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Nordestinas
  • 05/11/2019 07h41

    ÓLEO NAS PRAIAS; Governo do Brasil informa que notificou empresa grega Delta Tankers; gregos divulgam nota dizendo que não há prova de que o vazamento veio do navio Baouboulina

    Veja a íntegra da nota da Delta Tankers
    Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

    Ministro da Defesa e outros autoridades falaram aos jornalistas sobre novo momento das investigações sobre óleo nas praias

    ( Publicada originalmente às 20h 41 do dia 04/11/2019) 

    (Brasília-DF, 05/10/2019) A crise do óleo nas praias do Nordeste está muito longe de ser resolvida. Hoje, 4, o governo federal informou que notificou a empresa grega Delta Tankers, proprietária da embarcação Bouboulina, que está sendo acusada pelo brasileiros de ser a responsável pelo vazamento do óleo que atinge mais de 314 locais no litoral da região onde nasceu o Brasil.

    O dano segundo autoridades brasileiros é considerado incalculável  e que indica um reparo bilionário

    A  Polícia Federal e a Marinha do Brasil estão conduzindo as investigações.  Segundo  com a apuração, a embarcação grega Boubolina teria feito um carregamento na Venezuela, contornado a costa brasileira e seguido para uma região próxima à Cingapura e à Malásia, onde teria efetuado uma operação “barco a barco” de transferência de barris de óleo. O vazamento teria ocorrido no fim de julho.

    Hoje, mais cedo, autoridades deram esclarecimento e numa entrevista a jornalistas aqui na Capital Federal, o chefe de geointeligência da PF, Franco Perazzoni, declarou que a corporação cobrou por meio da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) que a companhia Delta Tankers se pronunciasse sobre o vazamento e esclarecesse informações sobre a viagem, como quem comandava o veículo, quanto foi carregado na Venezuela e qual foi o destino do óleo.

    Existe um inquérito aberto na Superintendência da PF no Rio Grande do Norte. A ação investiga diversos ilícitos relacionados ao episódio, como crime ambiental. Diante das evidências de óleo no Parque de Abrolhos, no sul da Bahia, as irregularidades incluiriam também violações contra áreas de proteção.

    Franco Perazzoni disse ainda que a empresa grega é a única suspeita, mas que a equipe ainda vai analisar as respostas dela e das autoridades marítimas, não tendo ocorrido ainda o indiciamento da firma.

    “Agora é a fase mais complexa no exterior. Já iniciamos a cooperação policial. Pedimos para a Grécia quem são os donos, quando abasteceu. Estamos aguardando os resultados de pedidos de cooperação e explorando toda forma de buscar dados. Temos que obter documentação, avançar para reunir elementos que necessitamos para chegar a conclusões”, comentou Perazzoni.

    A Marinha abriu inquéritos tanto no Brasil como junto a autoridades internacionais

    “A Marinha abriu inquérito administrativo que vai para o tribunal marítimo. Eles têm um poder de alcançar os responsáveis. A autoridade marítima brasileira oficiou autoridade marítima grega”, relatou o comandante operacional da Força, Leonardo Puntel.

    DELTA TANKERS

    A empresa grega Delta Tankers, em nota em seu site, rebateu alegando que conduziu uma apuração a partir de suas câmeras e sensores e que não haveria prova alguma de um vazamento de óleo durante o trajeto entre a Venezuela e a Malásia.

    No comunicado, a companhia também informou não ter sido comunicada ainda, mas que o material levantado por ela “será compartilhado com autoridades brasileiras”.

    Veja a íntegra da declaração da empresa grega, texto em inglês:

    Nota da Delta Tankers, em inglês

    ( da redação com informações de assessorias. Edição: Genésio Araújo Jr)


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