( Publicada originalmente às 12h 56 do dia 13/09/2021) 

(Brasília-DF, 14/09/2021).  Nesta terça-feira, 14, a Petrobras deverá dar explicações aos deputados e deputadas, a partir das 9 horas em sessão plenário de Comissão Geral sobre a operação de  termelétricas no país. Especificamente UTE Cuiabá, UTE Termorio, UTE Fortaleza, UTE Termoceará e UTE Vale do Açu, instaladas nos estados do Mato Grosso, Ceará, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro, que não estão operando com a capacidade total, provocando aumento na tarifa de energia elétrica, que este ano o reajuste acumulado chegou a cerca de 60%.  O requerimento é iniciativa do deputado Danilo Forte(PSDB-Ce).

Os congressistas querem esclarecimento, também, sobre os constantes aumentos dos preços dos combustíveis, a princípio justificados como  consequência da politica de gestão da Petrobrás, que acompanha a variação do preço internacional do barril de petróleo e a variação do câmbio nas refinarias da estatal. Porém o mecanismo é aceitável apenas em países que precisam importar petróleo, e este não é o caso do Brasil. O comportamento do mercado segue na contra mão dos números da produção de petróleo no país.

Um levantamento recente do Dieese mostra  que de 2016 a 2020, a produção nacional de petróleo cresceu 18% e chegando a marca de  3,7 milhões de barris por dia (BOE/dia). As exportações no ano passado foram de cerca de 1 milhão de barris por dia.

O deputado Danilo Forte quer ouvir do presidente da Petrobrás, explicações sobre os reajustes do preço do gás de cozinha (GLP). Essa é  uma das preocupações destacadas pelo parlamentar cearense, uma vez que o custo elevado do botijão de 13 kg, gera grande impacto na vida das pessoas e na economia. O brasileiro tem convivido com instabilidade e escalada nos preços do produto, que está na lista dos itens de primeira necessidade.

Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), desde o inicio de 2021, o produto acumula uma alta de 16,96%  com diferentes preços praticados em todo o país, variando de R$ 74,75 no final do ano passado, chegando a  R$ 87,43 em julho deste ano. O preço do Botijão de gás em diversas cidades, chegou a R$ 130, tornando o uso impraticável para muitas famílias, principalmente de baixa renda. Muitas delas estão apelando para o uso do fogão a lenha,  e em casos mais extremos usando álcool para cozinhar, gerando um grave problema de saúde pública, quando se expõem  ao risco de acidentes, como o que foi registrado recentemente no estado do Ceará.

Os habituais aumentos dos combustíveis tem preocupado o brasileiro que enfrenta limitações não apenas para encher o tanque do veículo, mas sente os impactos na inflação, uma vez que a variação de valores na bomba tem consequência direta na alta de preços de produtos e serviços.

O aumento do preço da gasolina, o acumulado até o mês de agosto, segundo o Dieese, é  31 % . O diesel acumula alta de 28%. Os preços cobrados nas bombas tem provocado forte embate entre o presidente Jair Bolsonaro e os governadores. Bolsonaro tem cobrado  que os estados reduzam o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

( da redação com informações de assessoria. Edição: Genésio Araújo Jr)