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Nordestinas
  • 24/04/2020 08h05

    Wagner do Rosário, da CGU, manda recado aos gestores "corruptos": "estamos a postos" e "nós vamos ter uma atuação implacável" na fiscalização dos recursos para o enfrentamento do covid-19

    Ele falou sobre o pagamento de parcela do auxílio emergencial
    Foto: Marcelo Casal Jr / Agência Brasil

    Wagner Rosário da CGU

    ( Publiada originalmente às 21h 48 do dia 23/04/2020) 

    (Brasília-DF, 24/04/2020) O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner do Rosário, mandou nesta quinta-feira, 23, um recado aos gestores "corruptos" que estão recebendo os recursos para o enfrentamento do novo coronavírus (covid-19). Segundo ele, "estamos a postos" e "vamos ter uma atuação implacável" na fiscalização dos verbas repassadas pelo governo federal.

    Ao fazer esse comentário, o ministro da CGU informou que a primeira operação neste sentido realizada pelo órgão, em conjunto com a Polícia Federal (PF), aconteceu no município de Aroeiras (PB) onde foi deflagrada a "operação alquimia" em que é suspeito o superfaturamento de R$ 48 mil em repasses feitos pela Fundação Nacional da Saúde (Funasa).

    "A partir de agora, nós estamos mudando um pouco o foco, partindo para uma atuação mais forte desses recursos. Se verificarmos [algo ilegal], deflagramos hoje com a Polícia Federal a primeira operação, na Paraíba, a operação alquimia que vai ser a primeira de algumas que estão planejadas de combate à corrupção", registrou.

    "Infelizmente, nós temos casos de corrupção na aplicação destes recursos, então, estamos bem atentos. E espero que os gestores, que não são gestores, são corruptos, estamos a postos e abram o olho porque nós vamos ter uma atuação implacável, principalmente nessa parceria da Controladoria-Geral da União e Polícia Federal", complementou.

    Auxílio emergencial

    Rosário falou também que a decisão do governo federal em não  mais antecipar a segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600,00 que era prometida para essa última quarta-feira, 22, se deu pelo fato de que só pode começar a pagar a segunda parcela depois que se pagar a primeira.

    "Sobre o pagamento do auxílio de R$ 600,00, o governo vem trabalhando de uma forma bastante preocupado com a situação das pessoas de tal forma a fornecer a melhor qualidade de vida para essas pessoas que estão necessitando destes recursos e, então, verificou a possibilidade de um adiantamento de uma parcela de pessoas que fazem jus ao benefício. A nossa preocupação quando vimos isso é que nós temos R$ 98,2 bilhões para pagamentos desses benefícios em três parcelas de R$ 600,00", esclareceu.

    "A nossa verificação até 20 de abril, era que até esse dia, já havia sido transferido para a Caixa R$ 31 bilhões, o que aproxima muito de um terço do valor. E, pelos nossos cálculos, tinha ainda muitos casos a serem analisados. E como era uma estimativa de valor com base no Cadastro Único e a quantidade de pessoas que estão solicitando são maiores do que aparenta ser a estimativa feita, ou planejamento inicialmente feito, nós alertamos [para] que não se realizasse o pagamento de uma segunda parcela, antes de se verificar que o pagamento da primeira foi praticamente encerrado. E quanto se necessitaria de incremento na quantidade de recursos orçamentários para cobrir esses valores", finalizou.

    (por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)


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