( Publicada originalmente às 16h 32 do dia 13/02/2020) 

(Brasília-DF, 14/02/2019) A visita que o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fez nesta quinta-feira, 13, ao Papa Francisco na cidade-Estado do Vaticano, em Roma, na Itália, foi um dos acontecimento de maior repercussão na política brasileira. Sem responder a visita que o ex-presidente brasileiro fez ao chefe mundial da Igreja Católica, o atual presidente do país – Jair Bolsonaro – utilizou suas redes sociais para divulgar dados do seu governo, defender o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro.

Já os petistas e simpatizantes do ex-presidente destacaram nas mais variadas redes sociais, de maneira positiva, o encontro que Lula teve com o pontífice católico. Por outro lado, a maioria dos adversários políticos do PT e do ex-presidente preferiram ficar entre ataques e a indiferença a visita do petista ao Vaticano. Aqueles mais anônimos e ligados às pautas do presidente Bolsonaro, não tiveram dúvida: criticaram a ida de Lula à Itália proliferarando várias postagens para tentar neutralizar as mensagens favoráveis ao ex-presidente. Já os adversários tradicionais do PT , e conhecidas personalidades públicas, escolheram não se manifestar sobre o encontro do Papa Francisco com Lula.

Em publicação no seu Twitter oficial, Lula escreveu em mensagem postada às 13 horas e 30 minutos desta quinta que o seu encontro com o líder da religião mais professada no Brasil tem como objetivo de ser uma conversa “sobre um mundo mais justo e fraterno”. A mensagem, em pouco mais de duas horas, alcançou 4,7 milhões de compartilhamento e mais de 30 milhões de “likes” dos usuários da plataforma de interação cibernética.

Aliados comemoram

Líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE) replicou várias publicações onde diz que o encontro de Lula com o Papa Francisco serviu para que o ex-presidente brasileiro pudesse falar com o chefe de Estado do Vaticano sobre o Brasil, a desigualdade, a fome, a destruição da Amazônia e dos direitos indígenas. Segundo ele, num momento em que “um governo que só visa o dinheiro, cheio de orgulho e vaidade”, essa é uma “mensagem de amor”.

Lula em cumprimento ao Papa Francisco 

Líder petista na Câmara, Ênio Verri (PR) apenas compartilhou a publicação feita por Lula registrando o momento em que era recebido pelo líder católico. Já a presidente nacional do PT, a deputada Gleise Hoffmann (PR) destacou que o encontro das “duas referências mundiais” do combate à fome representou um encontro daqueles “que sempre colocaram o povo pobre como prioridade de suas ações”.

O ex-governador baiano e senador petista Jaques Wagner afirmou, através de suas redes sociais, que “a conversa entre Lula e o pontífice Francisco marca o primeiro encontro presencial destes dois importantes símbolos da luta pela justiça social, num momento marcado por uma intensa escalada de ódio, aumento da desigualdade e pelo iminente retorno do Brasil ao mapa da fome”.

Adversários menosprezam

O perfil auto-intitulado “Bolsoeneas” que seria uma junção política do presidente Bolsonaro com o ex-candidato à Presidência da República nas eleições de 1.989, 1.994 e 1.998 e ex-deputado federal, já falecido, Enéas Carneiro, postou a foto de Lula com o Papa Francisco afirmando que a legenda da imagem seria conforme o entendimento de seus seguidores. Em resposta, escreveu o perfil “Ogrocêntrico delirante”: “vamos unir os nossos demônios”.

O jovem Felipe Macedo, que também é seguidor do perfil do presidente Bolsonaro, escreveu: “sai desse corpo que não te pertence”. Já o usuário da rede social, Gerson Lima, foi mais ofensivo: “você [Lula] veio aqui pra dar o dízimo pra igreja do que você roubou, não é?”. Os perfis identificados como Mendes e Drª Mônica disseram respectivamente ter “nojo desse Papa” e que um é o “anti-Cristo” e o outro o “Judas”.

(por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)