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( Publicada originalmente às 09h 21 do dia 04/11/2024)
(Brasília-DF, 05/11/2024). Na manhã desta segunda-feira, 04, a FGV-IBRE divulgou o seu Índice de Confiança Empresarial (ICE) que avança 0,7 ponto em outubro, revertendo a queda de mesma magnitude no mês anterior.
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), por sua vez, recuou em outubro após quatro meses de alta. Entre as sondagens setoriais os desempenhos foram mistos, com destaque para a melhora da confiança de Serviços.
Confiança Empresarial reverte queda do mês anterior; a do Consumidor recua após quatro altas consecutivas
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) avança 0,7 ponto em outubro, revertendo a queda de mesma magnitude no mês anterior. Após seis meses consecutivos em alta, entre março e agosto, o índice parece se consolidar no patamar próximo aos 100 pontos, sinalizando uma atividade econômica em nível ainda entre moderado e forte.
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), por sua vez, recuou em outubro após quatro meses de alta. O movimento de queda reflete uma acomodação apenas pelo lado das expectativas, uma vez que as percepções sobre a situação corrente continuaram melhorando no mês.
Percepção melhora nos dois horizontes de tempo das sondagens empresariais
O Índice da Situação Atual Empresarial (ISA-E) avançou em outubro, alcançando o maior nível desde setembro de 2022 (quando registrou 98,8 pontos). A alta foi motivada principalmente pelo indicador que mede a percepção sobre a demanda.
O Índice de Expectativas Empresarial (IE-E) também avançou, impulsionado principalmente pela melhora nas previsões de demanda três meses à frente, mas também pelo indicador que mede o otimismo com a situação dos negócios seis meses à frente.
O destaque positivo de outubro é o Índice de Confiança de Serviços, que volta a se aproximar dos índices da Indústria e da Construção.
Em contraste, os índices de confiança do Comércio e da Indústria apresentaram recuo no mês.
Já o Índice de Confiança da Construção permaneceu relativamente estável pelo quarto mês consecutivo.
A alta da confiança do consumidor em outubro foi inteiramente determinada pela melhora das percepções sobre a situação atual. Apesar de serem menos positivas que as do período entre 2010 e 2014, são as melhores desde dezembro de 2014.
Já o Índice de Expectativas do Consumidor recuou no mês mas se mantém numa faixa próxima aos 100 pontos desde o final de 2022.
Consumidores: Queda do índice de confiança em três as quatro faixas de renda
A queda da confiança do consumidor em outubro ocorre em três das quatro faixas de renda. Apenas os consumidores da Faixa 2 apresentaram alta da confiança, após dois meses de queda. Na Faixa 4, a queda da confiança foi influenciada pela piora das expectativas em relação aos próximos meses, apesar de modesta melhora das avaliações sobre o presente
Faixa 1 Até R$ 2.100,00
Faixa 2 Entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00
Faixa 3 Entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00
Faixa 4 Acima de R$ 9.600,00
Incerteza Econômica recua e se mantém em região moderada
O Indicador de Incerteza Econômica recuou em outubro mantendo a trajetória iniciada em junho. A queda ocorreu em ambos os seus componentes, com destaque para o componente de Expectativas, que caiu após cinco meses em alta.
O resultado parece refletir o desempenho acima do esperado da economia brasileira no segundo trimestre e uma expectativa, ao longo da maior parte do mês, de anúncio de medidas de ajuste fiscal. O ruído nos mercados motivado pela postergação deste anúncio ocorreu principalmente na semana que se iniciou em 28/10. Posteriormente, portanto, ao fechamento da coleta de dados, em 26/10.
( da redação com informações da FGV. Edição: Política Real)