( Publicada originalmente às 07h 56  dodia 08/11/2019) 

(Brasília-DF, 11/11/2019) A primeira semana completa de novembro já se vai. A semana se iniciou  marcada pelas declarações da família Bolsonaro dadas na semana anterior e muita expectativa sobre o leilão do excedente do Pré-sal assim como o julgamento final da constitucionalidade da prisão em segunda instância.

A semana acabou frustrante sobre os dois primeiros temas. A família Bolsonaro não falou tanto e o tal leilão acabou tendo resultado bem menor do que se esperava, apesar de ter sido o maior leião sobre vendas de exploração de petróleo no Mundo.

Chegou o tal pacotaço de medidas econômicas e o estabelecimento de um novo protagonismo no Congresso. O velho MDB voltou a mostrar que pode fazer muito.

Mas, e o julgamento de condenação em segunda instância, heim?!

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COMENTÁRIO

Já disse outro dia, que triste de um país que decide sobre questões centrais da civilização porque beneficia, ou prejudica, alguém que determinado grupo ama ou detesta.

É...mas não custa lembrar, também, que o mundo é dos pecadores e não dos santos. Vou contar uma historinha.

No auge do Impeachment, já no Senado, conversava com dois correspondentes estrangeiros, ela, jovem nascida numa cidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, ele já mais veterano nascido nas cercanias de Londres, na Inglaterra.

Para aliviar a tensão eu brinquei, provocando. “Vocês podem ter inventado o futebol e o Impeachment, mas quem melhor faz somos nós!”. Eles riram sem graça, mas em tom de concordância. Brinquei com a jovem sobre medidas de juízes indicados por petistas e perguntava para ela se isso não seria um absurdo e se não iria fazer um texto a respeito.

Ela me disse: “Dear Genésio, nos Estados Unidos os juízes são indicados por um republicano ou por um democrata. Lá, a gente sempre sabe que a decisão vai agradar ou um republicano ou um democrata. É sempre assim”, disse. Ela que vem da mais célebre  democracia liberal e representativa do Planeta me fez calar.

Nesse célebre ou fatídico, depende do seu time, 7 de novembro de 2019 tivemos a decisão final da Suprema Corte sobre a validade de prisão em condenação em segunda instância.

O mundo não vai se acabar, é só mais uma página de nossa conturbada vida pública.

Foi Genésio Araújo Jr, de Brasilia.

( da redação)