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Nordestinas
  • 21/02/2020 14h20

    DEPOIS DO CARNAVAL: General Augusto Heleno poderá ir ao Senado prestar informações sobre os congressistas que estão chantageando o governo

    Requerimento é do senador Rogério Carvalho(PT-SE), líder do partido do Senado
    Fotos: Agencia Senado e Antonio Cruz/Ag. Senado

    General Augusto Heleno poderá fala aos senadores

    (Brasília-DF, 20/02/2020)  O plenário do Senador Federal, passado o Carnaval, poderá em sessão deliberativa aprovar a convocação do ministro do Gabinete da Segurança Institucional(GSI), General Augusto Heleno.  Essa é a expectativa do líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), que apresentou nessa quinta-feira, 20, um pedido de convocação para que ele explique sua fala em que acusa o Congresso Nacional de chantagear o governo do presidente Jair Bolsonaro.

    Carvalho espera que os demais líderes partidários da Casa acolham seu requerimento na primeira sessão deliberativa, após o carnaval, no dia 3 de março. A fala que foi captada pela Imprensa durante uma cerimonia no Palácio do Planalto, Heleno pede que os brasileiros vão às ruas contra os parlamentares. Nela, diz ainda que “não podemos aceitar esses caras [congressistas] chantageando a gente o tempo todo. Foda-se”, exclamou quando estava ao lado dos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Secretaria de Governo, o também general Luiz Eduardo Ramos.

    A fala do chefe do GSI se refere a queda de braço que os poderes Executivo e Legislativo travam em torno da aplicação do orçamento impositivo aprovado pelo Congresso , que o presidente Bolsonaro vetou alguns artigos, com a justificativa que sua aplicação engessaria o governo. Em troca para manter esses vetos, a maioria do Congresso quer que o Executivo encaminhe um Projeto de Lei (PLN) garantindo que os recursos aprovados pelos parlamentares serão efetivados.

    “A acusação que ele fez é muito grave. Ele tem que explicar quem está chantageando. A sociedade não pode ficar com a impressão de que existe no Congresso uma organização fora da norma. Há enormes diferenças entre a pressão política derivada diretamente dos freios e contrapesos de um regime democrático que adota a divisão independente e harmônica entre os Poderes e o nefasto ato de chantagear”, falou o petista sergipano em entrevista para a Rádio Senado.

    “A tendência a um orçamento com cores impositivas faz parte da estrutura de pesos e contrapesos entre os Poderes, pois é reconhecida a natureza política da decisão sobre os gastos públicos, aplicada na seleção de prioridades dentre uma infinidade de necessidades públicas. O Congresso Nacional tem função primordial na demarcação dos limites e dos procedimentos dessa decisão política, bem como na estabilização das escolhas públicas efetuadas”, complementou Carvalho.

    Rogério Carvalho é líder do PT no Senado

    Até quando

    Já o ex-líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), fez uma série questionamentos nessa quinta-feira, 20, sobre “até quando” o judiciário, a mídia, os militares e o parlamento vão “ignorar que não vivemos uma situação de normalidade institucional” em que o país, segundo ele, está próximo de consolidar um “projeto de poder autoritário e criminoso”.

    “Até quando assistiremos o país ser governado por uma aliança que envolve uma família com notórios compromissos com o crime organizado, e um esquema de proteção institucional e midiático viabilizado com a participação de Sérgio Moro no Ministério da Justiça? Até quando os interesses do mercado justificarão o silêncio e a cumplicidade de setores do empresariado nacional que assistem impassíveis a deterioração do Estado Democrático de Direito e a escalada autoritária promovida pelo bolsonarismo?”, questinou o petista gaúcho.

    (por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)

     

     


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