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Nordestinas
  • 24/07/2020 07h54

    ENFRENTANDO A CRISE: Em junho, aumentou a quantidade de pessoa desocupadas, porém caiu o número de pessoas afastadas do trabalho pela pandemia, aponta PNAD COVID-19

    Veja os números
    Foto: Revista Amanhã

    Aumentou a desocupação, mas as pessoas afastadas pela pandemia não foram tão impactadas assim

    ( Publicada originalmente às 14h 30 do dia 24/07/2020) 

    (Brasília-DF, 24/07/2020) A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD COVID19) referente a junho de 2020 traz relações aparente contraditórias, pois aumentou o desocupação nesse mês no entanto houve uma redução da desocupação de pessoas que foram afastadas do trabalho por conta da pandemia do covid-19

    Em junho, a PNAD COVID19 estimou que o país tinha 170,1 milhões de pessoas com 14 anos ou mais de idade, a chamada população em idade de trabalhar. A população na força de trabalho era de 95,2 milhões, dos quais 83,4 milhões eram ocupados e 11,8 milhões desocupados. A população fora da força de trabalho somava 74,9 milhões de pessoas.

    O contingente de pessoas na força de trabalho, em relação a maior,  cresceu 0,8% e o de pessoas fora da força caiu 0,6%. Houve redução de 1,1% no total de pessoas ocupadas e aumento de 16,6% no total de desocupados. Em todas as grandes regiões, a população desocupada aumentou, sendo a maiores variações observadas no Sudeste (18,8%) e Nordeste (18,6%) e a menor no Centro-Oeste (9,1%).

    A taxa de desocupação foi de 12,4% em junho, um aumento de 1,7 ponto percentual em relação a maio (10,7%). A taxa cresceu em todas as grandes regiões de maio para junho, passando de 11,2% para 13,2% no Nordeste, de 10,9% para 12,9% no Sudeste, de 11,4% para 12,4% no Centro-Oeste, de 11,0% para 12,3% no Norte e de 8,9% para 10,0% na região Sul.

    Caiu na pandemia

    Entre os 83,4 milhões de trabalhadores do país, 14,8 milhões estavam afastados do trabalho que tinham na semana de referência e 11,8 milhões estavam afastados devido ao distanciamento social, representando, respectivamente, quedas de 22,2% e 24,9% em relação ao total de pessoas afastadas em maio. A redução dos afastamentos do trabalho devido à pandemia também pode ser verificada pela queda na proporção de pessoas afastadas por este motivo no total de pessoas ocupadas, que de maio para junho passou de 18,6% para 14,2%.

    O Nordeste apresentou o maior percentual de pessoas afastadas do trabalho devido ao distanciamento social (20,2%), seguido pelo Norte, (17,1%), enquanto o Sul foi a região menos afetada (7,8%). Em todas as grandes regiões, a proporção de pessoas afastadas devido ao distanciamento social caiu de maio para junho.

    O grupo etário com a maior proporção de pessoas afastadas do trabalho foi o de 60 anos ou mais de idade, mas houve redução de maio para junho, passando de 27,3% para 23,0%.Tanto o maior percentual de afastamento para as pessoas com mais idade, quanto a queda desse percentual foram verificados em todas as grandes regiões.

    Mais de 7 milhões de trabalhadores estavam sem remuneração devido à pandemia

    Entre os 14,8 milhões de trabalhadores que estavam afastados do trabalho na semana de referência, aproximadamente 7,1 milhões estavam sem a remuneração do trabalho. Este total representava 48,4% das pessoas afastadas do trabalho que tinham. Em maio, este percentual chegou a 51,3%. Nordeste e Norte mostraram os maiores percentuais de pessoas afastadas do trabalho e sem remuneração: 51,8% e 49,4% das pessoas afastadas na região, respectivamente. Houve redução do percentual de pessoas nestas condições em todas as grandes regiões.

    Em junho, havia 74,9 milhões de pessoas fora da força de trabalho no Brasil (-0,6% em relação a maio), dos quais 35,7% (26,7 milhões) gostaria de trabalhar, mas não buscou trabalho e 23,8% (17,8 milhões) não buscou trabalho devido à pandemia ou à falta de trabalho na localidade, mas gostaria de trabalhar.

    De maio para junho, aumentou o percentual de pessoas fora da força de trabalho que gostariam de trabalhar apesar de não terem procurado trabalho, mas diminui o percentual daqueles que alegaram a pandemia ou falta de trabalho na localidade como principal motivo. Em maio, 70,2% das pessoas que embora quisessem trabalhar não o fizeram alegaram que o principal motivo estava relacionado à pandemia ou à falta de trabalho na localidade, em junho, esta proporção cai para 66,7%. Este comportamento se repetiu em todas as grandes regiões.

    Ao somarmos a população fora da força que gostaria de trabalhar, mas que não procurou trabalho (26,7 milhões), com a população desocupada (11,8 milhões) , temos 38,5 milhões de pessoas pressionando o mercado de trabalho em busca de alguma ocupação ou que estariam se tivessem procurado trabalho. Quando o motivo de não ter procurado estava relacionado à pandemia ou à falta de trabalho na localidade (17,8 milhões), o total somado a população desocupada foi de 29,6 milhões de pessoas.

    Total de pessoas de 14 anos ou mais de idade fora da força de trabalho que gostariam de trabalhar, mas não buscaram trabalho, e de pessoas fora da força de trabalho que gostariam de trabalhar, mas não buscaram trabalho devido à pandemia ou à falta de trabalho na localidade, na semana de referência – Brasil e Grandes Regiões (%) – maio e junho de 2020

    ( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)


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