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(Brasília-DF, 29/04/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em estabilidade e no Brasil atenção para divulgação do resultado primário do governo central de março.
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Nesta terça-feira, os futuros dos EUA operam próximos da estabilidade (S&P 500: +0,2%; Nasdaq 100: +0,2%), após o S&P 500 registrar sua quinta alta consecutiva. O movimento reflete a expectativa para a temporada intensa de balanços, especialmente de big techs como Meta, Microsoft, Apple e Amazon. Na segunda-feira, o S&P 500 subiu menos de 0,1%, sustentando a sequência de ganhos, enquanto o Nasdaq recuou 0,1% em sessão bastante volátil. Cerca de 73% das empresas que já reportaram resultados superaram as estimativas, segundo a FactSet, um pouco abaixo da média histórica de 77%.
As taxas treasuries seguem em queda, com a do título de 10 anos recuando 5 bps e a de 2 anos em 7 bps, à medida que investidores aguardam dados de PIB, emprego e inflação.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: +0,4%), apoiado pela temporada de balanços, mesmo com quedas isoladas como a de Volvo Cars (-8,5%) após cortar projeções. O setor automotivo, no geral, conseguiu se recuperar e opera em alta de 0,3%. Na Ásia, os mercados fecharam mistos (HSI: +0,2%; CSI 300: -0,2%), em meio a sinais de moderação nas tarifas dos EUA e à cautela dos investidores com balanços corporativos na região.
Economia
Segundo o Wall Street Journal, o governo de Donald Trump prepara um alívio parcial das tarifas sobre automóveis, impedindo a aplicação cumulativa de tarifas e flexibilizando encargos sobre peças importadas utilizadas na produção nos Estados Unidos. Apesar das concessões obtidas pelas montadoras, o setor automobilístico continuará enfrentando tarifas elevadas. Em paralelo, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, destacou que cabe à China dar o primeiro passo para a redução das tensões comerciais. Na Zona do Euro, o Indicador de Sentimento Econômico recuou para o menor nível desde dezembro, refletindo deterioração generalizada da confiança entre setores produtivos.
Na agenda econômica internacional de hoje, teremos indicadores relevantes para avaliar os primeiros impactos dos planos comerciais do governo de Donald Trump. O destaque é a divulgação do relatório Jolts – indicador de demanda por mão de obra. Além disso, será divulgado o índice de confiança do consumidor do Conference Board.
IBOVESPA +0,21% | 135.016 Pontos. CÂMBIO -0,72% | 5,65/USD
Ibovespa
Na segunda-feira, o Ibovespa encerrou o pregão em alta de 0,2%, aos 135.016 pontos, em um dia em que os mercados globais fecharam sem direção definida (S&P 500, +0,06%; Nasdaq, -0,02%), enquanto os investidores aguardam a publicação de dados econômicos relevantes do mercado de trabalho tanto no Brasil quanto nos EUA.
Entre os destaques positivos do dia temos Lojas Renner (LREN3, +3,3%), após a XP elevar a recomendação dos papéis da companhia de Neutro para Compra (veja aqui o relatório completo dos nossos analistas). PetroReconcavo (RECV3, -3,2%) ficou entre os destaques negativos, repercutindo a queda do preço do petróleo (Brent, -1,9%).
Para o pregão de terça-feira, os destaques da agenda econômica serão o relatório Jolts de março nos EUA e o PMI de manufatura de Caixin referente a abril na China. Pela temporada de resultados do 1T25, Iguatemi, ISA Energia, Kepler Weber e Marcopolo reportam seus balanços. Já pela temporada internacional, os principais nomes serão AstraZeneca, BP, Coca-Cola, HSBC, PayPal e Visa.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de segunda-feira com abertura nos vértices curtos e fechamento nos intermediários e longos da curva. No Brasil, o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou que segue incomodado com a desancoragem das expectativas de inflação, ponderando que a taxa Selic já se encontra em nível restritivo, e que o que resta saber é se está restritiva o bastante para convergir a inflação para a meta de 3%. Com isso, o DI jan/26 encerrou em 14,68% (+3,6bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,91% (+0,5bp); DI jan/29 em 13,66% (- 1,8bp); DI jan/31 em 13,93% (- 2,7bps). Nos EUA, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse que é dever da China a diminuição das tensões internacionais no âmbito das tarifas. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,69% (-6,0bps), enquanto os de dez anos em 4,21% (-3,0bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) iniciou a semana com uma alta de 0,11%, marcando sua décima segunda valorização consecutiva após as quedas registradas no início de abril. Com esse desempenho, o índice está a apenas 0,8% de atingir sua máxima histórica de 3.424 pontos, alcançada em abril de 2024. Tanto os Fundos de Tijolos quanto os FIIs de Papel apresentaram resultados positivos na sessão, com valorizações médias de 0,45% e 0,08%, respectivamente. Entre os destaques positivos, destacaram-se RECT11 (+4,9%), RBRL11 (+4,2%) e VILG11 (+3,7%). Por outro lado, entre os destaques negativos, figuraram CVBI11 (-2,2%), HGBS11 (-1,5%) e CYCR11 (-1,4%).
No Brasil, o déficit em transações correntes atingiu US$ 2,2 bilhões em março, com destaque para o impacto positivo do superávit comercial, enquanto o Investimento Direto no País (IDP) manteve-se resiliente. No resultado acumulado em 12 meses, o déficit na conta corrente superou o IDP. No boletim Focus, a projeção para o IPCA de 2025 recuou pela segunda semana consecutiva, refletindo a pressão de commodities e dólar mais fracos após novas tarifas nos Estados Unidos.
No Brasil, teremos a divulgação do resultado primário do governo central de março.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)