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( Publicada originalmente às 13h 23 do dia 17/07/2025)
(Brasília-DF, 18/07/2025). Na manhã desta quinta-feira, 17, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao participar, na cidade de Goiânia(GO), do 60º Congresso da União Nacional dos Estudantes (Conune) afirmou que não aceitará ordens de estrangeiros. A fala ocorre após o tarifaço imposto por pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
"Não é um gringo que vai dar ordem para esse presidente da República", disse Lula.
Lula ressaltou que o governo está conduzindo negociações com firmeza, sob liderança do vice-presidente Geraldo Alckmin e do chanceler Mauro Vieira. Em tom bem-humorado, o presidente comparou o momento com uma partida de truco: "Tem que saber blefar, mas também saber a hora de mostrar as cartas."
Lula ainda prometeu retaliar empresas americanas de tecnologia com novos impostos. As gigantes do mercado digital foram citadas pelo Escritório do Representante Comercial dos EUA como prejudicadas por "práticas desleais" do Brasil.
"Ele [Trump] disse: 'Eu não quero que as empresas americanas, empresas de plataforma, sejam cobradas no Brasil'. Vou dizer uma coisa, o mundo tem que saber que este País só é soberano porque o povo é soberano e tem orgulho deste País. Eu queria dizer para vocês que a gente vai julgar e cobrar imposto das empresas americanas digitais", afirmou.
No mesmo discurso, Lula também citou big techs que entram em choque com o Judiciário brasileiro quando obrigadas a remover conteúdos. O petista disse não aceitar que as redes sociais sejam usadas como ferramenta de agressão em nome da liberdade de expressão.
Evento
Lula, acompanhado pelo ministro da Educação, Camilo Santana, sancionou nesta quinta-feira, 17 de julho, a Lei nº 2.674/25, que altera a Lei nº 12.858/2013 para destinar recursos do Fundo Social do Pré-Sal à assistência estudantil, com foco em estudantes ingressantes por ações afirmativas nas instituições federais de ensino superior e de educação profissional e tecnológica (EPT).
A medida visa garantir condições de permanência e conclusão de cursos para jovens em situação de vulnerabilidade socioeconômica, prioritariamente aqueles beneficiados pela Lei de Cotas (Lei 12.711/2012).
A assinatura foi feita durante o 60º Congresso da União Nacional dos Estudantes (Conune), em Goiânia (GO).
"Hoje estive no Congresso da UNE, ao lado da juventude que luta por um Brasil mais justo e com mais oportunidades. E levei uma boa notícia: sancionamos uma lei que vai garantir recursos para a assistência estudantil", escreveu Lula em sua rede social.
"Agora, parte do dinheiro proveniente do petróleo e gás natural brasileiros será investido para que estudantes de baixa renda tenham acesso à alimentação, moradia, transporte, inclusão digital e saúde nas universidades e institutos federais", prosseguiu.
Nosso objetivo é que nenhum jovem precise abandonar o sonho de estudar por falta de condições para permanecer na universidade", concluiu o presidente Lula.
O congresso ocorre entre 16 e 20 de julho e tem a expectativa de receber mais de dez mil estudantes de todo o país. O MEC terá um estande durante o evento para conversar com os estudantes sobre programas e ações voltados ao acesso e permanência no ensino superior e na EPT.
Construída a partir do diálogo do Ministério da Educação (MEC) com o Congresso Nacional, a Lei nº 2.674/25 avança ao priorizar, além da educação básica em geral, as políticas de assistência estudantil em todos os sistemas de educação.
( da redação com informações de assessoria e Sputnik News. Edição: Política Real)