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Nordestinas
  • 09/01/2020 07h01

    IRAQUE/IRÃ/EUA: Após Lula falar sobre quadro internacional, Bolsonaro afirma que ex-presidente defendeu que país árabe enriquecesse urânio acima de 20%

    Fala do presidente brasileiro aconteceu nas redes sociais, após petista se manifestar sobre imbróglio que pode levar a nova guerra no Oriente Médio
    Foto: arquivo Política Real

    Bolsonaro fala sobre manifestação de Lula

    ( Publicada originalmente às 15h 56 do dia 08/01/2020) 

    (Brasília-DF, 09/01/2020) Após o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestar nesta quarta-feira, 8, sobre como deve ser a posição do Brasil em assuntos internacionais, falar que o país não deve se meter no conflito entre os Estados Unidos da América (EUA) e a República Islâmica do Irã, o atual presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmou em tom de crítica, e lamentação, que o ex-presidente quando no exercício do mandato defendeu que aquele país árabe pudesse enriquecer urânio acima de 20% para fins de produção de energia nuclear, mas que ao mesmo tempo permite a produção armas nucleares.

    O apoio de Lula na última década ao programa de energia nuclear do Irã foi vinculado ao aumento da relação comercial entre os dois países, com o Irã passando a comprar mais commodities do Brasil, como aço e grãos, ao mesmo tempo em que as autoridades brasileiras obrigaram os dirigentes iranianos a assinar o acordo internacional contra a proliferação de armas nucleares, se comprometendo a não dispor a tecnologia da produção de energia para a fabricação de misseis e ogivas militares.

    Entretanto, com o assassinato do general iraniano Qasem Soleimani na última quinta-feira, 3, ocorrido após um ataque ordenado pelo presidente do EUA, Donald Trump, o Irã comunicou na última segunda-feira, 6, que estaria saindo do acordo de não proliferação de armas nucleares. Na sequência do anúncio, o país árabe informou ainda que responderia os ataques norte-americanos. Fato que acabou se sucedendo na noite desta terça-feira,7, e na manhã desta quarta-feira,8 , onde realizou uma série de disparos de mísseis em bases militares dos EUA situadas no território do Iraque.

    Ainda na terça-feira, 07, o governo iraniano convocou a responsável pela embaixada brasileira naquele país para dar explicações sobre o posicionamento do governo brasileiro que divulgou nota apoiando a iniciativa dos EUA que assassinou o general Soleimani e causou enorme revolta para a população iraniana, a maioria xiita, etnia que representa cerca de 50% dos mulçumanos que vivem no Oriente Médio.

    “É muito baixo que o Brasil deve se omitir no tocante aos conhecimentos, aos acontecimentos. Quero dizer apenas uma coisa, o Sr. Luiz Inácio Lula da Silva enquanto presidente da República, ele esteve no Irã e lá defendeu que aquele regime pudesse enriquecer urânio acima de 20% que seria para fins pacíficos. Agora eu complementaria apenas uma questão: nós temos que seguir as nossas leis, nós não podemos extrapolar”, falou em vídeo postado nas redes sociais.

    “Mas acredito que a verdade tem que fazer parte do nosso dia-a-dia que nós queremos paz no mundo. Repito se o Lula, enquanto presidente esteve no Irã e lá defendeu naquela época junto ao Sr. Ahmadinejad – que aquele país enriquecesse urânio acima de 20% e que era para fins pacíficos. Agora, essa condição aqui diz o artigo 4º [da Constituição federal].A República Federativa do Brasil rege nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: a defesa da paz e no repúdio do terrorismo. Uma boa tarde a todos e que Deus abençoe o nosso Brasil”, complementou.

    (por Humberto Azevedo, especial para Política Real, com edição de Genésio Jr.)


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