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Nordestinas
  • 07/05/2020 08h07

    PNAD CONTÍNUA: A desigualdade econômica permanece no nível mais alto da série; números de 2019 ficaram iguais a de 2018

    Indicador de desigualdade caiu entre 2012 e 2015
    Foto: Montagem Política Real

    Desigualdade impressiona

    ( Publicada oiginalmente às 14h 03 do dia 06/05/2020) 

    (Brasília-DF, 07/05/2020) A pesquisa PNAD Contínua com os números de 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro, mostram destacada desigualdade econômica, aponta IBGE.

    O índice de Gini é um indicador que mede concentração e desigualdade econômica e varia de 0 (perfeita igualdade) até 1 (máxima concentração e desigualdade). Quando calculado para o rendimento médio mensal recebido de todos os trabalhos, ele se manteve em 0,509 em 2019. O índice tinha caído entre 2012 (0,508) e 2015 (0,494), mas subiu para 0,501 em 2016, mantendo-se o valor em 2017, e depois para 0,509 em 2018.

    O Sul (0,451) e o Centro-Oeste (0,485) apresentaram os menores índices e o Nordeste o maior (0,531). De 2018 para 2019, o Norte (de 0,517 para 0,504) e, em menor escala, o Sudeste (de 0,508 para 0,504) e o Centro-Oeste (de 0,486 para 0,485) tiveram redução desse indicador, enquanto no Nordeste e no Sul houve elevação do índice, com destaque para a primeira, que passou de 0,520 para 0,531.

    Já o índice de Gini do rendimento domiciliar per capita para o Brasil foi estimado em 0,543 – uma queda com relação ao maior valor da série, de 0,545 em 2018. O Nordeste, com a maior desigualdade (0,559), foi a única região onde houve aumento do índice em 2019. Por outro lado, o Sul apresentou o menor índice (0,467) e o Norte a maior redução (de 0,551 para 0,537).

    Bolsa Família

    No Brasil, 13,5% dos domicílios particulares permanentes recebiam, em 2019, dinheiro referente ao Programa Bolsa Família, contra 13,7% em 2018. Esta proporção era de 15,9% dos domicílios em 2012 e vem se reduzindo a cada ano.

    As regiões Norte e Nordeste tinham as maiores proporções de domicílios com beneficiários do programa: 25,0% e 27,6%, respectivamente. Por outro lado, o Sul tinha a menor proporção (4,7%). O Nordeste sofreu a maior redução proporcional (-6,1%) de domicílios com beneficiários do programa entre 2012 e 2019.

    O Benefício de Prestação Continuada (BPC-LOAS) era recebido por 3,7% dos domicílios do país em 2019, percentual praticamente igual ao de 2018 (3,6%) e 1,1 ponto percentual acima do de 2012 (2,6%).

    O Norte e o Nordeste novamente apresentaram os maiores percentuais (6,0% e 5,6%, respectivamente). Mas, entre 2012 e 2019, houve aumento na proporção de domicílios com beneficiários do BPC em todas as regiões, sobretudo no Norte (2 pontos percentuais).

    O rendimento mensal domiciliar per capita nos domicílios que recebiam o Programa Bolsa Família foi de R$ 352 e naqueles que não recebiam foi de R$ 1.641. Para os domicílios que recebiam o BPC-LOAS o rendimento médio domiciliar per capita foi de R$ 755 e, para os que não recebiam, R$ 1.433.

    O acesso a serviços básicos nos domicílios que recebiam algum programa também era diferente daqueles que não recebiam. Entre aqueles com o Bolsa família, por exemplo, 39,5% tinham esgotamento sanitário com rede geral ou fossa séptica ligada a rede geral, já nos domicílios que não recebiam 72,2% tinham o serviço.

    O mesmo comportamento foi verificado em relação à posse de bens, principalmente máquina de lavar e microcomputador. Enquanto entre os domicílios que recebiam o Bolsa Família em 2019, 32,0% tinham máquina de lavar e 12,6% tinham microcomputador, entre os que não recebiam 71,4% tinham máquina e 45,6%, computador.

    ( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)


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