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( Publicada originalmemente às 19 h 19 do dia 03/07/2025)
(Brasília-DF, 04/07/2025) Nesta quinta-feira, 03, o Ibovespa atingiu um novo recorde nominal acompanhando o dia de otimismo no exterior e ancorado na valorização das blue chips, papéis de maior peso e liquidez na bolsa.
O principal índice da B3 subiu 1,35%, aos 140.928 pontos. Antes, a máxima havia sido de 140.381 pontos, em 27 de maio.
O dólar recuou 0,29%, cotado a R$ 5,405 – menor valor desde junho de 2024.
O fluxo positivo está alinhado ao otimismo do exterior depois que os dados de emprego nos EUA superaram as expectativas de crescimento pelo quarto mês.
Na bolsa brasileira, o setor bancário teve um dia de recuperação após as quedas da véspera. Banco do Brasil teve ganhos de 1,41%, Itaú avançou 2,47%, Bradesco teve alta de 2,38% e Santander subiu 0,10%.
Veja avaliação do câmbio feito pelo analista da XP investimentos
Ambiente global permanece volátil, mas favorável ao Brasil, com o dólar fraco e preços de commodities relativamente altos (com exceção ao petróleo). O Fed deve retomar os cortes de juros no segundo semestre, o que também é positivo para mercados emergentes.
No Brasil, o governo resolveu acionar o STF após a derrubada do decreto do IOF pelo Congresso, para retomar a majoração do tributo. Neste ambiente, a equipe econômica busca alternativas para garantir o cumprimento das metas fiscais.
Projetamos que o governo deve atingir o limite inferior da meta de resultado primário em 2025 mesmo sem a alta do IOF. Para 2026, no entanto, os riscos são crescentes, especialmente no que diz respeito ao cumprimento do limite de despesas.
Em meio ao cenário global de dólar fraco, revisamos nossas projeções para o câmbio: de 5,80 para 5,50 reais por dólar no final de 2025, e de 6,10 para 5,70 no final de 2026. Nas contas externas, nossa previsão para o déficit em conta corrente deste ano segue em 2,9% do PIB.
Mantivemos as projeções para o crescimento do PIB em 2,5% este ano e 1,7% ano que vem. O mercado de trabalho aquecido, as medidas de estímulo e o forte desempenho de setores menos sensíveis ao ciclo devem suavizar a desaceleração da atividade.
Reduzimos nossa previsão para o IPCA de 2025, de 5,5% para 5,0%, refletindo a taxa de câmbio mais apreciada e moderação nos preços ao atacado. Para 2026, nossa projeção recuou de 4,7% para 4,5%, em linha com a menor inércia inflacionária.
Com o alívio na inflação de curto prazo, o BCB deve gradualmente ganhar confiança de que a política monetária está funcionando. Acreditamos agora que o ciclo de cortes de juros começará em janeiro (antes: abril). Prevemos a taxa Selic em 12,50% ao final de 2026, mas a queda pode ser maior se a perspectiva de reformas fiscais após as eleições ganhar força.
(da redação com informações da Bloomberg Linea e XP Investimentos. Edição: Política Real)