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Nordestinas
  • 06/11/2020 17h30

    PIB do Brasil, no última ano do Governo Temer, foi revisado para 1,8%; desde 2014 o Brasil não cresce neste patamar

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    Foto: Arquivo da Política Real/ Veja

    Governo Temer, reavaliado, fechou PIB em 1,8% em 2028

    (Brasília-DF, 06/11/2020) Nesta sexta-feira,6, o IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou números com a revisão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018, o último ano do Governo Michel Temer. Se especulava que a atividade econômica naquele ano não batia com números divulgados. De fato. Os números foram de 1,3% para 1,8%. O Governo Temer, segundo pesquisas, foi o pior avaliado desde o início da Nova República, porém os dois anos do Governo Bolsonaro não vem apresentando crescimento do PIB nem semelhante a esse. Desde 2014 o Brasil não cresce a essa taxa, aponta IBGE

    Essa revisão decorreu, principalmente, da incorporação de novos dados, advindos da Pesquisa Anual de Serviços (PAS) e de dados do Imposto de Renda, para o conjunto das atividades de Serviços (+0,6%), em particular para Outras atividades de serviços (+2,0%). Os Serviços respondem por cerca de ⅔ da economia brasileira.

    A taxa de 1,8% em 2018 foi a segunda alta consecutiva do PIB, após a variação de 1,3%, em 2017. Essas altas foram insuficientes para reverter a queda acumulada no biênio 2015-2016 (6,7%). Em valores correntes, o PIB em 2018 foi de R$ 7,004 trilhões, o que corresponde a um PIB per capita de R$ 33.593,82. O crescimento do PIB per capita foi de 1,0% levando seu patamar a ficar próximo, em termos reais, ao observado de 2010.

    O Produto Interno Bruto (PIB) atingiu R$ 7,0 trilhões em 2018. O PIB per capita chegou a R$ 33.593,82, com alta de 1,0% em relação ao ano anterior.

    O crescimento do PIB em 2018 foi resultado de um aumento de 1,8% do Valor Adicionado Bruto (VAB), com destaque para o grupo Serviços, que cresceu 2,1%. Em 2018, 11 dos 12 grupos de atividades econômicas registraram crescimento ou estabilidade, sendo a única queda registrada na atividade Construção.

    Os Serviços (2,1%), que respondem por dois terços da economia brasileira, foram responsáveis por 1,5 ponto percentual dos 1,8% de crescimento do VAB. A Agropecuária teve crescimento de 1,3% e contribuiu com 0,1 ponto percentual para o crescimento do Valor Adicionado. A Indústria apresentou uma variação positiva de 0,7%, contribuindo com 0,2 ponto percentual.

    O Comércio avançou 2,6%, contribuindo com 0,3 ponto percentual para o crescimento, influenciado pelo comércio de veículos, com alta no volume das margens de comercialização de automóveis (+16,4%), caminhões (+63,5%) e peças para veículos (+8,3%).

    As Atividades imobiliárias apresentaram acréscimo de 3,3% (0,3 p.p. no crescimento do VAB), impactadas, principalmente, pelo crescimento da produção do aluguel efetivo e serviços imobiliários (4,0%) e do aluguel imputado (2,9%).

    As Outras atividades de serviços, por sua vez, cresceram 3,5% (0,6 p.p. no crescimento do VAB), com destaque para os Serviços de Alimentação (+4,9%), a Saúde privada (+4,4%) e Outras atividades administrativas e serviços complementares (+3,3%).

    A atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos registrou um crescimento de 3,7%, muito em decorrência de um aumento em volume da Produção (+1,9%) acima do Consumo intermediário (+0,5%), em consequência do menor uso das termelétricas em relação a 2017.

    Já a Construção, que mantém desde 2014 uma série de resultados negativos, foi o único grupo de atividades com queda em volume no VAB em 2018, com desempenho de -3,0%.

    Consumo das famílias cresceu 2,3%

    Em 2018, as despesas de consumo final cresceram 2,0%. A despesa de consumo final do governo, que engloba as despesas com bens e serviços oferecidos pelo governo à coletividade, subiu 0,8% em 2018, sendo que, em 2017, havia caído 0,7%.

    O consumo das famílias, que possui o maior peso na demanda final (63,2% do PIB) teve alta de 2,3%. A variação de preço dos bens e serviços consumidos pelas famílias foi de 4,0%. A maior parte dos grupos de produtos que compõem dessas despesas apresentaram variações positivas de volume em 2018, com exceção da Educação (-0,1%) e do Vestuário (-0,6%). Dentre os produtos que tiveram maior contribuição para o aumento no consumo das famílias destacam-se os artigos de residência (+4,0%), a saúde (+4,0%) e os transportes (+3,1%).

    Contribuições sociais pagas pelas famílias subiram 4,4%

    A participação da remuneração na renda disponível das famílias apresentou trajetória de crescimento até 2011, quando atingiu o patamar máximo na série, em valores correntes, de 65,3% do total. Até 2017, todos os anos seguintes registraram queda nessa relação. Em 2018, a relação se manteve estável em 62,1%.

    A renda consumida, ou seja, a parcela do consumo final das famílias na renda disponível caiu até 2017 (88,3%), aumentando para 89,9% em 2018. Entre 2014 e 2016, a poupança aumentou sua participação na renda disponível (10,1% para 12,1%), sendo que em 2018, a participação caiu para 10,8%.

    Em 2018, os benefícios sociais recebidos pelas famílias cresceram apenas 1,6% em termos nominais, enquanto as contribuições sociais do setor subiram 4,4%. A razão para o pequeno crescimento dos benefícios sociais foi que, em 2017, houve liberação dos saques do FGTS, o que não se repetiu em 2018. Esse fato, juntamente com o aumento nominal de 6,4% na despesa de consumo final, resultou em queda de 19,6% na capacidade de financiamento do setor, que passou de R$ 202,1 bilhões em 2017 para R$ 162,5 bilhões em 2018.

    ( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)

     


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