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(Brasília-DF, 23/04/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em forte alta e no Brasil sem divulgação de índices relevantes.
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Nesta quarta-feira, os futuros dos EUA operam em forte alta (S&P 500: +2,1%; Nasdaq 100: +2,5%) após Donald Trump indicar que não pretende demitir o presidente do Fed, Jerome Powell, e sinalizar possível redução nas tarifas contra a China. A fala alivia temores sobre a independência do banco central e sobre o rumo da guerra comercial. Na véspera, o S&P 500 e o Nasdaq subiram mais de 2%, impulsionados pelos rumores de alívio na guerra comercial entre EUA e China. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, também reforçou essa expectativa ao afirmar que o status atual “não é sustentável”.
As Treasuries reagem mistas. A taxa do título de 10 anos cai -4 bps, enquanto a de 2 anos sobe +3 bps.
Na Europa, as bolsas acompanham a alta global (Stoxx 600: +1,7%), com destaque para a SAP, que dispara 10% após lucro acima do esperado. Na China, as bolsas também fecharam em alta (CSI 300: 0,1%; HSI: +2,4%), ainda refletindo o tom mais brando de Trump em relação à China e ao Fed.
Nos EUA, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse que espera a redução das tarifas impostas entre as duas maiores economias do mundo em breve, ressaltando que um conflito comercial não é sustentável para ambos os lados. Por lá, os rendimentos das Treasuries norte-americanas de dois anos terminaram o dia em 3,82% (+4,9bps), enquanto os de dez anos em 4,40% (-1,4bps).
Economia
O Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou ontem seu relatório de Perspectivas Econômicas Globais. O FMI agora projeta que o PIB dos Estados Unidos crescerá 1,8% em 2025, abaixo dos 2,7% esperados em seu relatório anterior, divulgado em janeiro. Segundo a instituição, a probabilidade de recessão na economia norte-americana está ao redor de 40%. O FMI também reduziu sua projeção de crescimento do PIB global este ano, de 3,3% para 2,8%. Por sua vez, a previsão para o aumento do PIB do Brasil em 2025 recuou de 2,2% para 2,0%.
Nos Estados Unidos, a Secretária de Comunicação da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou ontem à tarde que está havendo progresso nas negociações de tarifas com a China. Além disso, segundo Leavitt, o governo de Donald Trump se reunirá com 34 países nesta semana, e 18 propostas já estão no papel para possíveis acordos comerciais.
À noite, Trump disse a jornalistas que as tarifas sobre a China cairão “substancialmente” (do patamar atual de 145%). Ademais, ele afirmou que não tem a intenção de demitir o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, apesar de sua frustração com o fato de o banco central não agir mais rapidamente para cortar os juros.
IBOVESPA +0,62% | 130.464 Pontos. CÂMBIO -1,37% | 5,72/USD
Ibovespa
Na terça-feira, o Ibovespa fechou em alta de 0,6%, aos 130.464 pontos, em linha com o movimento positivo dos mercados globais (S&P 500, +2,5%; Nasdaq, +2,6%), que se recuperaram após falas do secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, afirmando que deve haver um arrefecimento nas tensões comerciais entre EUA e China.
O principal destaque do dia na Bolsa brasileira foi MRV (MRVE3, +8,8%), continuando a tendência de alta do pregão anterior, após a realização do Dia do Investidor da companhia, que trouxe mensagens positivas sobre desalavancagem e alocação de capital (veja mais detalhes aqui). RD Saúde (RADL3, -2,6%) ficou na ponta negativa, em meio a perspectivas negativas para a divulgação dos resultados do 1T25 da companhia.
Nesta quarta-feira, os destaques da agenda econômica serão o PMI de serviços e manufatura de abril e o Livro Bege dos EUA. Pela temporada de resultados do 1T25, teremos Hypera, enquanto pela temporada internacional, os principais nomes serão Boeing, IBM, Newmont, NextEra e ServiceNow.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com movimentação mista ao longo da curva. No Brasil, o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou em discurso na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado que a taxa Selic se encontra em patamar elevado em busca do arrefecimento econômico. Além disso, o líder do BC pontuou que a autarquia estuda agora se a política monetária já se encontra em um patamar suficientemente restritivo. Com isso, o DI jan/26 encerrou em 14,72% (- 2,5bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,19% (- 2,6bps); DI jan/29 em 14,08% (+5,2bps); DI jan/31 em 14,39% (+11bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a terça-feira com uma alta de 0,52%, acumulando uma valorização de 1,13% no mês. Tanto os Fundos de Papel quanto os FIIs de Tijolo apresentaram desempenhos positivos no dia, com valorizações médias de 0,39% e 0,58%, respectivamente. Entre os destaques positivos, destacaram-se KISU11 (5,2%), RBVA11 (2,7%) e CVBI11 (2,7%). Por outro lado, entre os destaques negativos, figuraram IRDM11 (-1,5%), RBFF11 (-1,5%) e VGIR11 (-1,3%).
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)