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( Publicada originalmente às 09h 59 do dia 10/07/2025)
(Brasília-DF, 11/07/2025) Na manhã desta quinta-feira, 10, o IBGE divulgou a sua pesquisa IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial, do mês de junho que apresentou variação de 0,24%, 0,02 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de 0,26% registrada em maio.
No ano, o IPCA acumula alta de 2,99% e, nos últimos doze meses, o índice ficou em 5,35%, acima dos 5,32% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2024, a variação havia sido de 0,21%. Se por um lado foi boa no mês no comparativo com o ano passado não foi um índice bom
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, em junho, apenas o grupo Alimentação e bebidas apresentou variação negativa (-0,18%), enquanto os demais ficaram entre o 0,99% de Habitação e o 0,00% de Educação.
Com a vigência da bandeira tarifaria vermelha patamar 1 no mês de junho, adicionando R$4,46 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos, a energia elétrica residencial (2,96%) foi o subitem com o maior impacto individual no índice do mês (0,12 p.p.). Foram registrados, também, os seguintes reajustes: 7,36% em Belo Horizonte (8,57%) vigente desde 28 de maio; 14,19% em uma das concessionárias de Porto Alegre (4,41%) a partir de 19 de junho; 1,97% em Curitiba (3,28%) desde 24 de junho e redução de 2,16% nas tarifas de uma das concessionárias do Rio de Janeiro (1,29%) a partir de 17 de junho.
No ano, energia elétrica residencial acumula uma alta de 6,93%, destacando-se como o principal impacto individual (0,27 p.p.) no resultado acumulado do IPCA (2,99%). Esta variação (6,93%) é a maior para um primeiro semestre desde 2018 quando o acumulado foi de 8,02%.
Ainda em Habitação, a taxa de água e esgoto (0,59%) contemplou os seguintes reajustes: 9,88% em Brasília (9,27%) a partir de 1º de junho; 4,76% em Rio Branco (2,19%) desde 1º de maio; 3,83% em Curitiba (2,07%) a partir de 17 de maio e 6,58% em Porto Alegre (0,32%) vigente desde 4 de maio.
O grupo dos Transportes, após o recuo de 0,37% em maio, variou 0,27% em junho. Mesmo com a queda dos combustíveis (-0,42%), as variações no transporte por aplicativo (13,77%) e no conserto de automóvel (1,03%) impulsionaram a alta. O táxi (0,64%) reflete o reajuste médio de 8,71% nas tarifas em Belo Horizonte (6,54%) a partir de 7 de junho.
No Vestuário (0,75%) destacam-se as altas na roupa masculina (1,03%), nos calçados e acessórios (0,92%) e na roupa feminina (0,44%).
O grupo Alimentação e bebidas, que possui o maior peso no índice, foi o único dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados a apresentar variação negativa em junho (-0,18%) após a alta de 0,17% em maio. Após nove meses consecutivos de altas, a queda em junho foi impulsionada pela alimentação no domicílio que saiu de 0,02% em maio para -0,43% em junho, com as quedas do ovo de galinha (-6,58%), do arroz (-3,23%) e das frutas (-2,22%). No lado das altas destaca-se o tomate (3,25%).
A alimentação fora do domicílio registrou variação de 0,46% em junho, frente ao 0,58% de maio. O subitem lanche acelerou de 0,51% em maio para 0,58% em junho, e a refeição, por sua vez, saiu de 0,64% em maio para 0,41% em junho.
Quanto aos índices regionais, a maior variação (0,64%) ocorreu em Rio Branco por conta do cinema, teatro e concertos (77,22%), devido ao encerramento da promoção de meia entrada, e da energia elétrica residencial (3,99%). A menor variação ocorreu em Campo Grande (-0,08%) em razão da queda nas frutas (-5,15%) e na gasolina (-1,38%).
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de maio de 2025 a 30 de junho de 2025 (referência) com os preços vigentes no período de 01 de maio de 2025 a 29 de maio de 2025 (base).
INPC tem alta de 0,23% em junho
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,23% em junho. No ano, o acumulado é de 3,08% e, nos últimos 12 meses, de 5,18%, abaixo dos 5,20% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2024, a taxa foi de 0,25%.
Os produtos alimentícios passaram de 0,26% em maio para -0,19% em junho. A variação dos não alimentícios passou de 0,38% em maio para 0,37% em junho.
Quanto aos índices regionais, a maior variação (0,55%) ocorreu em Belo Horizonte por conta da energia elétrica residencial (8,54%) e da gasolina (1,56%). A menor variação ocorreu em Porto Alegre (-0,10%) em razão da queda na gasolina (-2,56%) e nos produtos de higiene pessoal (-1,79%).
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)