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ECONOMIA: Setor de serviços avançou 2,6% em novembro de 2020; comparando com novembro de 2018 queda foi de -4,8%
14/01/2021 07h40
Foto: Arquivo da Política Real

( Publicada originalmente às 10h35 do dia 13/01/2021) 

(Brasília-DF, 14/01/2021) O IBGE(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta quarta-feira, 13, o que era muito esperado pelo mercado os números sobre o setor de serviços no mês de novembro de 2020.   O volume de serviços no Brasil cresceu 2,6% frente a outubro, que vem a ser a sexta taxa positiva seguida, gerando um ganho acumulado de 19,2%.

Comparado com com novembro de 2019, o volume de serviços recuou 4,8% em novembro de 2020, nona taxa negativa seguida. No acumulado do ano, o volume de serviços caiu 8,3% frente a igual período de 2019. O acumulado nos últimos doze meses (7,4%) manteve a trajetória descendente iniciada em janeiro (1,0%) e apontou o resultado negativo mais intenso desde o início da série histórica, iniciada para esse índice, em dezembro de 2012.

Destaques de novembro

Os destaques  no mês de novembro foram para transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,4%), serviços prestados às famílias (8,2%) e profissionais, administrativos e complementares (2,5%). Os dois primeiros setores foram os mais afetados pela pandemia da COVID-19, que impactou mais duramente os serviços de caráter presencial.

Os transportes, com a sétima alta seguida, já acumulam ganho de 26,7% entre maio e novembro, mas ainda necessitam avançar 5,4% para voltar ao nível de fevereiro. Os serviços prestados às famílias registraram a quarta alta seguida e já acumulam ganho de 98,8% nos últimos sete meses, mas ainda precisam crescer 34,2% para retornar ao patamar de fevereiro. Por sua vez, os serviços profissionais, administrativos e complementares chegaram a um ganho de 9,5% no período de junho a novembro, após caírem 16,8% entre fevereiro e maio.

No acumulado do ano, frente a igual período de 2019, o setor de serviços recuou 8,3%, com queda em quatro das cinco atividades e altas em apenas 25,9% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, os serviços prestados às famílias (-36,6%) exerceram a principal influência negativa, devido à queda nas receitas de restaurantes; hotéis; e de catering, bufê e outros serviços de comida preparada. O setor ainda mostra ritmo lento de retomada de suas atividades, em função do caráter presencial da prestação de seus serviços.

Nos estadoss

Na maioria dos 27 estados e Distrito Federal, foi assonaliado expansão em 19 estados no volume de serviços em novembro de 2020, na comparação com o mês imediatamente anterior, acompanhando o avanço (2,6%) observado no Brasil – série com ajuste sazonal. São Paulo (3,2%) exerceu o avanço mais importante.

Outras contribuições positivas relevantes vieram de Minas Gerais, (2,8%), do Rio de Janeiro (1,3%), do Rio Grande do Sul (3,2%), de Pernambuco (5,2%) e do Paraná (2,1%). Já a principal retração foi do Distrito Federal (-9,9%).

Frente a novembro de 2019, o recuo do volume de serviços no Brasil (-4,8%) foi acompanhado por 22 das 27 unidades da federação. As principais influências negativas ficaram com São Paulo (-3,8%) e Rio de Janeiro (-7,9%), seguidos por Distrito Federal (-18,6%), Paraná (-8,6%) e Rio Grande do Sul (-6,9%). Por outro lado, Santa Catarina (4,6%) assinalou o resultado positivo mais relevante.

De janeiro a novembro de 2020, frente a igual período de 2019, a queda do volume de serviços no Brasil (-8,3%) se deu em todas as 27 unidades da federação. O principal impacto negativo veio de São Paulo (-7,9%), seguido por Rio de Janeiro (-7,5%), Rio Grande do Sul (-13,1%), Paraná (-10,0%), Minas Gerais (-6,9%) e Bahia (-16,0%).

Turismo

Em novembro de 2020, o índice de atividades turísticas cresceu 7,6% frente ao mês imediatamente anterior, sétima taxa positiva seguida, período em que acumulou ganho de 120,8%. Mas o segmento de turismo ainda necessita avançar 42,8% para retornar ao patamar de fevereiro de 2020, já que o isolamento social atingiu mais intensamente boa parte das atividades turísticas, principalmente, transporte aéreo de passageiros, restaurantes e hotéis.

Regionalmente, nove das 12 unidades da federação acompanharam este movimento de expansão observado no Brasil, com destaque para São Paulo (11,0%), seguido por Rio de Janeiro (5,4%), Bahia (11,8%), Pernambuco (11,8%) e Goiás (9,9%). Em sentido oposto, Santa Catarina (-7,1%) e Minas Gerais (-3,2%) assinalaram as quedas mais importantes.

Frente a novembro de 2019, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil caiu 29,6%, nona taxa negativa seguida, pressionado, principalmente, pela queda na receita de empresas que atuam nos ramos de transporte aéreo; restaurantes; hotéis; rodoviário coletivo de passageiros; serviços de bufê; agências de viagens; e locação de automóveis.

Houve quedas nos serviços voltados ao turismo em todas as 12 unidades da federação onde o indicador é investigado, com destaque para São Paulo (-35,4%), Rio de Janeiro (-24,0%), Minas Gerais (-30,5%), Rio Grande do Sul (-37,7%) e Distrito Federal (-40,8%).

No acumulado de janeiro a novembro 2020, o agregado especial de atividades turísticas recuou 37,4% frente a igual período do ano passado, pressionado, sobretudo, pelos ramos de restaurantes; transporte aéreo; hotéis; rodoviário coletivo de passageiros; catering, bufê e outros serviços de comida preparada; e agências de viagens. Houve quedas nos 12 locais investigados, com destaque para São Paulo (-40,3%), Rio de Janeiro (-31,1%), Minas Gerais (-35,8%), Bahia (-39,6%) e Rio Grande do Sul (-43,9%).

( da redação com informações de assessorias. Edição: Genésio Araújo Jr)

 

 



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