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Simone Tebet ao falar das rotas econômicas para o Oceano Pacífico disse que está programado para 2028, mas uma “perninha” poderá sair até 2026
03/07/2024 06h37
Foto: imagem do site do Senado

( Publicada originalmente às 13 h 26 do dia 02/072024)

(Brasília-DF, 03/07/2024) A ministra do Planejamento, Simone Tebet, convidada a falar na audiência pública das Comissões de Infraestrutura (CI) e de Desenvolvimento Regional (CDR) sobre Rotas da Integração Sul-Americana que buscam abrir caminhos para a economia do Brasília no Oceano Pacífico disse que as cinco rotas podem entrar em funcionamento até 2028. As rotas estão previstas no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)

“Nós temos condições de interligar o Pacífico, pelo menos uma “perninha”, até o final de 2026. Até 2028, com certeza esses projetos todos estarão muito bem estruturados. Colocando isso em prática, vamos ter um cenário absolutamente diferente. Ninguém vai conseguir competir com o Brasil no mundo, no que se refere à nossa fronteira agrícola “, disse.

As cinco Rotas da Integração Sul-Americana afetam os 11 estados brasileiros que fazem fronteira com países da região. Elas envolvem um total de 190 projetos, como rodovias, ferrovias, hidrovias, portos e aeroportos, além de infovias e linhas de transmissão de energia.

Durante a audiência pública, a ministra apresentou as potencialidades de cada uma das rotas:

Rota 1 — Ilha das Guianas: exportação de alimentos e bens de consumo final para a Venezuela e a Guiana, além da Ásia e do Mercado Comum e Comunidade do Caribe;

Rota 2 — Amazônica: exportação de produtos da bioeconomia, máquinas, equipamentos e bens de consumo de Manaus para Peru, Equador e Colômbia, além da Ásia e América Central;

Rota 3 — Quadrante Rondon: exportação de alimentos, máquinas, equipamentos e bens de consumo final para a Peru, Bolívia e Chile, além do mercado asiático;

Rota 4 — Bioceânica de Capricórnio: exportação de alimentos, máquinas e equipamentos e bens de consumo final para Paraguai, Argentina e Chile, além do mercado asiático; e

Rota 5 — Porto Alegre–Coquimbo: exportação e importação de insumos, alimentos, máquinas e equipamentos e bens de consumo final para Argentina, Uruguai e Chile, além do mercado asiático.

Para Simone Tebet, as Rotas da Integração Sul-Americana podem abrir novas portas para as exportações brasileiras.

“ Há 30 anos, os principais destinos das nossas exportações eram basicamente Estados Unidos, alguma coisa da Europa, do Japão e da Argentina. Hoje mais de 80% da nossa exportação é para o mercado asiático. As cinco rotas reduzem distância e tempo e aumentam a competitividade dos nossos produtos “,  afirmou.

Segundo a ministra, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve abrir US$ 10 bilhões em linhas de financiamento para viabilizar as Rotas da Integração Sul-Americana. Do total, US$ 3 bilhões são destinados a estados e municípios brasileiros. Os US$ 7 bilhões restantes vão financiar obras nos demais países do continente.

“A logística é um meio para se alcançar o fim. A finalidade não é a ponte que vamos construir, a estrada, a rodovia, os portos, os aeroportos. Aí tem conectividade, infovias e internet nos rincões mais distantes do Brasil. Tem balança comercial, emprego, renda e desenvolvimento da região”,  afirmou.

Repercussão

A audiência pública conjunta foi sugerida pelos presidentes da CI, senador Confúcio Moura (MDB-RO), e da CDR, senador Marcelo Castro (MDB-PI). O parlamentar rondoniense lembrou que a falta de dinheiro foi “um dos obstáculos das versões anteriores do PAC”.

“ Considerando que a segurança e a continuidade dos investimentos são de suma importância para o engajamento dos estados, dos municípios e do setor privado ao programa, é necessário debater como o governo pretende conciliar os investimentos previstos com as metas do novo arcabouço fiscal”,  ponderou.

Para Marcelo Castro, o PAC melhora a infraestrutura do país “de uma maneira organizada e coordenada”.

“Somos grandemente competitivos da porteira para dentro. Mas perdemos competitividade quando vamos escoar nossa produção, por deficiência de portos, aeroportos e vias rodoviárias, ferroviárias e fluviais”,  disse.

( da redação com ag. Senado. Edição: Política Real)

 

 

 



Link da notícia
http://politicareal.com.br/noticias/tempo-real/599607/simone-tebet-ao-falar-das-rotas-economicas-para-o-oceano-pacifico-disse-que-esta-programado-para-2028-mas-uma-perninha-podera-sair-ate-2026