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(Brasília-DF, 11/10/2024) O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpria agenda na cidade de Fortaleza(CE), a terceira mais populosa capital do país e uma das mais violentas, nesta sexta-feira, 11. Ele começou dia concedendo uma entrevista na rádio O Povo.
Lula afirmou que o Governo Federal tem uma proposta de emenda constitucional para "redesenhar" a política de segurança pública, porém, só dará seguimento ao projeto após debate franco e aprofundado com os governadores dos estados e do Distrito Federal. Para Lula, o momento é propício porque, segundo ele, "agora sim, os estados estão compreendendo que é hora de pactuar uma nova política de segurança pública para o País, com a participação muito forte do Governo Federal".
Indagado pelo jornalista Jocélio Leal sobre o combate ao crime organizado e sobre medidas para aperfeiçoar a segurança, o presidente afirmou que o Governo Federal quer ter maior participação no enfrentamento ao crime, mas, pela legislação em vigor, o espaço institucional para isso é pequeno, restringindo grande parte das ações aos governadores e às polícias estaduais.
"A Polícia Federal, por exemplo, só pode atuar se o crime for considerado federal", disse.
"O Governo Federal quer participar, com a Polícia Federal, com a Polícia Rodoviária Federal, para a gente definir qual o papel, como a gente pode contribuir. Como vamos trabalhar juntos? E isso só pode ser feito se houver uma reunião com os governadores e pactuar", completou Lula.
Não é a primeira vez que o presidente fala sobre a necessidade dessa reunião e, durante a entrevista, afirmou que o encontro deve acontecer em breve.
Lula ainda destacou que o Governo tem ampliado a presença do policiamento nas fronteiras, com as Forças Armadas, e também com iniciativas como o Centro da Polícia Federal, em Manaus. Ele afirmou que as novas dinâmicas do crime organizado no Brasil exigem reestruturação das ações do Estado.
"O crime organizado hoje é uma empresa multinacional. Eles estão envolvidos em tudo o que é área: futebol, política, Poder Judiciário, em tudo". Para Lula, o alcance crescente dessa estrutura do crime tem contribuído para que os governos estaduais se convençam da necessidade de uma política de segurança pública integrada e compartilhada.
Eleição
Sobre a eleição em Fortaleza, o presidente disse que não conhece André Fernandes (PL), candidato a prefeito de Fortaleza que disputa o segundo turno contra Evandro Leitão (PT).
"Eu não conheço o adversário do Evandro, então não posso falar mal de quem eu não conheço", disse Lula. Ele expressou confiança em uma possível vitória de Evandro, justificando sua afirmação ao dizer que o candidato conta com o apoio da "maior liderança política do Estado do Ceará", referindo-se ao ministro da Educação, Camilo Santana (PT). "Vamos ser francos, Camilo é o rei do voto do Estado do Ceará", disse Lula.
O atual presidente destacou que Evandro tem apoio de uma grande bancada e um "grande partido", referindo-se ao Partido dos Trabalhadores (PT). Ao mencionar o governador Elmano de Freitas (PT), Lula afirmou que ele é uma novidade extraordinária para o PT. Ele também reforçou que sua presença na capital cearense é para cumprir suas obrigações institucionais e, em seguida, participar de um comício com Evandro Leitão (PT), candidato à Prefeitura de Fortaleza.
Por fim, Lula participará de um comício em apoio a Evandro Leitão, que será realizado na Praça do Ferreira, no Centro, às 17h, e contará com as presenças do governador Elmano de Freitas (PT) e do ministro da Educação, Camilo Santana (PT).
Essa é a primeira visita de Lula a Fortaleza durante o período eleitoral. A visita mais recente havia sido em 3 de agosto, quando participou da convenção partidária do PT, no Centro de Formação Olímpica (CFO), ocasião em que foi oficializada a chapa de Evandro Leitão e Gabriella Aguiar (PSD) para o Paço Municipal. Era semanas antes do período oficial de campanha.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)