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Nordestinas
  • 15/01/2020 06h28

    Depois de 8 anos Base da Antártida deve ser entregue nesta quarta-feira; obra começou a ser refeita no Governo Temer que será reinaugurada pelo VP Hamilton Mourão

    A Marinha do Brasil fez postagem nesta manhã informando que ficou para quarta-feira, 15, a reinauguração da Base na Antártida.
    Foto: Imagem TV Brasil - Maurício de Almeida

    Vista da nova Estação Comandante Ferraz

    ( Publicada originalmente às 09h 45 do dia 14/01/2020) 

    (Brasília-DF, 15/01/2020) A Estação Comandante Ferraz, base do Brasil na Antártida, que doi quase totalmente destruída num incêndio ainda no primeiro governo Dilma Rousseff começou a ser reconstruída no Governo Temer e será reinaugurada nessa quarta-feira,15, com a presença do Vice-Presidente da República, General Hamilton Mourão. O presidente Bolsonaro já anunciou que irá fazer uma transmissão ao vivo no Facebook celebrando o feito do governo brasileiro.  A obra era para ser reinaugurada hoje, 14, mas face ao mau tempo ficou para amanhã, 15.

    “A caminho da Antártida para representar o  @Govbr do Presidente @JairBolsonaro na cerimônia da inauguração das novas instalações da #EstaçãoAntártica #ComandanteFerraz, que é um avanço da presença do Brasil naquele continente.”, disse nessa segunda-feira, 13, no Twitter, General Hamilton Mourão, com foto, antes de embarcar na aeronave que o levaria até a Antártida.

    A Marinha do Brasil fez postagem nesta manhã informando que ficou para quarta-feira, 15, a reinauguração da Base na Antártida.

    “Urgente! A cerimônia de reinauguração da Estação Antártica foi adiada. Devido às condições meteorológicas, o deslocamento das autoridades que saem de Punta Arenas para a Antártica não foi possível. A previsão é de que o evento aconteça amanhã (15), em horário a ser confirmado.”, disse o Twitter da Marinha do Brasil.

    O novo prédio, que fica na ilha Rei George, na Baía do Almirantado, e foi erguido ao lado da atual base, que tem estrutura provisória. O evento deverá ser transmitido ao vivo pela TV Brasil e outras Tv’s  pelas redes sociais.

    A Estação Comandante Ferraz foi criada em 1984, mas no inocência de 2012, dois militares morreram e 70% das suas instalações foram perdidas. O governo federal investiu cerca de US$ 100 milhões na obra, e a unidade recebeu os equipamentos mais avançados do mundo. No local, pesquisadores vão realizar estudos nas áreas de biologia, oceanografia, glaciologia, meteorologia e antropologia.

    General Mourão antes de embarcar para Antártida 

    "[A estação]  vai dar melhores condições de trabalho aos nossos pesquisadores, vai manter nossa presença no trabalho que está sendo feito pela comunidade científica internacional, de buscar respostas e avanços no conhecimento, na tecnologia, outras áreas que são pesquisadas lá. Ao mesmo tempo, permite que a Marinha faça um adestramento em termos de logística, em termos de deslocamento em águas, que não são tão tranquilas assim. Nós, do governo Bolsonaro, vemos com extrema satisfação este momento de reinaugurarmos a Estação Comandante Ferraz e darmos uma nova roupagem ao trabalho de pesquisa que está sendo realizado lá", afirmou o vice-presidente Hamilton Mourão, em entrevista exclusiva à EBC.

    Sobre a estação

    O projeto de reconstrução da estação é todo brasileiro e começou a ser executado em 2017 pela empresa China Electronics Import and Export Corporation, que venceu a licitação do governo. A companhia de engenharia precisou dividir a obra em três etapas, porque entre os meses de abril e outubro é impossível realizar qualquer atividade externa na Antártica devido ao frio intenso, às tempestades de neve e aos ventos fortes. Por causa disso, os chineses construíram os módulos na China durante o inverno e transportaram para a Antártica nos verões de 2017, 2018 e 2019, a fim de fazer a instalação.

    O Brasil faz parte de um pequeno grupo de 29 países que possuem estações científicas na Antártica. O Brasil ocupa uma área de 4,5 mil metros quadrados, a estação poderá hospedar 64 pessoas, segundo a Marinha. O novo centro de pesquisas vai contar com 17 laboratórios, antes eram só 7 laborátórios informou a reportagem da Globonews nessa segunda-feira, 13. Cientistas da Fiocruz, por exemplo, estão entre os primeiros a trabalhar na nova estação, desenvolvendo pesquisas na área de microbiologia, a partir da análise de fungos que só existem na Antártica, e no poder medicinal desses micro-organismos. A Agência Internacional de Energia Atômica (Aeia) também já confirmou que vai desenvolver projetos meteorológicos na base brasileira.

    O novo prédio recebeu uma estrutura elevada, para ficar acima da densa camada de neve que se forma no inverno. Os pilares de sustentação pesam até 70 toneladas e deixam o centro de pesquisa a mais de três metros do solo. Os quartos da base, com duas camas e banheiros, abrigarão pesquisadores e militares. A estação também tem uma sala de vídeo, locais para reuniões, academia de ginástica, cozinha e um ambulatório para emergências.

    Para evitar os problemas do passado, em todas as unidades da base foram instaladas portas corta-fogo e colocados sensores de fumaça e alarmes de incêndio. Nas salas onde ficam máquinas e geradores, as paredes são feitas de material ultrarresistente. No caso de um incêndio, elas conseguem suportar o fogo durante duas horas e não permitem que ele se espalhe por outros locais antes da chegada do esquadrão anti-incêndio.

    A estação também é ecológica e sutentalmente preparada e tem ainda uma usina eólica que aproveita os ventos antárticos. Placas para captar energia solar também foram instaladas na base e vão gerar energia, principalmente no verão, quando o sol na Antártica brilha mais de 20 horas por dia.

    ( da redação com informações do Twitter e de assessorias. Edição: Genésio Araújo Jr)

     

     


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