( Publicada origialmente às 19h 36 do dia 21/05/2020) 

( reeditado) 

(Brasília-DF, 22/05/2020) Depois da exitosa reunião, em videoconferência, dos governadores com o presidente Jair Bolsonaro( sem partido) na manhã desta quinta-feira,21, foi voz geral no mundo político que um dos maiores ganhadores foi o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Rodrigo Maia(DEM-RJ). Ele articulou junto com os generais ministros o ambiente que se viu no encontro. Hoje, também, ele falou aos jornalistas mais à vontade sobre diversos temas, que envolvem ações do governo federal.

Eleições municipais

Maia, questionado, em coletiva, sobre as eleições municipais disse que o primeiro turno das eleições deste ano poderão ser realizadas no dia 15 de novembro ou 6 de dezembro.

“Talvez o melhor modelo seja uma reunião do colégio de líderes das duas Casas para que se construa uma maioria em relação a adiar e para qual período. Você tem dois períodos discutidos, 15 de novembro ou primeiro domingo de dezembro, para o primeiro turno, e um [intervalo] para o segundo turno um pouco menos para dar tempo para a transição. Essas são as ideias”, afirmou Maia. “Mas temos que saber se vai ter voto para adiar ou não. A partir do momento que tiver voto para adiar, se discute uma data, tudo com sintonia com o TSE”, acrescentou.

Maia não esconde que o adiamento é cada vez mais uma realidade, ele que é contra a prorrogação dos mandatos

Na próxima semana deverá ser criada uma comissão mista está prevista para ser criada em seguida a posse do ministro Luís Roberto Barroso na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Sou radicalmente contra prorrogação de mandato”, disse. “Não vejo na Constituição Federal um prazo para prorrogar mandato, porque no futuro alguém pode se sentir forte, ter apoio no Parlamento, criar uma crise e prorrogar seu próprio mandato. A questão de prorrogação do mandato acho que é muito sensível para a nossa democracia”, argumentou Rodrigo Maia.

Auxílio Emegencial

Nesta semana, avançou a discussão sobre a prorrogação do auxílio emergencial que foi pensado inicialmente para três meses. Foi questionado sobre a possibilidade dessa prorrogação.

“A impressão é que sim [prorrogar]. Em que condições? Não podemos esquecer que o auxílio emergencial é fundamental. Se a crise continuar, ele será tão importante como está sendo agora. Mas de onde vamos conseguir tirar dinheiro? Esse é o nosso desafio. Já coloquei alguns parlamentares para estudar isso, para ter uma proposta que possamos fazer ao governo que possa, se necessário, continuar com o programa”, explicou.

Maia avalia que uma solução seria realocar recursos da União que atualmente estejam sendo aplicados em áreas não prioritárias.

“Que a gente encontre parte desses recursos na parte de gastos dos governo que está mal alocada. Agora, temos que tomar o cuidar de não seguir criando despesas sem realocar recursos de outras despesas que nesse momento não são prioritárias”, afirmou.

Maia um conhecido reformistas falou da possibilidade de serem votadas ainda este ano as reformas tributária e administrativa.

"Como nós já temos a [reforma da] Previdência aprovada, agora nós precisamos, sem nenhuma dúvida, da reforma administrativa, não apenas para congelar ou cortar salários, mas melhorar a qualidade do gasto público", avaliou.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)