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Nordestinas
  • 10/01/2020 07h39

    Pedetistas e socialistas nordestinos são menos oposicionistas que petistas, mas apoio de senadores dos dois partidos ao governo Bolsonaro é alto

    Apesar de crítico a gestão bolsonarista, o cearense do PDT Cid Gomes votou quase 80% a favor da pauta defendida pelo presidente brasileiro; deputados do PCdoB são os maiores oposicionistas
    Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

    Cid Gomes foi um dos senadores de partido de oposição que mais votou na pauta bolsonarista

    ( Publicada originalmente às 17h 50 do dia 09/01/2020) 

    (Brasília-DF, 10/01/2020) Os 23 deputados federais do PDT e PSB, dos estados do Nordeste, são menos oposicionistas que a maioria dos petistas da região. Mas o apoio dos senadores dos dois partidos ao governo do presidente Jair Bolsonaro é tão alto, quanto o registrado pelos senadores petistas.

    A informação foi levantada pela reportagem da Política Real junto ao site "Parlametria" desenvolvido por pesquisadores do Laboratório Analytics da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Os dados colhidos pela plataforma indicam, por exemplo, que o senador Cid Gomes (PDT-CE) – apesar de crítico da gestão bolsonarista, o pedetista cearense votou quase 80% a favor da pauta defendida pelo presidente brasileiro.

    A maior resistência dos parlamentares da região Nordeste ao governo Bolsonaro é verificada nos índices dos parlamentares do PCdoB do governador do Maranhão, Flávio Dino, que é ventilado como um possível candidato à Presidência da República em 2.022.

    O mais crítico, dentre os oposicionistas dos três partidos, é o líder da do PCdoB, deputado Daniel Almeida (BA), que em apenas 14% das votações votou conforme as orientações do governo federal. Márcio Jerry (PCdoB-MA), registro 17% de apoio às matérias defendidas pelo governo central e Alice Portugal (PCdoB-BA), 18%.

    Alagoas

    Único parlamentar socialista em Alagoas, João Henrique Caldas – JHC (PSB) votou 27% a favor do encaminhamento dado pelos governistas. Índice cerca de 12% a mais do que a média apurada entre os petistas da região.

    JHC é pré-candidato a prefeitura de Maceió – capital alagoana, onde aparece com quase 40% das intenções de voto para vencer as eleições em outubro. O PDT não possui parlamentar federal eleito pela população do estado.

    Bahia

    Na Bahia, a divisão entre o apoio ofertado a pauta do presidente Bolsonaro se deu de forma bastante acentuada. Enquanto os socialistas se posicionaram de forma muita crítica, os pedetistas beiraram a dar quase 50% de apoio aos projetos defendidos pelo governo federal.

    Alex Santana (PDT-BA) deu 43% de apoio as medidas de Bolsonaro e Félix Mendonça Jr. (PDT-BA), 34%. A ex-prefeita de Salvador (BA) e também ex-senadora, Lídice da Mata (PSB-BA), votou 89% contra as iniciativas da gestão Bolsonaro. E Marcelo Nilo (PSB-BA) votou 86% contra.

    Ceará

    Se no Ceará o oposicionista Cid Gomes deu apoio de quase 80% aos projetos encampados pela administração federal, nenhum parlamentar do PDT no estado seguiu os passos do ex-governador cearense que é cotado para concorrer em outubro a prefeitura de Fortaleza, capital cearense.

    Líder do PDT na Câmara, André Figueiredo, deu apoio a apenas 22% das votações ao governo federal. Eduardo Bismark, 28%; o ex-ministro dos Portos do governo Dilma, Leônidas Cristino, 25%; o economista Mauro Benevides Filho, 24%; Robério Monteiro, 22%; e Idivan Alencar foi o pedetista cearense que menos apoiou as medidas bolsonaristas, com 16%.

    Pelo PSB, Denis Bezerra, o único socialista eleito pela população cearense para a Câmara Federal, votou com o governo central em 20% dos casos.

    Pernambuco

    No tradicional estado de Pernambuco dos ex-governadores do PSB, Miguel Arraes e Eduardo Campos, a legenda socialista apresenta um quadro bem dividido entre a oposição mais ferrenha ao governo Bolsonaro e com aqueles que defendem uma posição contundente, mas, sobretudo pragmática.

    Dos cinco deputados federais pelo partido, três optaram em 2.019 em exercer uma oposição a quase tudo defendido pelo governo federal. São eles Danilo Cabral que votou apenas 16% a favor do presidente brasileiro, assim como o líder da legenda – Tadeu Alencar – que votou apenas 17% a favor da pauta bolsonarista e o filho de Eduardo Campos e bisneto de Arraes, João Henrique Campos, que votou 18% a favor das pautas do governo central.

    O socialista pernambucano mais afeito ao bolsonarismo foi Felipe Carreras que votou a favor das iniciativas do governo federal em 43% das matérias. Gonzaga Patriota se posicionou a favor das medidas do governo federal em 22% dos casos. No PDT, Túlio Gadelha (PDT-PE), apresentou 25% de voto favorável as proposições de Bolsonaro e Wolney Queiroz, 17%.

    Maranhão

    No Maranhão de Flávio Dino, o oposicionista do PDT e PSB que mais exerceu esse papel foi o socialista Bira do Pindaré que rejeitou 84% das propostas defendidas pelo governo Bolsonaro. O pedetista Gil Cultrim apoiou o governo federal em 55% das votações. O senador do PDT, Weverton Rocha ofereceu a gestão Bolsonaro, 67% de apoio as medidas defendidas pelo governo.

    Demais estados

    Ex-integrante do PSB até a reforma da Previdência, quando foi expulso da sigla por votar a favor da matéria, o deputado piauiense Átila Lira – hoje filiado ao PP – foi o que mais deu apoio ao governo Bolsonaro proveniente dos partidos de oposição. Ele acompanhou os governistas em 92% das votações.

    O pedetista piauiense Flávio Nogueira ofertou apoio à gestão que se iniciou em 2.109 em 32% das matérias defendidas pelo Palácio do Planalto. O também pedetista sergipano Fábio Henrique ofereceu um quarto de apoio de suas votações a favor das medidas do governo federal. E o potiguar socialista Rafael Motta apoiou o governo central em 24% das oportunidades.

    (por Humberto Azevedo, especial para Política Real, com edição de Genésio Jr.)

     

     


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