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Nordestinas
  • 07/08/2020 07h58

    TRIBUTÁRIA: Simone Tebet diz que se governo não deixar clara sua proposta sobre desoneração das empresas, Congresso tem que derrubar veto de Bolsonaro

    Emedebista pede, ainda, que governo adote ação coordenada para combater as queimadas e que Pantanal passe a entrar na alçada do VP Hamilton Mourão
    Foto: Waldemir Barreto/ Agência Senado e arquivo Política Real

    Simone Tebet em dia de sessão virtual no Senado

    ( Publicada oiginalmente às 18 h 26 do dia 06/08/2020) 

    ( reeditado) 

    (Brasília-DF, 07/08/2020) A senadora Simone Tebet (MDB-MS), presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, avisou nesta quinta-feira, 6, em entrevista ao canal “BandNewsTV” que se o governo Bolsonaro não colocar, no papel, em um mês a proposta para desonerar a folha de pagamento dos funcionários das empresas na reforma tributária, os parlamentares terão que partir para a derrubada do veto do presidente para garantir a estabilidade e a segurança do setor empresarial, assim como a manutenção de milhares de empregos no país.

    Segundo a emedebista, a reforma tributária em debate atualmente é a “missão mais importante” que o Congresso Nacional tem a partir de agora, neste momento em que o Brasil sinaliza que começa a superar o pior momento da pandemia do novo coronavírus (covid-19) que já infectou quase três milhões de brasileiros, matou mais de 98 mil cidadãos do país e paralisou as atividades econômicas.

    Ela considera que os primeiros passos que estão sendo adotados em torno da complexa matéria vem sendo dados de uma maneira positiva entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo que juntos buscam construir uma proposta consensual e que seja aprovada pela maioria dos parlamentares. “O projeto de engenharia é do governo federal, ficando a arquitetura com o Senado e a Câmara dos Deputados”, ilustrou.

    “Não é questão se vamos entregar uma reforma mínima, ou uma reforma máxima. O que está circulando no Congresso é que nós temos que entregar a reforma mais ampla possível, desde que ela avance até o final do ano. A questão da desoneração [da folha de pagamento de funcionários] é uma agenda que deve ser tocada a parte. O governo está tentando uma estratégia, no meu ver equivocada, de ao ver vetada a desoneração para estes 17 setores, essa que vence no final do ano, e querer com isso pressionar o Congresso Nacional de avançar com a pauta da reforma tributária, ou a possibilidade de criar uma contribuição eletrônica, ou digital. E ao misturar essas duas questões acaba contaminando a discussão e o processo”, comentou.

    “Não vamos nos esquecer que a desoneração destes 17 setores é fundamental para continuarmos gerando emprego e renda para a população brasileira. O sentimento do Congresso Nacional é se não conseguirmos avançar a reforma tributária incluindo a desoneração dentro deste processo, não tem jeito desta desoneração ser prorrogada. Ou seja, se o governo não conseguir nesse médio prazo convencer o Congresso Nacional e não avançarmos nesta reforma tributária, nós não deixaremos de votar o veto até o final do ano no sentido de derrubar o veto e garantir a desoneração da folha destes 17 setores até 31 de dezembro de 2.020”, complementou.

    “O que o governo quer é ampliar a base, ampliar os setores a serem beneficiados por esta desoneração. Ma não pode ser ao custo desta insegurança e instabilidade nos setores que tanto geram empregos e tem essa desoneração. Então essa pauta precisa ser resolvida no curtíssimo prazo, estou falando de 15 a 30 dias. O Congresso Nacional tem que se decidir: vamos para o veto, derrubar o veto, ou vamos ter uma sinalização efetiva do governo, colocada no papel, de que forma virá essa nova desoneração”, completou

    Combate às queimadas

    A emedebista apresentou, ainda, nesta quinta-feira, 06, uma Indicação ao governo federal para que seja adotado uma política coordenada entre as diversas pastas para combater as queimadas nas áreas florestais e rurais do país, assim como propõe que a área do pantanal passe a fazer parte do Conselho Nacional da Amazônia Legal que vem sendo presidido pelo vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB).

    Hamilton Mourão poderia cuidar também do Pantanal? 

    “Sem uma política coordenada vamos continuar vivenciando anualmente essa catástrofe no Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Então, solicitamos ao governo federal que preveja também a inclusão de todo esse aparato de combate aos incêndios: helicóptero, recursos públicos, apoio da Força Nacional, etc. para estar a serviço da proteção do pantanal”, comentou.

    “O Pantanal é a maior planície inundável do mundo e depende, fundamentalmente, em termos sociais, biológicos e econômicos, de um delicado e preciso equilíbrio hidrodinâmico. Apesar de serem biomas distintos, os laços que os unem são por demais estreitos, de modo a demandarem um tratamento em uníssono, sob pena de fragmentação excessiva que não favorece a melhor gestão do território”, encerrou.

    (por Humberto Azevedo, especial de Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)


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