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Nordestinas
  • 05/06/2020 08h32

    REAÇÃO: Crise na indicação do novo comando do BNB fortalece profissionalismo na gestão

    Danilo Forte enviou vídeo a Política; veja nota dos funcionários do BNB
    Foto: Arquivo da Política Real/ Diário do Nordeste

    BNB deve ter comando cada vez mais técnico

    ( Publicada originalmente às 18h 06 do dia 04/06/2020) 

    (Brasilia-DF, 05/06/2020) A crise política gerada com a saída de Romildo Rolim do comando do Banco do Nordeste(BNB), que vinha fazendo administração considerada exitosa, com recordes em desempenho e a chegada de Alexandre Borges Cabral que não se manteve 24 horas no cargo, acossado com ação de malversação investigada pelo Tribunal de Contas da União setores políticos da região, lideranças políticas e servidores pregam a profissionalização o comando da instituição. 

    O ex-deputado Danilo Forte(PSDB-CE), que recentemente esteve no comando do Agro Nordeste, ligado ao Ministério da Agricultura, tem uma história de ação em defesa do BNB no grupo parlamentar Bancada do Nordeste, enviou vídeo à Política Real defendendo que o banco que tem sede no Ceará não entre no “balcão de negócios” da política e fique sob comando técnico.

    “Como cidadão brasileiro tenho muito orgulho de ser nordestino, vindo do interior do Ceará e é necessário e fundamental que tenhamos uma posição firme na defesa das nossas instituições. A instituição mais nordestina é o Banco do Nordeste, responsável por 86% de todo o investimento que gera emprego no Nordeste e ela precisa ser resguardada.

     Todas as vezes que ela entrou na negociação política, no balcão de negócios da política ,deu no que deu no passado. Ou já nos esquecemos da crise do cuecão que quase quebrou o banco?(sic) Nós não podemos mais deixar o Banco do Nodeste virar moeda de troca.

    Nós não podemos deixar o Banco do Nordeste à deriva dos reais interesses nordestinos. É por isso que a gente precisa da mobilização dos entes empresariais, das nossas lideranças políticas comprometidas com o Nordeste na defesa do Banco do Nordeste. Vamos tirar o Banco do Nordeste do balcão da política. Vamos entregar o Banco do Nordeste aos seus técnicos, aos seus funcionários, aqueles que já demonstraram capacidade de fazer que tem compromisso com a instituição e o Nordeste brasileiro”, disse.

    Servidores

    A tarde desta quinta-feira, os funcionários do Banco do Nordeste divulgaram uma nota contra a instrumentalização do banco.

    A respeito do episódio da indicação de Alexadre Cabral, a Associação de Funcionários do Banco do Nordeste (AFBNB) afirmou que o governo federal trata a instituição, seus funcionários e a sociedade de forma desrespeitosa, “ao sabor das conveniências politiqueiras e de interesses mesquinhos”.

    Na avaliação dos funcionários, as trocas na direção causa vulnerabilidade e instabilidade, em descompasso com o momento por que passa a instituição.

    “No contexto da grave pandemia da Covid 19 que ceifa a vida de milhares de trabalhadores a cada dia, que exige mais do que nunca a ação de políticas públicas e sociais, de forma lamentável e sem a devida responsabilidade, o BNB é jogado a incertezas com a exposição e repercussão negativa na mídia, afetando sobremaneira a sua dinâmica institucional”, diz a nota.

    A AFBNB acrescenta que esse tipo de prática deve ser “veemente combatida” a fim de que seja “abolida de uma vez por todas”. Diz, ainda, que repudia o uso da instituição como moeda de troca.

    Confira a íntegra da nota dos funcionários:

    A propósito do episódio recente que envolve a mudança na gestão do Banco do Nordeste do Brasil(BNB), a AFBNB mais uma vez vem a público para manifestar entendimento contrário à forma de tratamento desrespeitosa que é dada à Instituição, aos seus trabalhadores e à sociedade, sobrepondo-os ao sabor das conveniências politiqueiras e de interesses mesquinhos de e por quem tem o poder de mando para tal – o Governo Federal. Tal situação soa inoportuna e desnecessária, pois só traduz a miopia quanto à natureza, essência e objetivos que permeiam o existir do BNB. Além disso, ocasiona vulnerabilidade e instabilidade, haja vista estar em total descompasso com o momento porque passa a Instituição, sem quaisquer desgastes ou questionamentos técnicos ou de qualquer outra natureza que justifiquem o ato.

    No contexto da grave pandemia da Covid 19 que ceifa a vida de milhares de trabalhadores a cada dia, que exige mais do que nunca a ação de políticas publicas e sociais, de forma lamentável e sem a devida responsabilidade, o BNB é jogado a incertezas com a exposição e repercussão negativa na mídia, afetando sobremaneira a sua dinâmica institucional. Trata-se de prática reprovável, que deve ser veementemente combatida na perspectiva de que seja abolida de uma vez por todas. Como registra a história, os resultados dessa atávica cultura politiqueira nem sempre desembocam em situação confortável, por ser dissonante e inadequado para o perfil do Banco quanto ao seu papel social e missão para a qual foi criado.

    A AFBNB reedita, por considerar oportuno, necessário e coerente, texto elaborado por um dos seus dirigentes, datado de 2018, produzido em circunstância semelhante, o qual traduz o pensamento da Entidade quanto ao assunto em questão, sendo esta a abordagem institucional feita em diversas ocasiões ao longo da sua trajetória de 34 anos de luta quando instada a fazê-lo. (veja abaixo)

    Assim como tem procedido, a AFBNB seguirá firme na defesa do BNB e dos trabalhadores e na luta por um Banco cada vez mais forte e cumpridor do seu papel. Neste sentido vai intensificar as ações pelo seu fortalecimento e garantia de recursos estáveis, além da manutenção do atual modelo de gestão do FNE, de exclusiva operacionalização pelo BNB, na compreensão de que o Fundo constitui uma imprescindível ferramenta de política regional de desenvolvimento, razão maior da existência do Banco.

    O BNB, os trabalhadores e a sociedade merecem respeito! A Associação repudia veementemente o uso do BNB como moeda de troca; como barganha no mercado rasteiro da velhíssima política do “toma lá, dá cá”, que não serve às demandas de quem realmente precisa dos serviços da Instituição, mas sim de quem vê a mesma como um mero instrumento das suas pretensões imediatas.

    ( da redação com informações de assessoria e redes sociais. Edição: Genésio Araújo Jr)


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