( Publicada originalmente às 17h 27 do dia 17/12/2019) 

(Brasília-DF, 18/12/2019) Após o presidente Jair Bolsonaro chamar o educador Paulo Freire, falecido em 1.997, de “energúmeno” nesta segunda-feira, 16, a Câmara dos Deputados aprovou na tarde desta terça-feira, 17, uma “moção de aplauso” em favor do legado e do trabalho deixado pelo intelectual e pensador pernambucano.

A Iniciativa apresentada pelo líder do PSOL, Ivan Valente (SP), contou com o apoio de outros 17 líderes de 16 partidos diferentes. Assinaram o pedido todos os líderes de partidos de centro-esquerda: pelo PT, Paulo Pimenta (RS); PDT, André Figueiredo (CE); PSB, Tadeu Alencar (PE); PCdoB, Daniel Almeida (BA), Cidadania, Daniel Coelho (PE) e PV, Leandre (PR).

Os demais líderes que apoiaram a “moção de aplauso” em favor do pensamento de Paulo Freire foram Baleia Rossi (SP) do MDB, Arthur Lira (AL) do PP, André de Paulo (RJ) do PSD, Wellington Roberto (PB) do PL, Celso Sabino (PA) do PSDB, Elmar Nascimento (BA) do DEM, José Nelto (GO) do Podemos, e Fred Costa (MG) do Patriotas. Os líderes maioria, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e da minoria, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), também se manifestaram a favor da iniciativa.

“O renomado brasileiro dá nome a diversas escolas no exterior, como a Paulo Freire Social Justice Charter School, em Massachusetts (EUA). É fácil compreender por que Paulo Freire é estudado, amado e admirado mundo afora, passados mais de 20 anos de seu desaparecimento físico: sua prática educadora fundada na troca, no diálogo, acolhedora de todas as singularidades, é um antídoto contra paixões totalitárias”, afirmaram os líderes partidários na moção aprovada pela Casa legislativa.

“Seu compromisso de vida inteira com a Educação emancipadora nos lembra a importância de valorizar, ao mesmo tempo, o ensino superior e a educação básica. Seu olhar voltado para o futuro nos inspira e nos desafia. Homenageá-lo, hoje, nesta Casa, é assumir o compromisso de manter vivo seu legado e transformar em realidade os compromissos educacionais inscritos na Carta de 1988”, complementaram.

(por Humberto Azevedo, especial para a Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)