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Com agência.
(Brasília-DF, 11/10/2024) hoje, 11, tivemos mais um dia de problema entre Israel e as Nações Unidas
As Forças de Defesa Israelenses (IDF, na sigla em inglês) afirmaram que dois agentes da missão de paz da ONU foram "acidentalmente feridos durante combate do IDF contra o Hezbollah" no Líbano.
A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil, na sigla em inglês) informou que sua sede em Naqoura, cidade no sul do país, foi afetada nesta sexta-feira por duas explosões em menos de 48 horas.
Os EUA pediram que Israel garanta a segurança dos capacetes azuis, como são conhecidos os funcionários da missão de paz, após os ataques.
As IDF confirmaram que dispararam contra a base da ONU em Naqoura após ordenarem que funcionários do local permanecessem “locais protegidos”. O exército israelense diz que apura rigorosamente os fatos.
Além dos dois agentes de paz feridos, dois soldados indonésios se feriram na quinta-feira ,10, ao cair de uma torre de observação depois que um tanque israelense disparou em direção a ela, informou a missão de paz.
O Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, condenou o ataque e afirmou que ele era “intolerável e não pode se repetir”.
O porta-voz do exército israelense, o tenente-coronel Nadav Shoshani, afirmou que as forças de seu país estão operando no sul do Líbano como parte de um “conflito em andamento com o Hezbollah, cujos terroristas e infraestrutura estão em estreita proximidade com as posições da Unifil, representando um risco significativo para a segurança dos capacetes azuis”.
missão de paz da ONU no Líbano informou ainda que uma escavadeira militar israelense “atingiu o perímetro” de uma sede da ONU, próxima à “Linha Azul” — a fronteira reconhecida pela ONU entre o Líbano e Israel — no vilarejo de Labbouneh, no sudoeste do Líbano.
A Unifil afirma que “tanques das IDF se moveram nas proximidades da posição da ONU”. Os capacetes azuis permaneceram no local e uma força de reação rápida da Unifil foi enviada para ajudar e reforçar a posição, acrescentou.
“Um capacete azul ferido foi levado a um hospital em Tiro, enquanto o segundo está sendo tratado em Naqoura”, disse nota da Unifil, que disse que incidentes representaram um "desenvolvimento sério".
O porta-voz da Unifil, Andrea Tenenti, disse à BBC que o incidente foi "muito preocupante", pois, embora já tenha havido trocas de fogo na região, "desta vez parece mais um ataque deliberado contra nossas tropas".
"Estamos tentando pedir às autoridades israelenses alguma explicação sobre o que aconteceu", afirmou.
O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, ligou para o ministro da Defesa de Israel, instando-o a garantir “a segurança das forças da Unifil” no Líbano, em referência à missão de paz da ONU.
Austin afirmou que conversou com Yoav Gallant para discutir as operações de Israel no Líbano.
Ele acrescentou que reafirmou o apoio dos EUA ao “direito de Israel de se defender” e o compromisso americano com um “acordo diplomático que permita o retorno seguro de civis libaneses e israelenses para suas casas em ambos os lados da fronteira”.
Austin também enfatizou a necessidade de um “caminho diplomático o mais rápido possível”.
O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, disse que o ataque desta sexta-feira foi "um crime dirigido à comunidade internacional".
Já o governo do Reino Unido disse estar "chocado" com os relatos de ataques às posições da ONU. "É vital que os pacificadores e os civis sejam protegidos", disse um porta-voz disse a repórteres nesta sexta.
Israel argumenta que a Unifil falhou em estabilizar a região e pediu que os pacificadores se retirassem para o norte, para que o país pudesse confrontar o Hezbollah.
O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, reiterou o apelo de sua nação para que o pessoal da Unifil se retire 5 km ao norte para "evitar o perigo" - mas o chefe da paz da ONU, Jean-Pierre Lacroix, disse que eles permaneceriam em posição de acordo com seu mandato da ONU.
Danon afirmou que Israel está "cumprindo nossa obrigação" a uma resolução da ONU de 2004 que pede a desmobilização de grupos militantes libaneses e não libaneses.
Ele também pediu para que as forças armadas do Líbano sejam enviadas para o sul para "fazer o trabalho".
( da redação com BBC News Brasil. Edição: Política Real)