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- Contato Brasil, 28 de março de 2024 20:31:11
( Publiada originalmente às 20h 48 do dia 26/09/2019)
(Brasília-DF, 27/09/2019) Detido desde maio de 2.018 na sede da Superintendência da Polícia Federal de Curitiba, onde cumpre pena por corrupção passiva devido a condenação no caso conhecido como “Tríplex do Guarujá”, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), emitiu nota de pesar onde lamenta a morte do ex-presidente francês Jacques Chirac.
Ambos foram colegas nos encontros das Organizações das Nações Unidas (ONU) entre 2.003 e 2.007, quando exerciam concomitantemente o comando dos poderes executivos de seus países. Na nota, Lula destacou a capacidade de diálogo que o seu então colega exercia nos vários encontros de chefes de Estados em que eles se reuniam. O ex-presidente brasileiro destacou, ainda, que apesar das imensas divergências ideológicas entre eles, via no colega francês uma profunda visão de estadista.
“O presidente Jacques Chirac foi meu amigo e foi amigo do Brasil. Estadistas com sua visão, capazes de dialogar com líderes de pensamento diferente em torno de objetivos elevados, como a paz e a cooperação entre países, fazem muita falta no mundo de hoje. Lamento sua morte e transmito esse sentimento a seus familiares, amigos e ao povo francês”, comentou o petista.
Lula não foi o único ex-presidente do país a se manifestar sobre o falecimento de Jacques Chirac ocorrido nesta quinta-feira, 26. A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) também comentou em suas redes sociais a perda que o ex-chefe de Estado da França representará. Chirac morreu aos 86 anos de idade após sofrer um derrame.
Político conservador, o ex-presidente francês militou na sua juventude no Partido Comunista Francês. Mas foi no seu “Comício Pela República” – RPR, sigla em francês – que galgou aos principais cargos da política francesa como prefeito de Paris, primeiro-ministro e presidente da França.
“A França perde um estadista e um líder de posições firmes: morreu Jacques Chirac, um dos mais longevos políticos franceses, que foi prefeito de Paris, primeiro-ministro e por dois mandatos presidente da França. Expresso meus sentimentos aos parentes, amigos e ao povo francês”, escreveu a ex-presidente Dilma.
Sem manifestação
Apesar de conciliar diversos sentimentos, frutos do pensamento conservador, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) não se manifestou sobre a morte do ex-presidente da França. Usuário recorrente das redes sociais, o presidente brasileiro postou cinco mensagens em sua conta oficial no twitter. Mas nenhuma era sobre a morte de Chirac.
As últimas publicações de Bolsonaro foram um compartilhamento do material produzido pela estatal “TV Brasil” que trazia a cerimônia de posse do novo procurador-geral da República, Augusto Aras. Além de um comentário sobre a retomada, segundo ele, do crescimento do mercado imobiliário no país. “O mercado imobiliário voltou a evoluir positivamente no segundo trimestre de 2019, segundo estudo do Ministério da Economia. Em junho, foram lançados 16.298 novos imóveis, o segundo maior resultado da série histórica iniciada em janeiro de 2014”, comemorou.
(por Humberto Azevedo, especial para Agência Política Real, com edição de Genésio Jr.)