• Cadastre-se
  • Equipe
  • Contato Brasil, 18 de abril de 2024 18:45:42
Nordestinas
  • 25/08/2020 08h00

    ATAQUES DE BOLSONARO: Ministro Gilmar Mendes, depois da ameaça de Bolsoanro a jornalista, diz que é inadmissível censurar jornalistas com base em descontentamento

    Veja as postagens
    Foto: Arquivo da Política Real

    Gilmar Mendes

    ( Publicada originalmente às 11 h 46 do dia 24/08/2020) 

    (Brasília-DF, 25/08/2020) A declaração do Presidente Jair Bolsonaro com ameaça  de agressão a jornalista que lhe perguntou sobre depósitos de R$ 89 mil na conta de Mihelle Bolsonaro pelo casal Fabrício Queiróz e Márcia Aguiar mobilizou não só a imprensa como um todo e políticos independentes e de oposição.  Foi um destaque nas redes sociais desde esse domingo. Hoje, 24, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal(STF) disse que a imprensa tem o papel de publicar o que não se quer que publique e que é inaceitável censurar a imprensa usando do descontentamento.  

    "A liberdade de imprensa é uma das bases da democracia. É inadmissível censurar jornalistas pelo mero descontentamento com o conteúdo veiculado. G. Orwell: “Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade”. #liberdadedeimprensa.", disse no final da noite desse domingo.

    Ainda ontem, 23, também, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil(OAB), Felipe Santa Cruz, comentou a fala do presidente Bolsonaro, em sua conta no Twitter, contra os jornalistas dizendo que ele vinha atuando até bem, mas que a retomada do perfil autoritário do chefe do Governo foi lamentável.

    “O presidente vinha muito bem nas últimas semanas. Com sua moderação estava contribuindo para a pacificação do debate público. Lamentável ver a volta do perfil autoritário que tanta apreensão causa nos democratas. Nossa solidariedade ao jornalista ofendido e ao jornal O Globo.”, disse.

    De janeiro a julho deste ano o presidente Jair Bolsonaro promoveu 245 ataques contra o jornalismo e jornalistas. Foi o que apontou levantamento divulgado no início de julho pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj). São quase dez ataques ao trabalho jornalístico por semana, neste ano.

    Do total de ocorrências, 211 foram categorizadas como descredibilização da imprensa, 32 ataques pessoais a jornalistas e 2 ataques contra a própria Federação. O monitoramento contempla declarações públicas do presidente em suas transmissões divulgadas no YouTube, em sua conta pessoal no Twitter, em vídeos de entrevistas coletivas em frente ao Palácio do Alvorada e transcrições de discursos e entrevistas disponibilizadas no portal do Planalto.

    ( da redação com informações de assessorias e Twitter. Edição: Genésio Araújo Jr)


Vídeos
publicidade