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GUERRAS QUE NÃO PARAM: Rússia faz ataque mortal e mata ao menos 10 civis na Ucrânia, jornal Haaretz denuncia que solados israelenses receberam ordem para matar centenas de civis
30/06/2025 06h34
Foto: site Haaretz

( Publicada originalmente às 12h 49 do dia 28/06/2025) 

Com agências

(Brasília-DF, 30/06/2026). As guerras não param e nem ficam poucas. Rússia fez ataque que matou civis e não militares na Ucrânia e Israel é acusado pelo tradicional jornal do próprio país de crime de guerra.

Rússia x Ucrânia

A Rússia lançou uma nova vaga de ataques mortais com mísseis e drones contra a Ucrânia no último dia, matando 10 pessoas e ferindo pelo menos 50 outras em várias regiões, de acordo com informações divulgadas pelos meios de comunicação ucranianos.

Entre os ataques da última noite na Ucrânia, o mais mortífero foi um ataque com míssil à cidade de Samar, no oblast de Dnipropetrovsk, que matou cinco pessoas e feriu pelo menos 25.

Na cidade portuária de Odessa, no sul do país, um casal foi morto por um drone russo que atingiu um edifício residencial de 21 andares. O ataque provocou um grande incêndio em três andares, ferindo pelo menos 14 outras pessoas, incluindo três crianças. Os bombeiros trabalharam durante toda a noite para apagar o fogo.

Foram registadas mais mortes em todo o país, com duas pessoas mortas na região de Donetsk e uma na região de Kherson.

Os ataques russos também feriram pessoas nos oblasts de Kharkiv, Zaporíjia e Sumy. A Força Aérea da Ucrânia informou que, na noite de 27 para 28 de junho, as forças russas atacaram com 23 drones iranianos Shahed de vários tipos. A Ucrânia afirma ter conseguido abater 22 deles.

Estas ofensivas são as últimas de uma série de intensos ataques aéreos russos a cidades ucranianas ao longo de maio e junho.

Gaza

O tradicional jornal de Israel, Haaretz, publicou em reportagem ainda na sexta-feira, 27, que centenas de palestinos teriam sido mortos no último mês por militares de Israel nas imediações de centros de distribuição de ajuda humanitária na Faixa de Gaza

A reportagem do Haaretz ouviu de soldados israelenses que eles receberam ordens para atirar contra a multidão – uma ação letal que eles temem ser desnecessária, por visar pessoas desarmadas que aparentemente só estavam em busca de comida e não representavam nenhuma ameaça.

Após o jornal israelense Haaretz fazer a denúncia, o advogado-geral das Forças de Defesa de Israel (FDI) abriu uma investigação para apurar possíveis crimes de guerra.

Segundo o jornal, os militares têm luz verde para atirar contra aqueles que tentam se aproximar desses centros antes do horário de abertura e, novamente, após o fechamento dos complexos, para dispersá-los.

Esses incidentes não teriam sido casos isolados, conforme relato do Haaretz sobre uma reunião a portas fechadas nesta semana com altos funcionários da Procuradoria Militar.

As FD, procuradas, negaram a existência de tal ordem para atirar deliberadamente em civis, e disseram que buscavam melhorar a "resposta operacional" nas áreas de distribuição de ajuda humanitária. Ainda segundo os militares, foram instaladas recentemente novas cercas e sinalização, além de abertas rotas adicionais para os pontos de coleta de alimentos pela população em Gaza.

O jornal Haaretz citou fontes não identificadas dizendo que a unidade do Exército criada para revisar incidentes que possam envolver violações do direito internacional vai examinar as ações de soldados nas proximidades dos pontos de ajuda humanitária no último mês.

As FDI declararam que alguns incidentes estão em análise pelas autoridades competentes. "Qualquer alegação de desvio da lei ou de diretivas das FDI serão cuidadosamente examinadas, e providências serão tomadas conforme a necessidade."

Soldado isralense chama centros de ajuda humanitária em Gaza de "zona de morte"

Um soldado que falou sob condição de anonimato ao Haaretz relata o que observou no entorno dos centros de distribuição de ajuda humanitária em Gaza.

"É uma zona de morte", disse. "Onde eu estava destacado, entre uma e cinco pessoas morriam diariamente. Eles os tratam como uma força hostil: sem medidas de controle de multidões, sem gás lacrimogêneo, apenas disparando balas com tudo o que se pode imaginar: metralhadoras pesadas, lança-granadas, morteiros."

Em várias ocasiões, as FDI reconheceram ter dado "tiros de advertência" contra palestinos que supostamente haviam se desviado da rota estabelecida ou que, segundo eles, representavam "uma ameaça".

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu reagiu à reportagem do Haaretz chamando as acusações de "falsidades maliciosas projetadas para difamar" as FDI.

( da redação com Euro News, AP, DW. Edição: Política Real)

 

 



Link da notícia
http://politicareal.com.br/noticias/tempo-real/603602/guerras-que-nao-param-russia-faz-ataque-mortal-e-mata-ao-menos-10-civis-na-ucrania-jornal-haaretz-denuncia-que-solados-israelenses-receberam-ordem-para-matar-centenas-de-civis