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Nordestinas
  • 28/07/2020 08h12

    ENFRENTANDO A CRISE: Conselho Federal de Medicina teme que passada a crise da pandemia, geração de leitos para o SUS reduza drasticamente

    Mais leitos mas até quando?
    Foto: Uol Notícias

    Mais leitos para Sus foram criados mas quantos ficarão depois da pandemia?!

    ( Publicada originalmente às 16 h 29 do dia 27/07/2020) 

    (Brasília-DF, 28/07/2020). O Conselho Federal de Medicina tem que passada a crise da pandemia do novo coronavirus o Brasil perda, totalmente, os leitos que foram ganhos face a crie e que teriam interrompido uma queda histórica na geração de leitos públicos no Brasil.  Foram gerados nos últimos meses pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Brasil crise cerca de 22,8 mil novos leitos de internação.  Segundo informações apuradas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), junto ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), é a primeira vez, em pelo menos dez anos, que esse tipo de infraestrutura volta a aumentar no País.

    "Por anos alertamos sobre essas distorções. Enquanto os gestores – ao longo de diferentes governos - seguiam fechando leitos, milhares de brasileiros aguardavam, e ainda aguardam, na fila do SUS para realizar uma cirurgia eletiva, por exemplo”, lembra o presidente do CFM, Mauro Ribeiro. Na sua avaliação, espera-se que essa medida, aparentemente pontual e temporária, seja o início de uma verdadeira mudança para a assistência hospitalar na rede pública, com a manutenção do total dos leitos habilitados, ou ao menos parte deles, para assegurar melhor atendimento para brasileiros com outros agravos de saúde, que aguardam por atendimento.

    O ritmo de queda nos leitos de internação foi interrompido entre fevereiro e março deste ano, período em que foi publicada a Portaria nº 237/SAES/MS, de 18/03/2020, que permitiu a habilitação de leitos de internação hospitalar para atendimento de pacientes com Covid-19. Com a baixa no número de casos de contaminação pelo novo coronavírus em diversos estados, no entanto, a tendência é de que novamente os leitos voltem a cair no País.

    Por conta desse período em que estiveram abertos, é possível verificar que essa infraestrutura fez a diferença na rede hospitalar de muitos lugares.

    Em Roraima, por exemplo, a rede pública passou de 1.064 para 1.439 leitos (aumento de 35%), grande parte deles na capital Boa Vista. Amapá também passou de 953 para 1.152 leitos (21% a mais), assim como Sergipe, que teve o incremento de 353 leitos no período (15%). Em números absolutos, os estados que mais habilitaram leitos de internação no último ano foram São Paulo (5.354), com ênfase na capital, onde quase foram abertos quase 1.800 novos leitos; Pernambuco (2.697), também em função do aumento de 1.155 unidades somente na capital; e Minas Gerais (2.525).

    Na contramão da tendência nacional, somente duas unidades da federação possuem hoje menos leitos do que o número registrado em fevereiro: Santa Catarina (-134) e Tocantins (-13). Entre as capitais, somente Cuiabá perdeu 116 leitos de lá para cá. Palmas mantem o mesmo número de leitos de internação no período.

    O 1º secretário do CFM, Hideraldo Cabeça, acredita que o atual cenário ainda revela a face negligenciada do SUS, mas avalia que é possível reverter esse quadro com a adoção de medidas efetivas. “Sufocados com o congelamento da chamada Tabela SUS, muitos hospitais, sobretudo os filantrópicos, fecharam leitos ou até mesmo as portas nos últimos anos. Esperamos que os gestores tomem a experiência com a Covid-19 como lição para a necessidade de organizarem e aprimorarem suas estruturas hospitalares”, destacou.

    ( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)


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