro Branco de Defesa. Assuntos que, para o ministro, precisam ser discutidos com o conhecimento de toda a sociedade.

    “A política de Defesa é revista a cada quatro anos. Por força de lei, [as propostas têm que ser] remetidas para apreciação do Congresso Nacional, para fomentar o debate com os representantes do povo. Tentamos envolver a sociedade civil, os mandatários do poder, os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário”, comentou Silva, garantindo que, na atual proposta, “pouca coisa mudou, pois os objetivos e as ações continuam as mesmas”.

    ao sua apresentação, Silva ainda enfatizou sua importância da sociedade tratar do tema em tempos de paz. “Somos um país pacífico, em busca da paz sempre, mas não existe país pacífico que não seja forte. Esta é uma condição que a História nos ensinou”, disse o ministro pouco antes de detalhar as ações sociais que as Forças Armadas realizam ou apoiam, incluindo a participação nas ações de combate ao novo coronavírus e para remediar os efeitos do apagão energético no Amapá, que, hoje, completa 11 dias. Só a Força Aérea Brasileira (FAB) já transportou 67 toneladas de equipamentos e suprimentos para o estado.

    ( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)

     

     


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