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Nordestinas
  • 27/04/2020 08h13

    Brasil fora da aliança global da OMS contra o Covid-19 preocupa; Veneziano Vital do Rêgo, líder do bloco independente do Senado, lamentou

    Veneziano lembrou que, historicamente, o Brasil sempre liderou os temas e os debates relacionados ao acesso a medicamentos e tratamentos inovadores, apoiando a ciência e as pesquisas
    Foto: Agencia Senado

    Veneziano Vital do Rêgo em momento que o Senado ainda tinha sessões presenciais

    ( Publicada originalmente às 13h 53 do dia 26/04/2020) 

    (Brasília-DF, 27/04/2020) O fato do Brasil esta fora da Aliança Global criada pela Organização Mundial da Saúde – OMS para acelerar a produção e distribuição de tratamentos para lidar com a pandemia do coronavírus e garantir a chegada de uma vacina ao mercado em tempo recorde, com um fundo de R$ 45 bilhões está preocupando aqui no Brasil. Neste domingo, 26, o senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), líder do bloco independente no Senado Federal, lamentou. O senador falou à imprensa paraibana e a Política Real teve acesso. 

    Segundo Veneziano, a ausência do Brasil foi motivada pelas posturas do presidente Bolsonaro em relação ao coronavírus, sendo contrário a orientações das autoridades de saúde de todo o planeta sobre prevenção e cuidados da população, inclusive na adoção do distanciamento social.

    Veneziano lembrou que, historicamente, o Brasil sempre liderou os temas e os debates relacionados ao acesso a medicamentos e tratamentos inovadores, apoiando a ciência e as pesquisas.

    "Porém, no atual governo, o que se vê é um completo desmantelamento da pesquisa no Brasil, com corte de verbas e, mais que isso, o próprio presidente manifestando-se contra o que pregam a OMS e os órgãos de saúde do mundo inteiro".

    Como foi

    Presidentes e lideranças de vários países, dos cinco continentes, participaram da reunião ocorrida sexsa-feira , 24, para a criação da aliança.  No dia do evento, o ministro da Saúde, preferiu participar de um evento no Palácio do Planalto em apoio ao Presidente Jair Bolsonaro que rebateu o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, que acusou o presidente de faze intervenção na Polícia Federal.

    "O Brasil não foi convidado devido às posturas do presidente; e a presidência da República sequer sabia do encontro, num claro sinal da irrelevância que a diplomacia brasileira conquistou neste governo", disse Veneziano. O papel central da OMS na resposta contra a pandemia é reconhecido por 179, dos 193 países da ONU. O Brasil se recusou a reconhecer a OMS e integra o bloco da minoria.

    O evento firmou um compromisso de que qualquer tratamento ou vacina que seja criada será alvo de um esforço internacional para que seja disponibilizada a todos os países, evitando erros do passado – como no caso da AIDS, citado durante o encontro. Um fundo de US$ 8 bilhões foi lançado para financiar a produção e distribuição de remédios, o fortalecimento dos sistemas públicos e toda a resposta contra a doença.

    "É lamentável que o Brasil, por força dos comportamentos adotados pela Presidência, não tenha sido convidado a fazer parte desta importante aliança. O pior é que o maior prejudicado é o povo, que tem feito a sua parte, tomando os devidos cuidados, mas ficando à mercê de posicionamentos irresponsáveis de quem dá demonstrações de estar pouco ou nada preocupado com o debate global", alertou o senador.

    O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, durante o evento, pediu que tratamento e vacinas cheguem a todos os lados e indicou que combater o vírus "vai exigir maior investimento da história" na saúde. "Estamos combatendo a luta de nossas vidas", declarou o português, pedindo que, neste momento, a política seja colocada de lado.

    Veneziano lembrou que o tema de acesso a remédios foi tradicionalmente uma bandeira de diferentes governos brasileiros. No início do século, aliado ao governo francês, o Brasil estabeleceu um mecanismo para permitir acesso a remédios aos mais pobres, a Unitaid. Desta vez, porém, Paris assume a bandeira sem a presença de governo brasileiro. "O que é lamentável e mostra o descaso deste governo com um tema tão importante neste momento que estamos enfrenando", disse o parlamentar.

    ( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)


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