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Nordestinas
  • 31/10/2019 07h49

    Rogério Carvalho dispara contra fala de Eduardo Bolsonaro que defendeu um possível golpe militar para evitar manifestações parecidas com as vistas no Chile

    Em sinal de protesto por nenhum parlamentar da CCJ do Senado compartilhar sua luta pela defesa da democracia, o petista sergipano se retirou da comissão
    Foto: Pedro França/ Agência Senado

    Rogério Carvalho faz duro pronunciamento sobre fala de Eduardo Bolsonaro

    ( Publicada originalmemte às 18h 16 do dia 30/10/2019) 

    (Brasília-DF, 31/10/2019) O senador Rogério Carvalho (PT-SE) disparou nesta quarta-feira, 30, contra a “ameaça” feita pelo líder do PSL na Câmara, deputado Eduardo Bolsonaro (SP), filho do presidente da República Jair Bolsonaro que defendeu medida de força, como um golpe militar, para evitar que os acontecimentos que se sucedem atualmente no Chile sejam reproduzidos no país.

    A declaração de Eduardo Bolsonaro aconteceu na noite desta terça-feira, 29, quando em discurso na tribuna no plenário Ulysses Guimarães se defendia das acusações de irregularidades publicadas na revista “Isto é”, como pagar com os recursos do Fundo Partidário sua viagem de “lua de mel” e requerer para si parte dos pagamentos destinados a assessoria jurídica da legenda.

    Carvalho fez esses comentários contra a declaração do filho do presidente brasileiro após pedir vista ao relatório do senador Mecias Jesus (PRB-RR) à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 22/19, em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que permite aos governadores e prefeitos poderem gastar menos recursos em saúde, ou em educação, do que o previsto pela Constituição federal.

    Rogério Carvalho se irrita com indiferença e deixa pelnário da CCJ do Senado

    “Eu queria aproveitar, já que estamos na Comissão de Constituição e Justiça, senhora presidente [Simone Tebet (MDB-MS)], para tratar de um assunto de extrema gravidade que é o filho do presidente – deputado federal – ter ido aos meios de comunicação e ameaçar o nosso país de um golpe militar. E esta Comissão de Constituição e Justiça não pode deixar de se manifestar a essa atitude agressiva à democracia, ao Estado Democrático de Direito”, falou.

    “Ele não pode, ele não deve ameaçar quem quer que seja, ainda mais uma nação inteira. E isso não pode passar em branco. Acho precipitado, até leviano, a acusação que pode estar sendo feita aos familiares do presidente. Não é isso que está em discussão. Agora, ele não pode como argumento para se defender dizer que vai usar à força como em 1.964. Porque isso não é uma republiqueta em que eles são donos. É do Brasil e do povo brasileiro este país”, complementou.

    Protesto

    Em sinal de protesto por nenhum parlamentar da CCJ do Senado compartilhar da sua luta pela defesa da democracia, o petista sergipano se retirou da comissão. Mas, antes, fez um apelo aos colegas de colegiado.

    “Eles não podem fazer isso. O povo brasileiro não precisa de crise, de ameaças. Precisa de amparo. E esse tipo de atitude só aumenta o desamparo e o desespero daqueles que não tem a recorrer. Então cabe a nós de ampararmos esta nação. O amparo é o que esse povo precisa e, não, bravatas, ameaças, destemperos, coisas que não agregam em nada ao nosso país e a este momento confuso de toda a América Latina”, completou.

    “Nós precisamos de equilíbrio e de amparo ao povo. E não este tipo de manifestação. Isso tem que ser reprovado. Isso não é uma questão de direita, de esquerda, não é uma questão partidária, é uma questão de defesa do interesse da democracia e do nosso país”, encerrou.

    (por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)


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