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Nordestinas
  • 10/01/2020 13h00

    INFLAÇÃO: IPCA de dezembro foi o maior desde 2002 e chegou a 1,15%; três capitais nordestinas estiveram entre “as dez mais caras”

    O grupo Alimentação e bebidas apresentou a maior variação, 3,38%, e o maior impacto, 0,83 ponto percentual (p.p.) entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados
    Foto: AC 24horas

    Inflação teve recorde em dezembro

    (Brasília-DF, 10/01/2020)  O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE) divulgou nesta sexta-feira, 10, os números de nossa inflação oficial para esse dezembro de 2019, o chamado Índice de Preços ao Consumidor Amplo(IPCA) que é apurado desde de 1980 entre consumidores entre 1 e 40 salários mínimos. Os números mostraram um avanço de 1,15%. Um avanço destacado pois em novembro o número foi de 0,51%. Foi tão destacado que essa foi a maior inflação de dezembro desde 2002 quando chegou a 2,10%. Os números revelam que entre as 10 capitais brasileiras mais cara em dezembro três delas estão no Nordeste - São Luíz, Fortaleza e Salvador. 

    O grupo Alimentação e bebidas apresentou a maior variação, 3,38%, e o maior impacto, 0,83 ponto percentual (p.p.) entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados. Outros seis grupos também registraram alta em dezembro, com destaque para os Transportes (1,54%) e as Despesas pessoais (0,92%). No lado das quedas, a maior contribuição negativa veio da Habitação (-0,13 p.p.), cuja variação no índice do mês foi de -0,82%. Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,48% nos Artigos de residência e a alta de 0,66% em Comunicação.

    Após a aceleração registrada na passagem de outubro (0,05%) para novembro (0,72%), o grupo Alimentação e bebidas registrou alta de 3,38% em dezembro, maior variação mensal desde dezembro de 2002, quando o índice do grupo foi de 3,91%. Esse resultado foi particularmente afetado pelo comportamento dos preços das carnes (18,06%), que contribuíram com o maior impacto individual no IPCA de dezembro (0,52 p.p.). Os preços do frango inteiro (5,08%) e dos pescados (2,37%) também subiram, assim como os de outros gêneros alimentícios, como o feijão-carioca (23,35%) e o tomate (21,69%). No lado das quedas, destacam-se a cebola (-8,76%) e o pão francês (-0,68%), ambos com contribuição de -0,01 p.p.

    A alimentação fora do domicílio (1,04%) também acelerou em relação ao mês anterior (0,21%), influenciada pelas altas da refeição (1,31%) e do lanche (0,94%).

    Já o resultado do grupo dos Transportes (1,54%) é explicado pela alta dos combustíveis (3,57%), com destaque para a gasolina (3,36%) e o etanol (5,50%). À exceção do município de São Luís (-0,53%), todas as regiões pesquisadas apresentaram variação positiva nos preços da gasolina, que foram desde o 1,78% da região metropolitana de Salvador até os 5,71% do município de Aracaju.

    Números do IBGE em dezembro nas capitais brasileiras 

    Passagens aéreas

    As passagens aéreas, que já haviam subido 4,35% no mês anterior, registraram alta de 15,62% em dezembro, contribuindo com 0,07 p.p. no índice do mês. No item ônibus interestadual (3,28%), destaca-se o reajuste médio de 14,00% no valor das passagens em Salvador (7,30%), a partir de 5 de dezembro. Já no ônibus intermunicipal (0,25%), houve reajuste médio de 4,00% no valor das passagens em Belém (4,42%), com vigência a partir de novembro e apropriado no índice desde dezembro.

    O grupo despesas pessoais (0,92%) ainda foi influenciado pela alta dos jogos de azar (12,88%), com o reajuste nas apostas lotéricas, desde 10 de novembro.

    A queda em habitação (-0,82%) deve-se ao item energia elétrica (-4,24%), com recuo decorrente da mudança de bandeira tarifária. Em novembro, vigorava a bandeira vermelha patamar 1, com acréscimo de R$ 4,169 a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Em dezembro, passou a vigorar a bandeira amarela, com custo de R$ 1,343 para cada 100 quilowatts-hora. Além disso, houve também reduções tarifárias em duas regiões: em Porto Alegre (-7,56%), a redução foi de 6,00% em uma das concessionárias pesquisadas, a partir de 22 de novembro; já em Rio Branco (-3,81%), as tarifas foram reduzidas em 4,67%, a partir de 13 de dezembro.

    Ainda em Habitação, o resultado do item taxa de água e esgoto (0,26%) se deve aos reajustes de 18,00% em Belém (8,42%), vigente desde 14 de dezembro, e de 3,43% em Curitiba (1,46%), em vigor desde 11 de novembro. No que concerne ao gás de botijão (0,08%), vale ressaltar que a Petrobras anunciou um reajuste de 5,00% no preço do botijão de 13 kg, nas refinarias, a partir do dia 27 de dezembro.

    Regional

    Quanto aos índices regionais, a maior variação ficou com a região metropolitana de Belém (1,78%), principalmente por conta da alta nos preços das carnes (15,23%). Já o menor resultado foi registrado no município de Rio Branco (0,60%), influenciado pela queda do item energia elétrica (-3,81%) e, também, por uma alta menor nos preços das carnes (7,67%) na comparação com as demais regiões pesquisadas.

     ( da redação com informações de assessoria)


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