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Nordestinas
  • 13/03/2020 23h01

    ECONOMIA: Paulo Guedes, em resposta a Maia, diz que as medidas virão para enfrentar a crise, mas que o Congresso também tem que ser rápido

    Medidas serão anunciadas na segunda-feira
    Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil

    Paulo Guedes responde Maia

    (Brasília-DF, 13/03/2020)  Mais cedo foi publicada informação, também divulgada pela Política Real, em que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia(DEM-RJ), disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes, não tinha nada de curto prazo para enfentar a crise econômica que surgiu com a pandemia do novo coronavirus.  Guedes falou de medidas ao chegar ao Ministério da Economia, em Brasília, para reunião com os presidentes da Caixa, Pedro Guimarães, e do Banco do Brasil, Rubem Novaes.

    Guedes disse que as medidas são uma resposta ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Ele também cobrou do Congresso a aprovação de medidas de estimulem a economia brasileira.

    “A reposta à crise está vindo. Eu quero atender ao pedido do presidente da Câmara [Rodrigo Maia], dizendo que estamos atentos. Da mesma forma que ele pediu que houvesse alguma reação ao coronavírus, estamos reagindo em 48 horas. Eu também gostaria que as principais lideranças políticas do Brasil reagissem também com muita velocidade com as nossas reformas para reforçar a saúde econômica do nosso país”, afirmou. “Queremos saber se também o Congresso vai liberar saneamento, privatização de Eletrobras, tudo isso são recursos públicos que nós precisamos pra retomar os investimentos”, disse Guedes.

    Guedes disse que novas medidas serão anunciadas nessa segunda-feira,16.   Ele citou que pode haver a isenção de tarifa de importação de produtos médicos e hospitalares e não descartou mais liberação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

    Guedes também citou que recursos do PIS/Pasep (programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público) não sacados por beneficiários ou herdeiros poderiam ser destinados para a saúde.

    “Existem recursos de PIS/Pasep que não foram retirados até hoje. Há R$ 30 bilhões que estão lá acumulados de fundos não reclamados ainda. Tem o direito de saque mas essas pessoas já faleceram. Demos o direito que os herdeiros pudessem buscar, não foram buscar. Agora, legalmente, você não pode pegar o dinheiro que está em nome de alguém e transferir para outra pessoa. O que temos que fazer é examinar isso juridicamente, dar uma garantia caso alguém apareça para receber. Estamos vendo como podemos manobrar isso. Tudo que não impacta o equilíbrio fiscal nós estamos fazendo”, disse Guedes, ao chegar ao Ministério da Economia, em Brasília, para reunião com os presidentes da Caixa, Pedro Guimarães, e do Banco do Brasil, Rubem Novaes.

    Questionado se haverá liberação de recursos do FGTS, Guedes disse que tudo está sendo examinado. “Estamos examinando tudo”, disse.

    Crise passageira

    Guedes  avalia que a crise é passageia.  “Se reagirmos corretamente à crise, em 5 ou 6 messes ela já foi embora. Na China, já estão desmontando os hospitais [construídos para atender pacientes com coronavírus], a crise está oficialmente em desaceleração, os casos já são muito menores”, disse.

    Caixa

    A Caixa anunciou, hoje, 13, a liberação de R$ 75 bilhões para capital de giro de pequenas e médias empresas, compra de carteiras e financiamento à produção agrícola.

    Dos valores divulgados, R$ 40 bilhões são para capital de giro de pequenas e médias empresas, além de instituições que atuam no ramo imobiliário. Outros R$ 30 bilhões serão destinados à compra de carteiras de pequenos e médios bancos, que atuam nos segmentos de consignado e automóveis,  e os R$ 5 bilhões restantes para o financiamento da produção agrícola.

    Paulo Guedes ressaltou a importância dos bancos públicos como instrumento de ações anticíclicas. “Os bancos públicos estão atentos, preparados, com capacidade e liquidez para ajudar, se necessário”, completou.

    O presidente da Caixa enfatizou a capacidade financeira do banco para apoiar o país diante do cenário atual. “A Caixa hoje é o banco com o maior índice de capitalização, o índice de Basileia, e com mais de R$ 300 bilhões em títulos públicos. Estamos preparados para emprestar”, finalizou Guimarães.

    (da redação com informações de assessorias. Edição: Genésio Araújo Jr)


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