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Nordestinas
  • 15/01/2020 06h32

    Livro em que Bolsonaro quis demitir Sérgio Moro é “Fake News”, diz Presidente

    Após perguntado sobre como ele via as acusações de ter mandado Fabrício Queirozfaltar depoimento, Jair Bolsonaro encerrou a entrevista coletiva na porta do Palácio do Alvorada
    Foto: arquivo Política Real

    Sérgio Moro e Jair Bolsonaro em conflito?

    ( Publicada originalmente às 18h 11 do dia 14/01/2020) 

    (Brasília-DF, 15/01/2.020) O livro “Tormenta – O Governo Bolsonaro entre crises, intrigas e segredos” da jornalista Thaís Oyama a ser lançado na próxima segunda-feira, 20, que traz informações de bastidores sobre o primeiro ano da gestão Bolsonaro à frente do Palácio do Planalto é “fake news”, diz o próprio presidente da República, Jair Bolsonaro. O livro é editado pela Companhia das Letras.

    A declaração de Bolsonaro aconteceu no final da manhã desta terça-feira, 14, ao sair da sua residência oficial no Palácio da Alvorada. O Presidente foi questionado sobre a repercussão do livro que o acusa, antes de tomar posse em 1º de janeiro de 2.019, de mandar o ex-assessor do seu filho, então deputado estadual fluminense, Flávio Bolsonaro, e hoje senador, Fabrício Queiroz, faltar a um depoimento junto ao Ministério Público do estado do Rio de Janeiro (MPRJ) que investiga possível prática ilegal de retenção de salário dos servidores no então gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

    “Ah! O livro é fake News. É mentiroso! Eu não vou responder sobre isso. Próxima pergunta”, falou Bolsonaro. Com a insistência de parte da imprensa ainda o questionando sobre o assunto, o presidente brasileiro determinou o encerramento da entrevista. “Acabou a entrevista”, comunicou retirando-se para o veículo automotivo da Presidência da República sob aplausos e gritos de apoiadores que se faziam presentes junto a portaria do Palácio da Alvorada.

    No livro há a informação de que Jair Bolsonaro teria decidido demitir o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro em agosto do ano passado, ao saber que o ex-juiz criticara a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal(STF), Dias Toffoli sobre o Coaf, que protegeu Flávio Bolsonaro. No entanto, Bolsonaro foi demovido pelo ministro Augusto Heleno.

    Detalhes

    Segundo o livro, os advogados de Fabrício Queiroz e o presidente Bolsonaro haviam acertado que o ex-motorista de Flávio Bolsonaro iria ao interrogatório do MPRJ, em dezembro de 2.018, e diria aos procuradores que não poderia falar até sua defesa ter acesso ao processo. E que faria assim, ainda, um adendo, dispondo que ninguém da família Bolsonaro tinha relação com o caso investigado. A jornalista, autora da obra, afirma que a avaliação do presidente era de que, desta forma, Fabrício Queiroz perderia a fama de “fujão” e blindaria a sua imagem e a do filho, então deputado estadual e recém-eleito senador.

    No entanto, Thaís Oyama garante que tudo teria mudado há dois dias antes do depoimento. Jair Bolsonaro teria resolvido desistir da estratégia e se convenceu, por conselho de um advogado amigo, que a melhor forma de abafar a história era levar o caso para o Supremo Tribunal Federal (STF). Em 19 de dezembro de 2018, Flavio Bolsonaro acionou então o STF para tentar travar as investigações do MPRJ sobre o suposto esquema de “rachadinha” – como ficou conhecido popularmente o caso. Sendo atendido por decisão liminar do ministro Luiz Fux que suspendeu todos os inquéritos que têm como base dados sigilosos do antigo Conselho de Controle e de Atividades Financeira (Coaf), atualmente transformada em Unidade de Inteligência Financeira (UIF), e da Receita Federal, fornecidos sem autorização judicial.

    (por Humberto Azevedo, especial para Política Real, com edição de Genésio Jr.)

     

     


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