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REPERCUSSÃO: Setor industrial disse que a decisão do Copom foi excessivamente conservadora enquanto incorporadoras imobiliárias fala em medida positiva e comércio fala que Brasil pode voltar a rota de investimentos
14/12/2023 06h37
Foto: Arquivo Política Real

( Publicada originalmente às 19h 00 do dia 13/12/2023) 

(Brasília-DF, 14/12/2023). Apesar da nota do Copom divulgada neste iniício de noite ter anunciado que houve uma unanimidade entre os votantes, não se viu isso entre os agentes do Mercado.

O setor de indústria achou a decisão conservadora, mas o comércio e o indústria da construção gostou.

Veja algumas notas:

Indústria

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera excesso de conservadorismo a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, de manter o ritmo da redução da taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto percentual.

"O cenário de controle da inflação justifica plenamente a redução da Selic em ritmo mais acelerado, e é isso que a CNI espera que seja feito nas próximas reuniões do Copom. É preciso - e possível - mais agressividade para que ocorra uma redução mais significativa do custo financeiro suportado por empresas e consumidores", afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban.

Mesmo com as reduções na Selic em agosto, setembro e novembro, a taxa de juros real - que desconsidera os efeitos da inflação - está em 8% ao ano. Ou seja, 3,5 pontos percentuais acima da taxa de juros neutra, que não estimula nem desestimula a atividade econômica.

"Isso deixa claro o quão contracionista tem sido a política monetária brasileira e que o patamar da Selic ainda é excessivo para o quadro de inflação corrente, assim como para a perspectiva de inflação futura, prejudicando o mercado de crédito e a atividade econômica", completa Alban.

Setor imobiliário

Nota à Imprensa

A redução na taxa básica de juros (Selic) de 12,25% para 11,75%, conforme anunciada hoje (13/12) pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, é vista pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) como uma medida positiva para o crescimento econômico do país e também para o setor imobiliário, considerando que uma taxa de juros elevada pode exercer impactos negativos sobre o custo dos financiamentos, afetando diretamente o acesso à habitação.

A ABRAINC ressalta, ainda, a importância de minimizar o impacto dos juros elevados no custo de capital das empresas, especialmente aquelas que dependem de financiamentos para seus projetos. Juros altos podem resultar em custos mais elevados para a população, dificultando a geração de empregos e o crescimento econômico do país.

Para o presidente da ABRAINC, Luiz França, o setor necessita de medidas contínuas que promovam a redução das taxas de juros e incentivem o acesso ao crédito para compradores de imóveis. "Essas medidas não beneficiariam apenas o ramo imobiliário, mas também contribuiriam para o progresso econômico e social do Brasil, tornando os financiamentos habitacionais de médio e alto padrão mais acessíveis", explica.

Comércio

Para a CDL/BH a queda da taxa básica de juros pode colocar o Brasil na rota de investimentos estrangeiros, elevar a renda das famílias e impulsionar o varejo

"O segundo semestre de 2023 foi marcado pela expansão da indústria e do consumo das famílias, sustentado pelo mercado de trabalho resiliente e também pela desaceleração dos preços livres, que são aqueles mais sensíveis às mudanças econômicas como, por exemplo, despesas com alimentação, habitação, vestuário, que são regulados conforme a oferta e demanda", explica o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva.

Ainda na perspectiva do dirigente, a quarta redução consecutiva da Selic, irá favorecer o país em aspectos como atração de investimentos estrangeiros, expansão do crédito, do varejo e elevação da renda das famílias. "O Brasil possui grandes oportunidades para 2024, afinal, as empresas mundiais querem diversificar seus fornecedores e reduzir a dependência de países específicos, especialmente aqueles diretamente ligados às tensões geopolíticas. Isso nos traz chances de um reposicionamento nas cadeias globais de suprimentos, aumento dos postos de trabalho, expansão do crédito, das vendas do varejo e aumento da renda, já que o corte nos juros impacta o poder de compra das famílias", avalia Souza e Silva.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr.)

 

 



Link da notícia
http://politicareal.com.br/noticias/tempo-real/597469/repercussao-setor-industrial-disse-que-a-decisao-do-copom-foi-excessivamente-conservadora-enquanto-incorporadoras-imobiliarias-fala-em-medida-positiva-e-comercio-fala-que-brasil-pode-voltar-a-rota-de-investimentos