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( Publicada originalmente às 13h 46 do dia 13/10/2024)
(Brasília-DF, 14/10/2024) Na manhã deste domingo, 14, a Quaest, em parceira com a Genial Investimentos, divulgou na coluna do jornalista Lauro Jardim, no O Globo uma pesquisa sobre a sucessão presidencial de 2026. Eles só incluíram três candidatos e não colocarão os possíveis candidatos do União, governador do Goiás, Ronaldo Caiado, o governador Ratinho Junior( PSD) do Paraná, ou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema(Novo).
Na pesquisa, o presidente Lula lidera com 32%, seguido o empresário e ex-coach Pablo Marçal com 18% e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, com 15%.
A Política Real publica uma série de postagens do professor e cientista político Felipe Nunes falando da pesquisa:
Pesquisa Genial/Quaest publicada hoje na coluna do @laurojardim mostra a principal consequência das eleições deste ano: o anti-petismo venceu, mas venceu rachado. Se as eleições fossem hoje, Lula teria 32%, Marçal teria 18% e Tarcísio 15%.
Esse racha da direita aconteceu exatamente dentro do eleitorado que votou em Bolsonaro em 2022. Enquanto Lula mantém 71% de seus eleitores, Marçal e Tarcísio dividem o espólio de Bolsonaro. Cada um teria aproximadamente 30% do eleitor que votou no ex-presidente.
Lula continua com muita vantagem no Nordeste, mas chama atenção a força de Marçal, com o dobro de intenção de votos em relação a Tarcísio. Mesmo padrão do Sul, Centro-Oeste/Norte. Tarcísio só aparece forte no Sudeste, onde é mais conhecido. Essa divisão favorece Lula.
Os dados da pesquisa apontam para duas consequências das eleições deste ano pensando em 2026: (1) Marçal conseguiu nacionalizar seu nome com a nacionalização da campanha de SP, e (2) dentro do eleitorado anti-petista de 2022, surgiu um novo nome para disputar o espólio de Bolsonaro. Michelle, Tarcísio e Marçal tem o mesmo percentual de força para enfrentar Lula em 26 na avaliação do eleitorado de Bolsonaro. Ao mesmo tempo, isso vai exigir muito mais trabalho e estratégia de nomes como Zema, Caiado e Ratinho, se quiserem mesmo ser candidatos em 26. Diante de um resultado desse, resta saber se Marçal teria condições de disputar uma presidencial ou se seus direitos políticos serão cassados antes de 26.
A pesquisa também tem recados para a esquerda. De jul para out cresceu o % de brasileiros que acham que Lula não deveria ser candidato a reeleição. A pesquisa não tem muitos elementos para explicar o porquê, mas grupos de qualitativas com esse grupo podem ajudar a entender.
O que a pesquisa mostra, no entanto, é que a mudança de opinião aconteceu entre os mais pobres - base forte de Lula em qualquer eleição. Ou seja, isso deve acender o sinal amarelo no governo.
A Quaest ouviu 2.000 pessoas entre 25 e 29/9. A margem de erro é de 2 pp e o nível de confiabilidade é de 95%.
(da redação com informações de redes sociais. Edição: Política Real)