( Publicada originalmente às 11h 34 do dia 08/01/2019) 

(Brasília-DF, 09/01/2020) O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que não é muito de se manifestar em redes sociais, aproveitou uma entrevista a um site especialista em interesses internacionais, e fez várias publicações no Twitter sobre esse momento de tensão e conflito envolvendo o Iraque, especialmente o Irã e os Estados Unidos a partir do assassinato do general Qasem Soleimani, da Guarda Revolucionária do Irã na região do Aeroporto de Bagdá, no Iraque, em 3 de janeiro passado.  Ele disse que não é hora do Brasil se envolver nessa questão que não é de nossa tradição.

“O momento não é adequado para o Brasil se meter em uma briga externa. O Brasil não tem contencioso com o mundo, sempre manteve uma política diplomática harmoniosa. Devemos ser um construtor de paz.”, começou nesta manhã falando em entrevista e publicando em sua conta no Twitter.

“Os Estados Unidos gostam de criar confusão e de preferência longe do território deles. Não há necessidade de se inventar “terrorismo” no Irã.  Quando construímos o acordo em Teerã o Obama traiu o bom senso e decidiu aumentar a punição contra o Irã, para dois anos depois, construir um acordo muito pior do que o que nós havíamos alcançado.”, disse, lembrando ações do passado em que como chefe de estado de uma forma direta ou indireta participou.

Ele reconhece indícios de uso eleitoral do conflito para os interesses do atual presidente dos EUA.

“Hoje está provado que não havia armas químicas no Iraque. E em nome disso destruíram um país, que hoje se volta contra os EUA. Os EUA precisam sempre eleger um inimigo. Isso está me cheirando a campanha eleitoral.”, disse. No passado, o próprio Trump disse que achava que o acordo de 2010 tinha interesses eleitoreiros.

Ele entende que o Presidente Bolsonaro se esforça em agradar o Presidente Trump.

“ Na relação internacional sempre são dois interesses: o seu e o do outro. Você tem que sempre equilibrar o deles com o seu. O Bolsonaro não faz a menor questão de não ser um lambe botas do Trump.”, disse.  Ele, em seguida, fala de outras ações de sobererania, na avaliação dele.

“Vamos ter que brigar muito para o Brasil recuperar sua soberania. E soberania não é só tomar conta de suas fronteiras, mas cuidar do bem estar do seu povo”, disse no Twitter a partir de entrevista a site Diário ao Centro do Mundo.

( da redação com informações do Twitter. Edição: Genésio Araújo Jr)