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Nordestinas
  • 09/01/2020 06h40

    PARAÍBA: Delação de acusado no escândalo de desvio de recursos, envolvendo ministros do STF, foi descartada pela PGR

    O empresário Daniel Gomes da Silva, preso desde dezembro, afirma em depoimento que intermediou tratativas com ministros para evitar a cassação do mandato de Ricardo Coutinho, em 2.018, no TSE
    Foto: arquivo Política Real

    Ricardo Coutinho em destaque em delação que envolveria ministros do TSE e STF

    ( Publicada originalmente às 17h 32 do dia 08/01/2020) 

    (Brasília-DF, 09/01/2020) A delação do empresário Daniel Gomes da Silva, preso desde dezembro/2019 e acusado de participar no escândalo de desvio de recursos em programas do governo da Paraíba, citando dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) nas tratativas para se evitar a cassação do mandato do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), em 2.018, foi descartada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

    A informação, publicada originalmente no blog do jornalista paraibano Marcelo José, foi confirmada pela reportagem da revista “Veja” junto a um interlocutor de Daniel. De acordo com esta fonte ouvida pela “Veja”, a citação que Daniel Gomes faz aos ministros Luís Barroso e Luiz Fux foi desprezada pelos investigadores durante a negociação do acordo de delação do empresário por ser considerada uma evidência frágil, “coisas de ouvir dizer”, e não um fato testemunhado pelo investigado.

    No depoimento homologado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), o empresário confirma que o assunto chegou a ser tratado junto aos ministros que compõem a corte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), incluindo os dois juízes da mais alta corte do país, o STF. “Ele foi direto neles. Antônio Carlos Amorim que foi o presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro”, falou o acusado em trecho do depoimento dado à justiça.

    A reportagem da Política Real procurou a assessoria de imprensa da PGR e do STF, assim como a assessoria do ex-governador Ricardo Coutinho, para que todos pudessem comentar as declarações do empresário. A assessoria da PGR respondeu que a instituição não comentaria o caso. As assessorias do STF e de Ricardo Coutinho não responderam.

    (por Humberto Azevedo, especial para Política Real, com edição de Genésio Jr.)


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